10 de Fevereiro de 2015
Blade
Runner (no Brasil, Blade
Runner, o Caçador de Andróide)
baseado no romance Do Dream
of Electric Sheep?, de Philip K. Dick
Ano: 1982 dirigido por
Ridley Scott
ATIVIDADE: Descrição do Corpo
O Homem sendo interrogado: corpo tensionado, demonstrando
apreensão. Mostra no olhar a tensão imposta na cena. O movimento do tiro é
cortado e mostra já o homem na posição do disparo... As suas dúvidas, enquanto
personagem, aparecem na intensidade da fala e na rápidez das resportar. Durante
o filme seus olhos permanecem muito arregalados, mostrando sempre apreensão, os
músculos da face quase não se movem... o desvio do olhar é rápido... está sempre
vigiando para saber se não está sendo vigiado, olhando de um lado para o outro.
Os olhares nos personagem representam uma interpretação exagerada
da fala interna que fica quase audível (estou dirigindo uma nave espacial,
quero te matar, eu sei quem você é, etc...). Poucos movimentos corporais, muita
rigidez... Diferenciação dos andróides que conforme vão adquirindo sentimentos
ao longo do filme, os representa pela movimentação do corpo, mais rígido ou
mais relaxado.
O desvio rápido do olhar é muito usado para criar a sensação de
interpretaçao das mudanças de sentimento... a postura mais ereta do corpo
também (tristeza ou frieza imóvel)
O corpo não reage coerentemente à cena. Só se percebe pelo olhar.
Aula de 03 de Março
O Garoto da Bicicleta
Vimos o filme "O Garoto da Bicicleta" dos irmãos
Dardenne. Uma grande parte dos sentimentos do filme é mostrada no
trablaho de Thomas Doret, que interpreta Cyril, que somente com o olhar é capaz
de transmitir boa parte do tormento interior de seu personagem, num momento
crucial de contato com a sua fragilidade no mundo.
Utilizando técnicas para cinema de contenção (limpo),
neutralidade (sem expressar o que está pensanso) e intensidade
(super objetivo) o filme nos leva a refletir sobre a condição humana.
Nas cenas em que o personagem recebe as notícias que podem abalar
toda sua estrutura, o ator mantém a neutralidade e apenas com a intensidade do
olhar nos faz entender suas intenções.
Quando Cyril agarra-se a Samantha dentro do hospital e a mesma cai
no chão sendo apertada por ele, suas expressões continuam neutras,acompanhando
suas falas, mas contrapondo com a intensidade da cena.
http://youtu.be/TbSKYcXUMhQ -
trailler do filme "O Garoto da Bicicleta"
http://youtu.be/ED1fpkEzPq8 -
crítica da "Veja"... Ela até que fala bonitinho, mas tá mais para um
release da história do filme com alguns comentários.
10 de Março de 2015
Entre os Muros da Escola /
Entre les Murs
De Laurent Cantet, França, 2008
Com François Bégaudeau, Agame Malembro-Emene, Angélica Sancio,
Arthur Fogel, Boubacar Tore, Burak Özyilmaz, Cherif Bounaïdja Rachedi,
Esmeralda Ouertani
Roteiro François Bégaudeau, Laurent Cantet, Robin Campillo
Baseado no livro de François Bégaudeau
Produção Haut et Court, Canal +, Centre National de la
Cinématographie, France 2 Cinéma. Estreou em SP 13/3/2009.
Cor, 128 min
Filmado com três câmeras.
Um filme que deveria ser visto por todos aqueles que querem seguir
a carreira de professor. De estilo altamente naturalista, o roteiro de ficção
quase se confunde com um documentário. Entre os Muros da Escola ganhou
a Palma de Ouro em Cannes (foi o primeiro filme francês a levar o prêmio máximo
do festival em mais de 20 anos), teve indicação ao Oscar de melhor filme
estrangeiro; colecionou no total sete prêmios e sete indicações. Os segundos
cadernos dos grandes jornais brasileiros dedicaram páginas e páginas a ele.
Com tons de documentário utilizando os efeitos de real, de
bastidores, com naturalidade extrema, usando câmera na mão, recurso que dá mais
naturalidade as filmagens. Acontecem movimentos que parecem involuntários na
imagem com o "balançar da câmera". Os atores, tanto o professor
quanto os adolescente usam divisão de foco com objetos e "sombras" do
personagem, mexendo nos cabelos, coçando o nariz, comendo a tampa da caneta,
entre outros.
utiliza muito detalhes dos outros atores passando em frente a
câmera, dando um pequeno ar de sujeira o que torna o filme mais natural e
realista. Um "quê" de exagero nos movimentos de mãos e expressões nos
rostos dos alunos também completam o ar de realismo da obra, que tem um roteiro
construído a partir das situações que muitas vezes percebemos em sala de aula
real. Usa o efeito de texto vivo, com sobreposição de falas, os atores falam
juntos, numa sequência que não atrapalha a continuação e o entendimento do
roteiro.
Muitas vezes percebemos um flash de indicação da cena seguinte
como no momento em que dois meninos estão conversando, mesmo sendo o professor
insistente em ser o centro das atenções na aula, e logo na sequência o assunto
da conversa entra no roteiro. A câmera parece por muitas vezes estar
acompanhando o movimento do ator com pequenos balanços ou do objeto que está em
foco, acompanhando o seu percurso (como quando o professor chuta a cadeira e
ela cai no chão), como já citado.
O texto no total parece ter sido escrito em "escaleta",
ou esqueleto da cena, onde o roteirista coloca a sua idéia, o que ele quer que
o público sinta ou entenda da obra e daí pode-se criar quantos capítulos se
interessar de acordo com o desenvolvimento do trabalho ou o desenrolar das
ações. Se dá com o uso de falas improvisadas referentes à ação, no contexto da
cena. É um trabalho estrutural que deve ser feito de forma muito criteriosa
onde se coloca todos os fragmentos e possibilidades dramáticas que devem fazer
parte da ação, mas deixando os complementos da cena a cargo dos atores.
O filme traz a tona diversas questões sociais, de etnia, classe
social e de autoridade. O filme foca uma classe do oitavo ano de uma
escola pública da periferia de Paris, nos dias de hoje, e portanto com uma
forte presença de imigrantes e/ou filhos de imigrantes africanos, muçulmanos,
orientais, antilhanos. Acompanhamos o trabalho do professor de Francês,
François Marin (François Bégaudeau), também supervisor dessa turma de alunos;
vemos as relações entre os diversos professores, vemos as relações entre os
alunos. Cerca de 80% das seqüências são dentro da sala de aula; toda a ação se
passa dentro da escola.
A presença dos preconceitos aparentes nos próprios alunos e a
pertinência no assunto mostra o lado esquerdista do filme, que tenta mostrar
que por mais evoluído que seja o Pais (pois a França é um país de primeiro
mundo), possue questões de aceitação social como qualquer outro país, desde os
menos desenvolvidos, aos mais desenvolvidos.
Um dos fatores que facilitou a sensação de realismo, de
filme-verdade, é que o Ator François Bégaudeau, que interpreta o
professor, foi o roteirista do filme baseado em um livro de sua autoria. E para
completar, ele também foi professor, ou seja, conhecedor profundo da realidade
retratada no filme. Teve um laboratório real.
"Se o que vai dizer não é mais importante que o silêncio,
cale-se" (tradução da tatuagem do personagem "Souleymane",
interpretado pelo ator Franck Kelta)
Filme completo - Legendado
Uma crítica aos fatores
políticos tratados no filme, de menor importância para as questões de
interpretação mas como base referencial para as intenções de algumas cenas:
17 de
Março
Taxi Driver
Roteiro: Paul
Schrader
Direção: Martin Scorsese
Elenco:
Robert De Niro como Travis
Bickle
Cybill Shepherd como Betsy
Jodie Foster como "Easy" (Iris Steensma)
Peter Boyle como "Wizard"
Harvey Keitel como "Sport"
Leonard Harris como Senador Charles Palantine
Albert Brooks como Tom
Martin Scorsese como passageiro do táxi de Travis
Victor Argo como dono de mercado
Steven Prince como "Easy Andy", vendedor ilegal de armas
Cybill Shepherd como Betsy
Jodie Foster como "Easy" (Iris Steensma)
Peter Boyle como "Wizard"
Harvey Keitel como "Sport"
Leonard Harris como Senador Charles Palantine
Albert Brooks como Tom
Martin Scorsese como passageiro do táxi de Travis
Victor Argo como dono de mercado
Steven Prince como "Easy Andy", vendedor ilegal de armas
De Niro faz o primeiro filme de Scorsese em 72 "mean
street" e De Niro sugere ao diretor um estilo de direção. "eu
quero mostrar a ação da forma mais verdadeira
possível!!!" solidão , frustração, ansiedade e medo. Jodie Foster
relata que foi a transição dela de atriz mirim para atriz adulta. "Foi o
filme mais difícil que fiz em estúdio, os estúdios estavam cansados de
copiões"... Depois trabalharam juntos de novo De Niro e Scorsese, agora
com Lisa Minelly em N.Y. N.Y.!
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