quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

PROCUSTO E O PODER

 

PROCUSTO E O PODER

Por Anderson Lima

Me. Sociólogo Político

 


“O Poder sobe à Cabeça”, dizem aqueles que tem uma visão restrita do assunto, pois segundo Anderson Lima em INSANOS, O Pesadelo do Terceiro Milênio[1] “O poder sobe apenas na cabeça dos fracos...”. A competência em gerir ou liderar deve estar em constante avaliação. Nota-se pertinente o chavão de distribuir chefias ou cargos organizacionais a pessoas com incapacidade de gestão que portam incompetência organizacional ou talvez uma presença abusiva da síndrome de Procusto[2], pela fatalidade de não haver qualquer capaz que atente ou deseje a função. Há, nesse caso a necessidade de avaliação de competência pela permanência do incapaz.

Atos perniciosos e contínuos traduzem a presença do assédio explicado por vezes a necessidade do tratamento da síndrome citada ou da presença de outras síndromes notoriamente ligadas aos distúrbios estudados por Freud em seus registros sobre sexualidade e vida social. O convívio torna-se ganancioso e abusivo. A redistribuição de funções para auditores mais competentes pode ser analisada como o caminho mais inteligente a seguir por aquele que as tem posse, acolhendo o fato de que síndromes não se curam sozinhas e não se tratam em efêmeros períodos.

O prazo de readequação é imensurável, se adequando a cada quadro específico e relacionados as pendências e dependências das situações que envolvem todo o quadro social do pertinente pernicioso. O fato em si, analisado pode ser confirmado em fatos em ações praticadas pelo agente egocêntrico, principalmente quando este falseia elogios e cuidados excessivos com sua vítima.

Não se pode descuidar da atenção a esses fatores que causam feridas e provocam cicatrizes que acirram e desalentam. A competência em fazer é nato, mas a motivação para fazer, quando o competente está sob cuidados e submissão do portador de Procusto, é nociva à saúde mental e por vezes até física da vítima perseguida, cabendo, no extremo da audácia pertinente do infesto em manter sua obsessão, delação às entidades competentes.



[1] LIMA, Anderson. LITERATURA E INTERARTES, Rearranjos Possíveis: INSANOS. Vol.4 – São Paulo: Ed. Dialética, 2023. pág 95 - 115

[2] Hoje em dia, usamos o conceito da Síndrome de Procusto, em análises junguianas, para definir as pessoas que têm medo de trabalhar com pessoas melhores que elas. Pessoas que não hesitam em boicotar, humilhar ou menosprezar aqueles que eles consideram superior em talento ou habilidades. São pessoas intolerantes a tudo que seja diferente delas.

domingo, 5 de novembro de 2023

CONTOS INSANOS - VÓ RITA

 

CONTOS INSANOS

Por Anderson Lima



Vó Rita

Era só mais uma noite comum, daquelas em que um adolescente passa acordado com insônia. Lembro como se fosse ontem, apesar de já ter se passado muito mais do que trinta anos... Minha cama ficava embaixo da janela que dava para a rua com um espaço entre cama e parede suficiente para um criado mudo. Ao lado da minha cama ficava a cama do meu irmão mais novo – todos são mais novos porque eu sou o mais velho da família – e esses eram os únicos móveis do quarto, pois ainda não tinha guarda-roupas.  A porta do quarto dava uma visão a um longo corredor e ia direto ao quarto da minha irmã, na outra ponta. A casa era nossa nova morada e era tão grande que podíamos brincar de pique esconde nela. A porta do quarto dos meus pais ficava bem ao lado da minha, de frente a um outro corredor que formava um “L” com o meu corredor e dava direto para a porta de saída da casa. De um lado nossos quartos e do outro uma enorme sala de jantar que ia direto para a cozinha. A cozinha era icônica, com duas paredes todas de vidro que recebiam o calor do sol desde o meio-dia até ele se pôr. Isso fazia a casa toda aquecer, e o calor as vezes era insuportável. No lado oposto a parede da sala de jantar, ficava uma escada que levava ao terraço da casa. Bem na altura do meio da escada a laje era baixa e até eu, com meus 160 centímetros de altura batia a cabeça ao subir ou a testa ao descer, caso não tomasse cuidado.

Eu precisava explicar a estrutura da casa para que pudesse contar minha história. Como já disse, era uma noite em que eu estava acordado e os motivos podiam ser vários... Eu realmente tinha dificuldades para dormir, eu era muito agitado, não tinha muitas atividades diárias além de estudar... Mas, em especial, naquela noite eu queria muito ir ao banheiro que ficava no corredor de frente a porta do meu quarto, entre minha porta e a porta do quarto da minha irmã. Mas a casa com todas as lâmpadas apagadas ficava muito escura e eu tinha muito medo do escuro. Sempre imaginava alguém, ou alguma coisa, vindo no escuro. Eu nunca consegui entender a intensão da “coisa”, e acho que por isso tinha tanto medo. Já estava me contorcendo de tanta vontade e não sabia se aquele seria o motivo para que eu superasse meu medo. Estava chegando no auge da dicotomia que o pavor me propunha quando uma luz surgiu, e não era apenas uma luz simbólica, que representasse a solução de um problema. Era uma luz real que iluminou da porta do meu quarto ao final do corredor.

Minha mãe estava ali, de pé, na porta do meu quarto olhando para mim. Tanto foi o alívio que até esqueci a vontade que estava de ir ao banheiro. Parecia um anjo da minha salvação. Minha mãe, linda, cabelos pretos, presos em um coque frouxo na nuca, uma camisola branca que refletia a luz do corredor. Acho que nunca fiquei tão grato por uma aparição tão repentina da minha mãe num momento tão oportuno. Comecei a falar como estava aliviado pela presença dela quando ela de pronto me deu as costas e saiu andando. Chamei por ela, que olhou para mim por cima do ombro, abriu um singelo sorriso e seguiu andando para a sala de jantar. Levantei-me rápido e a segui. Falava sem parar algo que não me recordo e nem compreendo por que a segui. Ela atravessou a sala de jantar e parou no batente da porta da cozinha. Eu estava do outro lado da sala de jantar. Olhava direto para ela. A luz, que estava no corredor a acompanhou e naquele momento iluminava todo o portal, refletindo no batente da porta como se fosse um arco de luz. Não notei a presença da luz misteriosa, frente a presença da minha mãe.

Continuei minha peregrinação, curta, mas misteriosa, conversando com minha mãe como se fosse dia, acompanhando o caminho e a seguindo. Chegando ao portal de onde seu brilho iluminava, ela já estava aos pés da escada que levava ao terraço. A partir desse momento eu comecei a me sentir um pouco estranho, ou sentir estranho o que estava acontecendo. Minha mãe começou a subir a escada e eu perguntei por que ela não falava comigo. Comecei a ficar irritado com o diálogo de uma só via que mais parecia um monólogo meu. Não ouvia a voz, mas via a imagem. E era tão real, tão presente que no momento que ela chegou no meio da escada, minha mãe, em carne, osso e sangue saiu da porta do quarto e chamou meu nome. Num fluxo de êxtase daquele momento ínfimo e efêmero que me faz recordar o aforismo de Hipócrates eternizado na poesia de Sêneca que diz ser a oportunidade fugaz, a experiência enganosa e o julgamento difícil, me encontrei em uma realidade dicotômica. Enxergava, sem dúvidas, minha mãe na porta de seu quarto, da forma que toda mulher se encontra ao acordar no meio da noite. Cabelos presos em uma touca sustentadas por grampos, em uma de suas camisolas pretas, porém com olhos estatelados e fixos, não em mim, mas em sua imagem alva subindo a escada. Ao voltar meu olhar para a outra figura, até então minha mãe, notei que seus passos não passavam de um levitar por degraus, ascendendo ao topo da escada. Corri em sua direção. Não sei explicar como o medo havia desaparecido e como minha reação se procedeu neste momento.

Sempre tive medo do inexplicável, mas corri atrás da luz. Queria uma proximidade maior. Estava aflito para chegar mais perto, tocar, sentir a textura daquela que, imagem da minha mãe, se fazia envolta em uma energia luminosa que me encantava. Subi com tanto vigor a escada que me esqueci que deveria me abaixar e na velocidade bati o topo da minha cabeça no teto de laje com tanta força que todas as imagens escureceram. Ao abrir os olhos estava sentado aos pés da escada. Um gosto de sangue passava por minhas papilas gustativas e ardia meus sentidos olfativos. Minha mãe, em camisolas pretas, agachada ao meu lado, não sabia se olhava para mim ou para o topo da escada. Neste momento eu me perguntava se ela podia ver a mesma coisa que eu via. A luz se dissipava assim como a imagem que estava dentro dela. Uma percepção visual inexplicável. Não consigo descrever como se deu a cena, nem os fatos que a sucederam. Meu pai ouviu toda a balburdia e saiu do quarto para entender o que acontecia e chegando ao nosso encalço viu apenas o último clarão que reproduzia a imagem de um relâmpago, como em uma tempestade, sem trovão e que não afetou em nada sua avaliação da situação. Eu, sonâmbulo, saí do meu quarto e subi as escadas para o terraço, bati a cabeça e caí de volta. Como já era costumeiro meu sonambulismo, segundo relatos, pois não tenho essas lembranças, esse fato tornou-se segredo entre progenitora e cria.

Desde esse dia uma luz sempre ficava acessa dentro de casa a noite durante nossas viagens morfeicas. Algum tempo depois, contando o fato para minha avó, mulher altamente espiritualizada, espiritualizante e espiritualista, o retumbar de um praguejo foi proferido ao citar a provável aparição de minha bisavó, sua então sogra. “Nem depois de morta a velha nos deixa em paz!”. Mas eu me senti em paz. Aquela presença de tanta luz e serenidade me confortava. Me absteve de um medo que me assolava na escuridão, me mostrando uma luz mesmo na presença do breu total. Senti tanta necessidade daquela presença novamente que acendia velas no terraço, fazia orações, me prostrava em templos pagãos perante a altares implorando sua presença novamente. Mas de quem seria essa presença... Então minha avó encontrou, em meio a suas bugigangas, uma fotografia, desbotada, com excesso de luz, de uma senhora com o coque frouxo preso na nuca e um vestido branco, liso e reto, semelhante a uma camisola. O rosto, quase invisível na foto, não mostrava semblante, não possuía contornos, mas eu, em minha ansiedade de resposta via perfeitamente a semelhança que aquela tinha com minha mãe. Aquela que era mãe de meu avô e que eu nem havia conhecido. Vó Rita Inácia! Mulher, que segundo contam, afastava a morte com rituais na porta que dava para seu quintal, que curava febres de criança com suas rezas, que sarava enfermos com suas benzas.

Não sei se foi uma aparição, se foi um sonho, mas seja o que tenha sido, foi tão real que mesmo após tantos anos não sai da minha mente. A imagem de um sorriso singelo envolto em luz se dissipando no ar como um relâmpago, rápido e tão marcante que gruda na retina. A casa não é mais a mesma. Meu irmão se casou e agora mora lá com a família. Modificou a escada para o terraço, aumentou a área e fez um salão para recepções. Mas, ainda hoje, quando chego na cozinha, me pego olhando para o topo da escada e para o portão que dá acesso ao terraço. Tenho medo e esperança de um desconhecido. Não sei se quero ver de novo, se quero mais um contato. Não consigo nem dizer se foi real ou imaginário. Talvez queira apenas uma prova de minha lembrança, para que minha memória aceite o fato. Se nada acontecer até o fim dos meus dias, então até o fim dos meus dias esperarei por essa confirmação, mas nunca negarei que tenha acontecido.

 

sábado, 22 de julho de 2023

DEPRESSÃO - UM CONTO-POEMA

 


Depressão

Foi caminhando em uma noite qualquer que me deparei com aquela entrada. Ela não surgiu do nada. Meus sentimentos se tornaram a chave que abriu o portal que, acredito eu, ninguém, nunca deveria entrar. Há muito me sentia aprisionado a um sentimento que eu não podia compreender e que vagava entre a alegria e a tristeza. Era como um ar preso em meu peito, que estava vibrante esmerando as paredes do meu corpo pronto para sair. E foi naquele momento, enquanto eu caminhava que uma explosão de lembranças fez todo o tormento daquele
sentimento que não possuía uma definição exata se esvair em um suspiro alto. Uma pequena névoa se formou por entre meus lábios e densamente flutuou pelo ar formando um arco bruxuleante que se abriu como uma passagem. Por traz de seu véu eu podia perceber sombras indistintas que vagavam ladeando luzes cegantes. Náuseas ocuparam o lugar da respiração e num devaneio de vida eu me vi morto. Atravessei como que num flash o divisor de mundos. Aquele espaço sem paredes me cercava como uma prisão. O murmurar das sombras ecoavam aos meus ouvidos enquanto o luzir me cegava e a sensação dicotômica de prazeres fluíam em sinapses inundando meu corpo etéreo de um misto de raivas, felicidades e desejos. Meus sonhos Par de tênis sobre a cama

Descrição gerada automaticamente com confiança médiaescorriam como um rio turbulento, não me davam tempo de percebê-los, mas eu sabia que eram meus. Todos os meus amores escorriam derretidos como cera de vela e se evaporavam antes mesmo que eu pudesse tocá-los, então a tristeza da perda assumiu com grande pulsar todo meu ser, expandindo e retraindo meu corpo com tanta ferocidade que a dor superava qualquer vontade de ser ou de estar. Uma pequena e quase invisível lágrima brotou e uma lembrança surgiu. Era como se na morte eu me lembrara do momento em que nasci. Eu saia do ventre do
mundo para um mundo sem ventre e caía nos braços daquela que me espera todos os dias desde minha concepção. Desci em um abismo com as sombras chicoteando cada centímetro de minha presença naquele lugar e se afastando via as luzes que se separavam em luzeiros distintos formando uma via distante e aquela lembrança foi tomando forma, como que tentando argumentar com minha desistência. Lançando a ermo cordas indecifráveis, tentando laçar um fio de esperança. Desci em uma queda imensurável por um tempo suficiente para ver cada segundo de tudo que já havia visto. Cada momento, cada imagem se separava em caixas arquivadas em um canto esquecido de minha memória. Me peguei chorando mais e mais e a cada lágrima escorrida, mais lembranças surgiam. Umas me faziam rir em meio ao choro, outras me causavam saudosismo, muitas repulsas. A alegria, que tantas traziam não Par de tênis sobre a cama

Descrição gerada automaticamente com confiança médiaconseguiam me alcançar e caiam direto na pasta do esquecimento. Era aquele portal, lá não se permitiam pensamentos felizes e do fundo eu só tinha a sensação, a cada descida ele se tornava cada vez mais inalcançável. Eram quedas bruscas, vácuos pressionando meu peito deixando as luzes tão distantes que quase não podia mais vê-las. Tudo era sombra, tudo era escuridão. A
esperança se prostrava num jazigo à meia vida daquele caminho. Sem retorno me prostrei a cerrar os olhos e me vi por dentro. Senti de longe um pequeno pulsar. Sangue jorrava de meu coração por todas as partes de minha pequenez. Encapsulado, minha memória me levou ao início de tudo. Senti o cheiro amniótico, um frio libertador e um calor acolhedor. Na ânsia puxei o ar com tanta força que me doeu os pulmões me fazendo gritar e expulsar a gosma que me sufocava. Braços cheios de amor me envolveram e uma mistura excêntrica de um amor que nos faz chorar confundiu minhas vontades. A lembrança da pequena lágrima retornou em forma de rosto. Um rosto conhecido, que parece cais, âncora, rocha firme em um vasto areal. Raízes partiam daqueles olhos acalorados e me confortaram. Então bati no fundo. Macio. Cego pelo cerrar de olhos senti em meu rosto o mais delicado toque vindo de lábios genitores. Foi uma lembrança, mas daquelas tão fortes que se esculturam rígidas, eternas. E tudo se fez luz. O portal se esvaecia sobre meu corpo decrépito e quase sem forças. O Par de tênis sobre a cama

Descrição gerada automaticamente com confiança médiatoque pulsava com força, criando cor onde só existia crepúsculo. A vida retorna fechando a ferida, deixando uma fina linha que marca o exato momento em que fui sugado pelo portal. 
Uma cicatriz que, mesmo esquecida, nunca desaparecerá. O portal ainda se condensa, o véu ainda está rasgado. Sombras e luzes ainda batalham pelo controle e meu corpo ainda luta para manter a armadura daquela lembrança por sua defesa.

Anderson Lima

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Um show com tons de vampiro intriga o público do Basament Cultural

 texto de: Lorenzo Bonuomo | 5º ano de Jornalismo da Universidade Positivo

30 minutos de emoção delirante. Anderson Lima interpreta o papel e a mente de uma pessoa com esquizofrenia em um monólogo carregado de adrenalina. E o faz com uma expressividade e uma ênfase que deixa o espectador literalmente atordoado. Se você acha que 30 minutos de monólogo podem se tornar entediantes, está muito errado porque Insanos é, sem sombra de dúvida, um dos espetáculos mais dramáticos e perturbadores de todo o festival.

A esquizofrenia é uma psicose crônica caracterizada pela persistência de sintomas de alteração das funções cognitivas e perceptivas, com mudanças no comportamento e afetividade e um forte desajuste da pessoa.

Através de uma expressão facial estupenda, olhares alucinatórios, gestos desconexos e agitados, Lima leva o espectador a 360 graus na psique distorcida de uma pessoa que sofre desse distúrbio. Insanos nesse sentido é muito mais do que apenas um espetáculo: pode ser definido como um trabalho de divulgação científica, um documentário real que mostra o drama da esquizofrenia da maneira mais direta e eficaz possível. Os pensamentos obsessivos, a paranoia, o distúrbio cognitivo, tudo isso é representado no palco de uma forma louvável.

Além do show em si, é igualmente interessante conhecer as origens por trás desse monólogo extraordinário. Elas podem ser encontradas diretamente nas histórias de vida pessoal de Anderson. O ator foi diretamente até uma pequena entrevista após a apresentação e revelou-nos o que o levou a fazer este tipo de trabalho. Bem, você ficará surpreso ao saber que o próprio Anderson Lima teve um pequeno problema de “acesso à esquizofrenia” em 2003. Entre 2003 e 2004, Lima encontrava-se regularmente com um psiquiatra para tratar o distúrbio. Uma vez que o problema tinha sido superado com sucesso, a ideia de representar a esquizofrenia em um estágio começou a florescer dentro dele.

Em 2015, Anderson se matriculou em um curso de psicopatologia forense, que ele seguiu em paralelo com sua carreira no mundo do teatro. Assim, ele obteve a possibilidade de auxiliar diretamente os psiquiatras na condução de sessões com indivíduos portadores de transtornos mentais. Foi desse modo que começou uma longa busca, com duração de mais de 14 anos, entre clínicas, tratados médicos, observações empíricas e entrevistas com psiquiatras, ao final dos quais a realização de Insanos foi enfim concluída. E o resultado foi extraordinário.

Em sua jornada pelos aspectos mais perturbadores da psique humana, Anderson relata as 4 fases da esquizofrenia. Eles variam da ansiedade de morrer ao desejo de ser Deus e salvar o mundo inteiro, passando por pensamentos assassinos. Tudo acompanhado de efeitos sonoros, fundamentais para tornar a ideia do diálogo perverso que se estabelece entre o “ego consciente” e o subconsciente. Tudo parece como um “clímax” de crescente tensão emocional.



quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

ROTEIRO DE 10 AULAS DE TEATRO

Aula 1: Roteiro e ação

AULA 01 – EMOÇÃO E AÇÃO FÍSICA 01

OBJETO DE CONHECIMENTO: RECONHECER emoções e ações físicas

 

Toda ação física do nosso corpo parte do resultado direto de uma reação, seja ela física ou emocional. As emoções têm o poder de provocar ações físicas diversas. Cada pessoa reage a uma emoção de forma diferente de outra pessoa, de acordo com o momento em que ela está passando e do ambiente em que ela está. Muitos outros fatores podem interferir na reação de uma emoção.

No vídeo usamos como exemplo o desenho “DIVERTIDAMENTE”, que mostra as reações de uma adolescente de acordo com as emoções que ela tem em momentos diferentes da própria vida. Algo que a fazia feliz enquanto criança, quando lembrado traz um saudosismo que agora a deixa triste. As recordações de sentimentos ou de lembranças podem trazer emoções diferentes daquelas que elas causaram no ato do acontecimento.

A ação física do corpo provocada por essas emoções é chamada de “EXTERNAÇÃO”. Uma teoria teatral de Constantin Stanislavski que reforça a ideia do ator de que recordar emoções para atuação nem sempre é a melhor opção.

No desenho os personagens que representam as emoções são a alegria, tristeza, nojo, raiva e medo e cada um é responsável por ações físicas diferentes que fazem parte do cotidiano da adolescente. O mesmo sentimento pode aparecer para situações diversas, como por exemplo a alegria. Se você gosta de sorvete de chocolate e toma uma colher bem cheia dele, você fica feliz... Se você ganhar na megasena também fica feliz, mas as reações ou ações físicas do mesmo sentimento são diferentes. Em teatro devemos buscar situações que tenham reações físicas relacionadas as ações citadas no texto para tentarmos criar as cenas. Isso chamamos de referências cênicas.

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo e ler o texto acima, escreva suas percepções.

1 – Cite o nome de dois sentimentos representados no desenho “DIVERTIDAMENTE”

2 – Escolha um dos sentimentos e descreva uma lembrança de sua infância que o represente.

3 – Com base na resposta número dois, descreva quais ações físicas o sentimento que você citou provoca em você.

 

Aula 2: Sensações e sentimentos

AULA 02 – EMOÇÃO E AÇÃO FÍSICA

OBJETO DE CONHECIMENTO: perceber as emoções e reações físicas

Nós, seres humanos, somos dotados de emoções, que estão presentes em todos os instantes da nossa vida. É assim na infância, na adolescência (onde elas se afloram e presenciamos um verdadeiro turbilhão), na fase adulta e até na velhice. Não importa a idade ou a situação, os sentimentos sempre vão nos acompanhar.

Eles podem ser positivos e negativos, previsíveis ou chegar de surpresa. Alguns de nós podem ter mais facilidade em expressá-los, enquanto outros tentam escondê-los. Mas você sabe compreender e, mais do que isso, controlar as suas emoções?

Ter a gestão dos nossos sentimentos é muito importante para que possamos nos compreender melhor, ressignificar sensações ruins e respeitar os nossos próprios limites em diferentes situações. Quer saber como fazer isso? Então, não perca uma só linha deste artigo que produzimos especialmente para você. Qual a definição de emoção?

A palavra emoção, ao que tudo indica, vem do latim ex movere, que quer dizer, em uma tradução livre, “mover para fora”. A derivação faz sentido, uma vez que demonstrar nossos sentimentos nada mais é do que colocar para fora o que se passa no nosso interior.

Significado

A emoção é uma sensação que pode causar até mesmo impactos físicos, provocados por estímulos de diferentes naturezas. Eles podem ser sentimentos ou episódios específicos. Vivenciar uma emoção, no entanto, é uma experiência bastante particular: assim como você pode sentir ela de uma forma, outra pessoa pode demonstrar de uma maneira diferente. A alegria, por exemplo, pode trazer reações físicas como o sorriso e o aumento dos batimentos cardíacos, assim como também alteração na respiração e até choro.

Quantas emoções sentimos?

Você já parou para pensar quantas e quais são as emoções que sentimos? Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Interação Social da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, fez um estudo sobre o assunto e matou essa charada. Depois de observar mais de dois mil vídeos na internet que retratavam as reações humanas e pedir que eles fossem vistos por 853 pessoas, os cientistas chegaram à conclusão de que nós somos capazes de expressar 27 tipos de emoções principais.

Conheça os 27 tipos de emoções:

Então, confira a lista completa logo abaixo, apresentada em ordem alfabética e não de relevância.


Admiração

Adoção

Alívio

Anseio

Ansiedade

Apreciação estética

Arrebatamento

Calma

Confusão

Desejo sexual

Dor empática

Espanto

Estranhamento

Excitação

Horror

Inveja

Interesse

Júbilo

Medo

Nojo

Nostalgia

Raiva

Romance

Satisfação

Surpresa

Tédio

Tristeza.



 

A teoria da equipe da Universidade de Berkeley é recente, publicada apenas em 2017. Mas há muitos e muitos pesquisadores que estudam as emoções há bastante tempo. Vamos conhecer alguns dos estudos desenvolvidos por eles.

 

Teoria das emoções básicas

Esta teoria define raiva, medo, alegria e tristeza com as quatro emoções básicas que todo o ser humano sente. Elas são elementares e, a partir delas e suas combinações, que surgem as mais complexas. A designação “básicas” também tem a ver com os pesquisadores acreditarem que elas são vitais para a nossa sobrevivência.

Seis emoções universais

Depois de outros estudos, incluindo os de Charles Darwin, foram descobertas mais duas emoções universais, além das quatro básicas já descobertas. Então, a surpresa e o nojo foram somados à lista prévia. Normalmente, essas duas emoções não veem sozinhas e são acompanhadas não só por outras sensações, como também manifestações fisiológicas. A surpresa, por exemplo, está diretamente ligada à alegria e a tristeza, podendo manifestar sintomas como alteração respiratória e da frequência cardíaca, além do aumento do tônus muscular. Já o nojo está mais próximo do medo e da raiva e, normalmente, desencadeia problemas gastrointestinais e náuseas.

A roda de emoções

Essa é uma criação do professor Robert Plutchik, que tenta mostrar, através de um diagrama em formato de estrela de oito pontas, como a combinação de emoções pode resultar em um terceiro sentimento. Na roda de emoções, cada ponta representa uma sensação primária com o seu par oposto: antecipação e surpresa, confiança e nojo, irritação e medo, alegria e tristeza. A partir daí, pode ocorrer uma combinação grande de variáveis, que vão dar origem a outros sentimentos. Por exemplo, confiança e alegria propiciam o amor, enquanto raiva e nojo levam ao desprezo. Segundo Plutchik, as emoções básicas devem prevalecer sobre as demais e são aplicáveis tanto aos homens quanto aos animais.

Teorias somáticas

São aquelas teorias que analisam mais os reflexos físicos causados pelas emoções do que elas, em si. Um dos estudos somáticos mais conhecidos é chamado James-Lange, dos pesquisadores William James e Carl Lange. Segundo eles, as emoções são resultado de reações fisiológicas que temos perante os acontecimentos. Assim, nossos sentimentos dependeriam de como os estímulos físicos são interpretados pelo nosso cérebro. Em outras palavras, de acordo com esta teoria, suar frio e o aumento da frequência cardíaca geram o medo e a alegria, por exemplo, e não ao contrário. Dentro do assunto emoções, existe ainda uma categorização importante: nossos sentimentos podem ser divididos em primários ou universais e secundários ou adquiridos.

As emoções primárias são aquelas seis que descrevemos mais acima: raiva, medo, alegria, tristeza, surpresa e nojo/aversão.

Até aí, tudo bem, nós já sabemos. A informação nova aqui é a subdivisão em emoções primárias adaptativas e desadaptativas.

No primeiro grupo, estão raiva, medo, alegria e tristeza. Essas quatro emoções se adaptam ao nosso estado de espírito. Se estamos bem, a alegria se sobressai e as outras desaparecem – e vice-versa. Já o nojo e a surpresa podem extrapolar todos os limites.

Geralmente, são aqueles sentimentos que causam as brigas e os desentendimentos.

O que são emoções secundárias ou sociais e adquiridas?

Ao contrário das emoções da categoria anterior, estas são aquelas que não nascem conosco ou que estão presentes em todos nós.

Elas são adquiridas ao longo da vida, seja por uma influência familiar, da religião ou da própria sociedade. São exemplos de sentimentos secundários: culpa, ciúme, vergonha, orgulho e vaidade. As emoções, sejam elas primárias ou secundárias, podem se manifestar das mais diversas maneiras. Nossas ações, expressões e vozes são exemplos de demonstrações possíveis.

Assim como a tristeza está ligada ao choro e à melancolia, a alegria tem a ver com o sorriso e o brilho nos olhos. Se o medo pode tirar o seu sono e deixar você paralisado, a raiva pode fazer a sua pele corar e o seu sangue subir. Até a mesma emoção pode provocar sensações diferentes. Você pode bocejar de tédio, enquanto outra pessoa talvez busque fazer algo diferente para ocupar o seu tempo ocioso.

Texto retirado de https://www.sbcoaching.com.br/blog/emocoes/ em 14 de setembro de 2020

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo e ler o texto acima, escreva suas percepções.

1 – Cite duas emoções básicas narradas no vídeo e no texto acima.

2 – Tanto no vídeo, quanto no texto acima, citamos pesquisas de Darwin. Quais são as emoções universais que Charles Darwin inclui entre as emoções básicas?

3 – De acordo com o texto acima, o que é a Roda de Emoções?

 

Aula 3: Grécia

AULA 03 – GRÉCIA 01

OBJETO DE CONHECIMENTO: reconhecer o teatro Grego

 

Uma das mais ricas formas de arte da Antiguidade

teatro grego teve origem na Grécia Antiga, por volta do século V. a.C, onde havia o costume dos cultos e oferendas aos deuses gregos. Com função social e cívica, o teatro e suas representações estavam associados às festividades religiosas, sobretudo, às celebrações que saudavam o deus Dionísio.

Com celebrações que duravam seis dias, nas festas dionisíacas havia procissões e ditirambos. Os ditirambos eram cantos líricos entoados com o auxílio de fantasias e máscaras. Pouco depois essas manifestações evoluíram para a forma de representação inteiramente cênica, dando origem ao teatro.

Fazia parte do teatro grego espetáculos de mímica, dança, música, e recitação de poesias. O teatro foi muito importante para a cultura grega. Especialmente cultivado em Atenas, essa arte se espalhou por toda a área de influência grega, desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África.

O teatro grego marcou a História Antiga, influenciando, inclusive, os povos romanos, que levaram essa arte para suas províncias, tornando-a uma referência para a cultura ocidental até hoje.

Com o passar do tempo, as procissões dionisíacas foram ficando mais elaboradas, e surgiram os "diretores de coro", os organizadores das procissões, já que elas podiam reunir nas cidades até vinte mil pessoas. O primeiro diretor de coro e dramaturgo foi Téspis, convidado pelo tirano Pisístrato para dirigir a procissão de Atenas e vencedor do primeiro concurso dramático registrado. Téspis parece ter sido um elo importante na evolução final do ditirambo cantado em direção ao texto recitado e dialogado, criando a figura do "respondedor ao coro" (hypócrites) e a do personagem individualizado, escreveu poemas com esta característica, e os rapsodos que recitavam Homero também faziam uso da prosa dialogada.[1] Também parece ter introduzido um segundo personagem, além do protagonista, representando dois papéis na mesma peça através do uso de uma máscara com uma face na frente e outra na nuca. As máscaras tinham uma outra função, eminentemente prática, por possibilitarem às pessoas acompanhar a ação cénica pelas expressões que mostravam, quando a voz do ator não conseguia alcançar toda a plateia.

Outros autores que se destacaram nesta época são Quérilo, Pratinas e Frínico, cada qual introduzindo mudanças no estilo da representação. Destes, Frínico é o mais conhecido, vencedor de competições e autor de tragédias com temas explorados mais tarde na era dourada do teatro grego, como As DanaidesAs Mulheres da Fenícia e Alceste, sendo o primeiro a introduzir personagens femininos. Foi ainda o primeiro a abordar um tema contemporâneo com a peça A Queda de Mileto, produzida em 493 a.C. e que arrancou lágrimas da plateia pelo choque que a conquista da cidade pelos persas provocara na sociedade ateniense. Mas ao contrário do que se poderia esperar, Heródoto conta que em vez de ser considerada um sucesso por sua eficiência dramática, a peça acarretou ao autor uma multa de mil dracmas por ter trazido à memória dos cidadãos uma calamidade tão infausta, que os havia abalado tão profundamente, e a peça foi proscrita para sempre.[2]

O coro era composto pelos narradores da história que, através de representação, canções e danças, relatavam as façanhas do personagem. Era o intermediário entre o ator e a plateia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de pronunciar também a conclusão da peça. Também podia haver o corifeu, que era um representante do coro que se comunicava com a plateia.

Os atores do teatro grego eram todos homens, e interpretavam vários papéis durante o mesmo espetáculo. Na tragédia existiam três atores e na comédia quatro. Os atores utilizavam máscaras e fatos que poderiam ser pesados. Na tragédia os atores utilizavam uma túnica até aos pés, chamado quíton, e o coturno; na comédia usavam-se roupas próximas às utilizadas pelos cidadãos e calçavam-se sandálias

A definição aristotélica da tragédia é de que trata-se de uma imitação “dos caracteres, das paixões e das ações humanas” sobretudo “de ações, da felicidade e da infelicidade” (sd: 300) de seres humanos em meio a atividades humanas.

Segundo este pensador, para suscitar o terror e a compaixão é necessário que o público se identifique com as situações apresentadas no palco, considerando que é também suscetível de sofrer de um mal idêntico àquele representado. Essa assimilação do público aos fatos narrados no palco é chamada por Aristóteles de mímesis, a qual, por sua vez, provocaria a kátharsis, purgação dos sentimentos de terror e compaixão por parte dos espectadores. Aristóteles supõe, portanto, que a tragédia, pela imitação dos caracteres e das paixões, valendo-se da música, da dança, do espetáculo e, sobretudo, do princípio de verossimilhança, provoca um prazer que lhe é próprio, instigando no ânimo do espectador o terror e a compaixão. Esse prazer é alcançado com o fim terrível ao qual se destina o personagem trágico, punido por sua desmedida. É um prazer que vem da vivência da dor através da mediação da arte e que se compõe de vários elementos, consistindo no real ensinamento a que se propõe a tragédia para a qual, segundo o filósofo, “o fim que se pretende alcançar [é] o resultado de uma certa maneira de agir e não de uma maneira de ser” (Idem). Neste sentido, para alguns estudiosos, este prazer-doloroso “consiste num desafogo, num repouso, num modo de ocupar os lazeres – num gozo intelectual – numa vantagem que não é inútil aos bons costumes; enfim, opera a catarse, palavra que uns traduzem por purificação e outros por purgação” (TELLES JÚNIOR, 1985: 234).

 

AUTORES GREGOS:

•Ésquilo: primeiro dramaturgo reconhecido, ele conferiu grandeza e esplendor ao gênero tragédia. Ésquilo deu prioridade aos diálogos, aumentando de um para dois o número de atores e reduziu a importância do coro. Suas obras reconhecidas são: a trilogia Oréstia (composta por Agamenon, Coéforas e Eumênides), Os persas, Os sete contra Tebas, As suplicantes e Prometeu acorrentado.

 

•Sófocles: ele elevou a tragédia à perfeição artística, operando mudanças no gênero. Além de aumentar de dois para três o número de personagens, ele acrescentou mais ação às tramas e potencializou a decoração e o figurino dos atores. As obras integralmente reconhecidas de Sófocles são: Ajax, Antígona (ver Obras-primas), Édipo Rei, As traquiníanas, Electra, Filoctetes e Édipo em Colono.


•Eurípides: apesar de ser o mais popular da era helenística, ele foi o menos valorizado. Além de criar personagens mais humanos, ele inseriu temas novos e mais modernos. Entre as suas peças reconhecidas estão: Alceste, Medeia, Andrômaca, As troianas, Ifigênia em Táuride, Electra, Orestes e As tocantes. Também se conservou um drama satírico: O ciclope.


•Aristófanes: foi o dramaturgo grego considerado o maior representante da comédia grega clássica.

 

Links para pesquisa:

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/teatro-grego

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_na_Gr%C3%A9cia_Antiga

http://www.portalabrace.org/vcongresso/textos/dramaturgia/Claudia%20M%20Braga%20-%20MELODRAMA%20As%20estrategias%20tragicas%20da%20emocao%20na%20modernidade.pdf

 

PESQUISA SOBRE ÉDIPO, REI

https://www.todamateria.com.br/edipo-rei/

 

ÉDIPO, REI – peça completa: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo, ler o texto acima e pesquisar nos sites relacionados, escreva suas percepções.

1 – Lendo o texto e vendo o vídeo como se chama o primeiro dramaturgo do teatro grego?

2 – Com base no vídeo, o que é um FAUNO?

3 – Descreva com suas palavras como é uma construção de teatro Grego a partir das imagens que aparecem no vídeo?

Aula 4: Grécia

AULA 04 – GRÉCIA 02

OBJETO DE CONHECIMENTO: reconhecer a presença dos mitos Gregos como fator histórico

Os primeiros teatros gregos

 

Os teatros gregos eram situados ao ar livre, em locais com uma boa acústica e divididos em áreas. As áreas que formavam o teatro eram: plateia, área da orquestra, o cenário e proscênio.

A plateia era formada por bancos de madeira, que mais tarde foram substituídos por bancos de pedra. A área da orquestra era a área onde o coro realizava a sua interpretação, era circular em terra batida ou com lajes de pedra situada no centro das bancadas.

Havia também o cenário, formado por uma estrutura que tinha função inicial de servir como local onde os atores trocavam a roupa. O cenário ficava atrás da orquestra e, posteriormente, passou a representar a a fachada de um palácio ou de um templo. Na frente do cenário ficava o proscênio, onde os atores se apresentavam.

Entre os teatros gregos mais importantes estão: o Teatro de Epidauro, o Teatro de Dodona, o Odeon de Herodes Ático, o Teatro de Delfos, o Teatro de Segesta, o Teatro de Siracusa e o Teatro de Dionísio.

 

A mitologia grega é formada por um conjunto de histórias e relatos fantásticos que fizeram parte da vida diária dos povos de língua grega entre o século VIII a.C. e o século IV d.C. Essas histórias explicam, entre outras coisas, a origem da vida, dos deuses e dos homens e servem de base para as crenças dos gregos na Antiguidade.

 

A PESQUISA

 

20 MITOS DA GRÉCIA ANTIGA

https://www.hipercultura.com/mitologia-grega-principais-mitos-da-grecia-antiga/

 

O MITO DE MEDÉIA

http://www.polbr.med.br/ano10/art0810.php#:~:text=Medeia%20era%20uma%20mortal%20filha,do%20deus%20do%20sol%20Helio.&text=A%20hist%C3%B3ria%20desta%20mulher%20inicia,volta%20ao%20trono%20da%20Tess%C3%A1lia.

 

MEDEA, DE EURÍPIDES (TEXTO COMPLETO)

https://geha.paginas.ufsc.br/files/2016/03/MEDEIA.pdf

 

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo, ler o texto acima e realizar pesquisa nos sites relacionados, escreva suas percepções.

1 – Lendo o texto e vendo o vídeo o que é mitologia?

2 – A partir das pesquisas (ver sites relacionados) cite um mito Grego?

3 – A partir do vídeo e dos sites relacionados, descreva com suas palavras quem foi Medéia?

Aula 5: GRÉCIA, ÉDIPO, Atividade do DIÁLOGO

AULA 05 – DIÁLOGO

OBJETO DE CONHECIMENTO: criar personagens

 

O ato de externar, segundo Constantin Stanislavski é colocar para fora, através de ações físicas, nossos sentimentos e emoções. Alegria através de um sorriso, tristeza através do choro, raiva a partir de gritos, etc...

 

DIÁLOGO

 

PERS. 1

- Tem certeza que é aqui

 

PERS. 2

- O que

 

PERS. 1

- Ele já deveria estar aqui

 

PERS. 2

- Ele não garantiu que vinha

 

PERS. 1

- Nós já estivemos aqui antes

 

PERS. 2

- Não, nós não estivemos

 

PERS. 1

- Prá mim nós já estivemos aqui

 

PERS. 2

- Tem certeza que era hoje

 

PERS. 1

- O que

 

PERS. 2

- Que ele marcou o enconto

 

PERS. 1

- Ele disse sábado, eu acho

 

PERS. 2

- Você acha

 

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo e ler o texto acima, escreva suas percepções.

1 – Vamos criar um Personagem... Invente um ser (pessoa, animal, ser de outro mundo, de outra dimensão...) e preencha a ficha abaixo sobre ele(a)

 

Ficha do Personagem;

Nome: _________________________________________________

 

Altura: ________

Idade na História: ________

Local de Nascimento: ______________________________________

 Cor, Comprimento e Estilo do Cabelo: _________________________

Raça/Nacionalidade: ______________________________________

Influências Regionais: _____________________________________

Sotaque (inclui voz, estilo da fala, gírias, frases ou palavras que são sua marca registrada): ____________________________________

Religião: ________________________________________________

Estado Civil: _____________________________________________

Cicatrizes ou outros atributos físicos notáveis: _______________________________________________________

Desvantagens (emocionais, mentais, físicas): _______________________________________________________

Atlético? Inativo? Saúde Geral? _______________________________________________________

Estilo de Roupa que Usa: _______________________________________________________

Cores Favoritas: __________________________________________

Como o personagem se sente sobre sua aparência? _______________________________________________________

Irmãos/Irmãs: _______________________________________________________

Relação com os pais: _______________________________________________________

Memórias da Infância: _______________________________________________________

Formação Educacional (astuto/manhoso/safo? Formal/educado? Ele/ela lê?): _______________________________________________________

Experiência Profissional: _______________________________________________________

Ocupação: ______________________________________________

Onde o personagem mora agora? Descreva sua casa (sua atmosfera física e emocional): _______________________________________________________ _______________________________________________________

Asseado ou Desarrumado? _______________________________________________________

Amigos e Amigas: _______________________________________________________ _______________________________________________________

Bichos de Estimação? _______________________________________________________

Inimigos? Por quê? _______________________________________________________ _______________________________________________________

Sua Natureza Básica: _______________________________________________________ _______________________________________________________

Traços de Personalidade (tímido, extrovertido, dominador, capacho, honesto, bondoso, tem senso de humor): _______________________________________________________ _______________________________________________________

Traço mais forte: _______________________________________________________

Traço mais fraco: _______________________________________________________

O que o personagem teme (tem medo)? _______________________________________________________

Do que o personagem se orgulha? _______________________________________________________

Do que o personagem se envergonha? _______________________________________________________

Visão da Vida (otimista, pessimista, cínico, idealista): _______________________________________________________

Ambições: _______________________________________________________

Visão sobre política: _______________________________________________________

Como o personagem se vê? _______________________________________________________

Como o personagem é visto pelos outros? _______________________________________________________

Você gosta desse personagem? Por que sim ou por que não? _______________________________________________________ _______________________________________________________

O público irá gostar ou desgostar dele? Porque... _______________________________________________________ _______________________________________________________

Coisa mais importante a saber sobre esse personagem: _______________________________________________________ _______________________________________________________

Problema Atual: _______________________________________________________

Como irá piorar: _______________________________________________________

Qual é o objetivo do personagem na história? _______________________________________________________

Que traços de personalidade irão ajudar ou atrapalhar o personagem a atingir seu objetivo? _______________________________________________________

O que faz o personagem diferir de personagens similares? _______________________________________________________

Por que público irá se lembrar vividamente desse personagem? ____________________________

 

2 – Agora, com a ficha pronta, interprete esse personagem. Como ele faria o Texto do Diálogo acima se ele fosse um dos personagens. Você pode criar dois personagens, ou você pode imitar alguém que você conheça para fazer o segundo personagem, ou pedir alguém que more com você para te ajudar.

3 – E mãos-a-obra! Agora que você já criou um personagem e já ensaiou o texto, grave no celular uma challenge fazendo o diálogo que você ensaiou. Você pode fazer sozinho ou pedir ajuda a alguém que more com você.

Aula 6: Shakespeare

AULA 06 – SHAKESPEARE

OBJETO DE CONHECIMENTO: RECONHECER OBRAS DE SHAKESPEARE

 

Durante a idade média, na Europa, o teatro tinha um papel muito importante para a igreja católica. A produção e a apresentação de peças religiosas atingiram seu auge no século 14. Mas a situação se transformou no século 15, com a decadência do teatro ligado à religião, devido ao impacto do renascimento. O homem, e não Deus, passa a protagonizar a cena! Não foi por acaso que a figura do bobo da corte se tornou popular durante o renascimento, embora o personagem tivesse nascido na antigüidade. Depois de ter passado sem destaque durante a idade média, o bobo ganhou espaço no teatro renascentista, articulando as dúvidas e incertezas de um momento de grande transformação ideológica.

 

William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, 1564 (batizado a 26 de abril) — Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1616) foi um poeta, dramaturgo e ator inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo"). De suas obras, incluindo aquelas em colaboração, restaram até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e mais alguns versos esparsos, cujas autorias, no entanto, são ainda disputadas. Suas peças foram traduzidas para todas as principais línguas modernas e são mais encenadas que as de qualquer outro dramaturgo. Muitos de seus textos e temas permanecem vivos até os nossos dias, sendo revisitados com frequência, especialmente no teatro, na televisão, no cinema e na literatura.

Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos casou-se com Anne Hathaway, com quem teve três filhos: Susanna e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro chamada Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Acredita-se que ele tenha retornado a Stratford em torno de 1613, morrendo três anos depois. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física, sexualidadecrenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas teriam sido escritas por outros autores.

Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim do século XVI. A partir de então escreveu apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo HamletRei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes na língua inglesa. Na sua última fase, escreveu um conjunto de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. Diversas de suas peças foram publicadas, em edições com variados graus de qualidade e precisão, durante sua vida. Em 1623, John Heminges and Henry Condell, dois atores e antigos amigos de Shakespeare, publicaram o chamado First Folio, uma coletânea de suas obras dramáticas que incluía todas as peças (com a exceção de duas) reconhecidas atualmente como sendo de sua autoria.

Shakespeare foi um poeta e dramaturgo respeitado em sua própria época, mas sua reputação só viria a atingir o nível em que se encontra hoje no século XIX. Os românticos, especialmente, aclamaram a genialidade de Shakespeare, e os vitorianos idolatraram-no como um herói, com uma reverência que George Bernard Shaw chamava de "bardolatria". No século XX sua obra foi adotada e redescoberta repetidamente por novos movimentos, tanto na academia e quanto na performance. Suas peças permanecem extremamente populares hoje em dia e são estudadas, encenadas e reinterpretadas constantemente, em diversos contextos culturais e políticos, por todo o mundo.

 

PESQUISA:

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/teatro-no-renascimento-1-a-comedia-como-a-conhecemos-hoje.htm?cmpid=copiaecola

 

 https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare

 

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo e ler o texto acima, escreva suas percepções.

 

1 – Cite duas peças de Willian Shakespeare

 

2 – Qual personagem da Mitologia Grega o personagem PUCK da peça “Sonho de Uma Noite de Verão” representa?

 

3 – E mãos-a-obra! Agora vai copiar o texto da peça “Sonho de Uma Noite de Verão” que está na videoaula, pode escolher um trecho (grande) e vamos treinar interpretação. Você vai representar a parte escolhida do texto em uma filmagem e postar marcando a gente... @andersonlimaator (instagram).

Aula 7: Romeu e Julieta

AULA 07 – ROMEU E JULIETA

OBJETO DE CONHECIMENTO: construir uma cena

 

Supostamente criada entre 1593 e 1594, a clássica peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, atravessou gerações e gerações e tornou-se uma obra-prima da literatura ocidental. A história, passada em Verona, interior da Itália, tem como protagonistas os apaixonados Romeu Montecchio e Julieta Capuleto.

Resumo

Verona é o palco do conflito histórico entre duas famílias tradicionais: os Montecchio e os Capuleto. Por um infortúnio do destino, Romeu, filho único da família Montecchio, e Julieta, filha única da família Capuleto, conhecem-se durante um baile de máscaras e apaixonam-se perdidamente.

Romeu já estava enamorado de Rosalina quando conheceu a filha da família rival. Encantado pela moça, desmanchou o compromisso que tinha com Rosalina e fez de tudo para ficar com a sua alma gêmea. Julieta também tinha planos futuros com Páris, um rapaz de nome em Verona, no entanto, abandona todos os desejos da família para seguir o seu coração.

A passagem mais lembrada da peça é aquela presente na cena II do Ato II. Romeu vai até o jardim dos Capuleto e fala com a sua amada, que se encontra na sacada:

ROMEU

- Só ri das cicatrizes quem nunca foi ferido... (Julieta aparece na sacada de uma janela) Silêncio! Que luz é aquela na janela? É o sol nascente, é Julieta que surge! Desperte, sol, e mate a lua ciumenta, que está pálida e doente de tristeza, pois vê que você é mais perfeita que ela! Deixe de servi-la, já que ela é tão invejosa! Seu manto é esverdeado e triste como a túnica dos dementes: jogue-o fora! É minha dama, é o meu amor. Se ela ao menos soubesse!... Está falando ou não? Seus olhos falam... Respondo ou não? Sou muito ousado... não é a mim que ela fala. Duas estrelas devem ter emprestado o brilho a seu olhar. E se fosse o contrário? Seus olhos no céu, e o astros seriam apagados, como o dia faz com a luz das velas. E tanta claridade se espalharia no céu, que os pássaros cantariam, pensando que era dia com luar. Como ela apóia seu rosto na mão! Como eu queria ser uma luva em sua mão, para poder tocar aquela face!

JULIETA

- Ai de mim!

ROMEU

- Ela está falando!... Fale de novo, anjo brilhante, anjo glorioso no alto desta noite, que faz os mortais arregalarem os olhos e torcerem o pescoço para vê-lo, quando cavalga as nuvens preguiçosas e veleja pelo ar sereno.

JULIETA

- Romeu! Romeu! Por que você é Romeu? Negue seu pai, renuncie a seu nome. Ou, se não quiser, basta me jurar amor, e deixarei de ser uma Capuleto.

Juntos, Romeu e Julieta vivem um amor proibido e idealizado, condenado pela família de ambos. Casam-se as escondidas, a celebração é realizada pelo Frei Lourenço, um confidente de Romeu.

Por uma briga que acaba gerando a morte de Teobaldo (primo de Julieta) e Mercúrio (amigo de Romeu), o príncipe de Verona resolve exilar Romeu. Desesperada com a partida do amado, Julieta pede auxílio ao frade franciscano que realizou o casamento.

A ideia do frade é que Julieta tome uma poção que faça com que ela pareça morta. Romeu, ao receber a notícia da suposta morte da mulher, entra em desespero e compra uma substância para provocar a própria morte.

Ao encontrar Julieta desacordada na cripta dos Capuleto, crê na morte da amada e toma o veneno que havia trazido. Julieta, ao acordar, descobre que o amado está morto e, com um punhal, também dá cabo da própria vida.

A história de amor é trágica, o único consolo que resta ao leitor é saber que, após as catastróficas mortes dos protagonistas, as famílias Montecchio e Capuleto decidem fazer um acordo de paz.

Inspirações do autor

O poeta inglês possivelmente se inspirou em uma história da Grécia antiga de Píramo e Tisbe que data do século III, onde uma apaixonada vai em busca de um veneno para escapar de um casamento.

Durante a renascença se proliferaram narrativas de amor semelhantes e em 1530 Luigi da Porto publicou uma história que parece ter mesmo inspirado a composição de Shakespeare.

Historia novellamente ritrovata di due nobili amanti também tem como cenário Verona, os protagonistas são nobres e as famílias em questão são o Montecchi e Cappulletti. Os protagonistas chamam-se, inclusive, Romeo e Giulietta. A peça fez tanto sucesso que foi adaptada para o francês por Adrien Sevin em 1542.

 

PESQUISA:

https://www.culturagenial.com/romeu-e-julieta-de-william-shakespeare/

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare

 

LIVRO COMPRETO:

http://www.livrosgratis.com.br/ler-livro-online-67843/romeu-e-julieta

 

 

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo e ler o texto acima, escreva suas percepções.

 

1 – Qual o sobrenome de Romeu e de Julieta?

2 – Em qual Cidade Italiana se passa a história de Romeu e Julieta?

3 – E mãos-a-obra! Agora vai copiar a parte do texto da peça “ROMEU E JULIETA” que está na videoaula, ou a parte do texto que está no texto acima, e vamos treinar interpretação. Você vai representar a parte escolhida do texto em uma filmagem e postar marcando a gente... @andersonlimaator (instagram). Mas dessa vez você vai ter que pedir ajuda de alguém que more com você.

Aula 8: Entre o Ator e o Personagem

AULA 08 – ENTRE O ATOR E O PERSONAGEM

 

OBJETO DE CONHECIMENTO: perceber a presença do personagem no trabalho do ator

ator passa a existir juntamente com o teatro, pois o ato estético coletivo de origem grega, tem seu alicerce no binômio Ator-Espectador. Sem o ator em cena diante de um público não há teatro. O título de primeiro ator da história do teatro no ocidente é do poeta trágico Téspis, que representava vários papéis, simultaneamente, em suas peças. Era comum não reconhecer os atores em cena nas tragédias gregas, pois utilizavam grandes máscaras, figurinos alongados e tamancos altos de madeira, denominados “coturnos”.

Os tragediógrafos gregos representavam os papéis que escreviam, mais tarde Sófocles começou a desvincular este elo entre autor e ator. Desde o surgimento do teatro as mulheres eram impedidas de encenar, e os papéis femininos eram apresentados pelos homens. Só na “Commedia dell’ Arte” que elas irão atuar no teatro de rua. A impostação de voz do ator grego era de extrema importância, pelo uso da máscara e pelo local aberto das apresentações.

Quando o império romano se apropria da cultura grega, assimila um teatro já decadente, com atores buscando um profissionalismo de efeitos grosseiros e gratuitos. O público romano opta por espetáculos circenses, jogos violentos e competitivos, e diferentes formas de corridas, não valorizando a arte dramática. Sendo assim o ator começa a se especializar na mímica, dança e acrobacia. Os mais compromissados com as artes dramáticas migram para o campo, longe da cidade, praticando o mimo e caindo no gosto popular. Com as invasões bárbaras no início da Idade Média, surgem os atores trovadores e menestréis, pois os teatros haviam sido fechados e/ou destruídos, e esses atores ambulantes passam a se apresentar em feiras, aldeias e cidades. Neste período, um cristão batizado era proibido de assistir ou participar de qualquer encenação teatral, exceto àquelas de caráter litúrgico, como os autos e os mistérios.

No início do Renascimento as companhias ambulantes passam a profissionalizar os atores da “Commedia dell’ Arte”, que começam a ser contratados por senhores e nobres, para apresentação de suas “farsas” e participações nos “triunfos”.

Na encenação oriental o ator é envolvido por rituais e cerimônias religiosas. Na China o ator precisa dominar o gestual, o canto e a palavra, pela simplicidade cenográfica e pela tradição da linguagem simbólica de sua cultura. No Japão, o “Nô” e o “Kabuki” são as duas formas de teatro mais conhecidas e tradicionais.

Ainda no Renascimento, quando o Triunfo e o teatro de rua passam a ocupar os palcos de salas fechadas, o ator precisa reeducar sua forma de atuar, isto porque o gesto sutil do ator em cena pode mostrar a identidade da personagem, sem precisar dos recursos utilizados ao ar livre. As biografias são típicas deste período do antropocentrismo, e com elas surgem as “vedetes” do teatro. É na Commedia dell’ Arte que muitos atores e atrizes vão fazer carreira com personagens fixos, alguns vivendo esses personagens até a morte. No século XVI, o Queen’s College, em Londres, obrigava seus alunos a assistirem ou atuarem nas encenações teatrais, e os que se recusavam eram expulsos.

No Iluminismo do século XVIII, muitas idéias e escritos filosóficos sobre a preparação e o trabalho do ator foram surgindo, porém o primeiro trabalho mais significativo foi o “Paradoxo sobre o comediante”, do francês Denis Diderot (1713-1784). No século XIX, surge a linguagem dos “Melodramas”, onde os atores e atrizes são o foco de atenção na encenação teatral, e o público vai ao teatro apenas para vê-los. É o chamado “Academismo francês e italiano”. No final deste século o “Naturalismo” começa a se firmar e o ator a se preocupar com a verdade cênica, ou melhor, a “fé cênica”.

O russo Constantin Stanislavski (1863-1938) dedica-se a produzir fundamentos e métodos para o trabalho do ator, contribuindo com os livros “A preparação do ator”, “A composição do personagem”, e “A criação de um papel”. Sua proposta era a que o ator lutasse contra a falsa teatralidade e o convencionalismo, desta forma, utilizando as bases do naturalismo psicológico, exigindo do ator, nos ensaios ou diante do público, a concentração e a fé cênica, construindo assim uma “quarta parede” imaginária. Suas idéias foram divulgadas no Brasil por Eugênio Kusnet.

Paralelo ao naturalismo de Stanislavski, dentre outras, acontecia a concepção da “biomecânica” de Meyerhold (1874-1942), onde atores apareciam em forma de marionetes com múltiplas habilidades cênicas. Uma estética construtivista onde a quarta parede torna-se inviável. Gordon Craig (1872-1967) chegou a propor uma supermarionete em cena, por achar que o ator deveria ser menos sonoro e mais visual, dominando suas emoções em cena.

O ícone do teatro do século XX foi Bertolt Brecht (1898-1956), que resgatou a estética do “teatro épico” e criou um teatro dialético, onde o ator e espectador estariam em constante reflexão diante da ação teatral. Enquanto Stanislavski propunha a “identificação” do ator e do público com o personagem, Brecht acreditava no “distanciamento”, no senso crítico. Esse “efeito de distanciamento” (Verfremdung effekt) também é conhecido como “estranhamento brechtiano”.

No Brasil, as idéias de Bertolt Brecht foram apresentadas por Augusto Boal (1932-2009), no seu “sistema de coringa”, permitindo ao ator trabalhar com o distanciamento e em diferentes papéis. A estética teatral de Augusto Boal é chamada de “Teatro do Oprimido”, com um arsenal de suporte para o trabalho teatral crítico-reflexivo da realidade atual. Inclusive é um método de teatro proposto também para não-atores.

Todos podem ser atores, seja no palco, no trabalho, na escola, na rua, em casa, ... até invisível como propõe Boal . O teatro é um ato estético coletivo, cabendo-nos certificar o nosso papel diante do mundo contemporâneo.

Fontes
BERTHOLD. Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2004.

BOAL, Augusto. O teatro do oprimido e outras poéticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.

CARVALHO, Ênio. O que é ator. São Paulo: Brasiliense, 1987.

PEIXOTO, Fernando. O que é teatro. São Paulo: brasiliense, 1998.

PIGNARRE, Robert. História do teatro. Lisboa, PT: Publicações Europa-América, S/D.

 

PESQUISA:

https://www.infoescola.com/artes/o-ator/

 

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo, escreva suas percepções.

 

1 – Com base nos três depoimentos do vídeo, descreva com suas palavras em que momento que o personagem assume o lugar do ator?

2 – Ao assistir a videoaula aparece o nome do espetáculo que os três atores participam. Qual o nome do espetáculo?

3 – E mãos-a-obra! Agora você vai gravar um vídeo contando uma história que aconteceu com você. Pode ser um dia na praia, brincando com os amigos, uma visita a algum parente, um dia no parque... Escolha uma história que você tenha bastante lembrança para dar detalhes. E controle o tempo, você tem apenas um minuto. Depois publique e marque a gente - @andersonlimaator (instagram). Se precisar peça ajuda a alguém que more com você!

Aula 9: Texto e Ação

AULA 09 – AÇÃO E GESTO

OBJETO DE CONHECIMENTO: treinar gestos e mímicas

Significado de Mímica

substantivo femininoModo de imitação, de demonstração dos pensamentos por meio de gestos, de expressões físicas ou fisionômicas: a exposição trará uma mistura de dança tradicional japonesa e mímica.Conjunto dos gestos que acompanham ou representam a fala; gesticulação: fiz aula de mímica e de expressão corporal.Arte de quem se expressa desse modo; pantomima.Etimologia (origem da palavra mímica). Feminino de mímico; pelo francês mimique

Uma análise dos gestos que as pessoas geram, que serve como uma ferramenta para nos ajudar a entender pensamentos e emoções. Sendo 90% da nossa comunicação é linguagem corporal não verbal e pura.  A postura de uma pessoa nos fala sobre seu passado. A única posição de seus ombros nos dá o padrão dos sofrimentos sofridos, de sua fúria contida ou de uma personalidade tímida. Em centros de pesquisa como o Instituto Albert Einstein,  considera-se que às vezes os problemas psicológicos pessoais coincidem com a estrutura do corpo. Quando uma mulher passa por um longo período  depressivo, seu corpo fica fora de controle, seus ombros se dobram sob o peso de seus problemas.

Talvez a razão para sua depressão desapareça, mas a postura permanece a mesma, alguns músculos foram encurtados, outros foram alongados e um novo tecido conjuntivo foi formado. Porque seu corpo ainda está sobrecarregado, ela ainda se sente deprimida.

A postura não é apenas uma chave sobre o personagem; é também uma expressão de atitude. Com efeito, muitos dos estudos psicológicos realizados sobre a posição analisam de acordo com o que revela sobre os sentimentos de um indivíduo em relação às pessoas ao seu redor.

A postura é o elemento mais fácil de observar e interpretar dentro da comunicação não verbal. As posturas nos enviam constantemente sinais e mensagens sobre os julgamentos, opiniões e sentimentos de uma pessoa, com relação a uma situação ou outra pessoa.

Gesto de acariciar a mandíbula: tomada de decisão.

Gesto de dedos entrelaçados: Autoridade.

Gesto de um puxão no ouvido: insegurança.

Gesto de olhar para baixo: não acreditar no que é ouvido.

Gesto de esfregar as mãos: impaciência.

Gesto para apertar o nariz: avaliação negativa.

Gesto de golpear levemente os dedos: impaciência.

Gesto de sentar com as mãos agarrando a cabeça por trás: autoconfiança e superioridade.

Gesto para inclinar a cabeça: Interesse.

Gesto da palma da mão aberta: Sinceridade, abertura e inocência.

Gesto de ficar de pé com as mãos nos quadris: boa disposição para fazer alguma coisa.

Gesto de brincar com o cabelo: Falta de autoconfiança e insegurança.

Gesto para comer as unhas: insegurança ou nervos.

Gesto da cabeça apoiada nas mãos ou olhando para o chão: Tédio.

Gesto de unir os tornozelos: apreensão.

Gesto de mãos na direção das costas: fúria, raiva, frustração e apreensão.

Gesto de cruzar as pernas, balançando levemente o pé: Tédio.

Gesto de braços cruzados à altura do peito: Atitude na defesa.

Gesto de andar com as mãos nos bolsos ou com os ombros curvados: desânimo.

Gesto de Mãos nas bochechas: Avaliação.

Gesto de esfregar um olho: Dúvidas.

Gesto de tocar levemente o nariz: mentir, duvidar ou rejeitar alguma coisa.

Um sorriso é uma manifestação espontânea de satisfação por algo? Nem sempre, na maioria das vezes o sorriso é um gesto forçado se torna uma espécie de máscara de nossos verdadeiros sentimentos, é o gesto chamado sorriso profissional (seus maiores usuários são políticos, empresários e atores).

Gesto para brincar com um lápis ou qualquer objeto: É evidente que o que essa pessoa nos provoca com esse gesto é nervosismo, inquietação, ansiedade, na realidade estamos tentando ganhar tempo e nos preparando para dar uma resposta adequada.Gesto de vigiar o relógio enquanto fala: denota pressa e inquietação.

Gesto de ver o relógio enquanto a outra pessoa fala: É um gesto rude que revela impaciência.

Gesto de tocar os dedos em uma superfície: Denota inquietação, impaciência

Assobiar enquanto caminha por um lugar solitário: não estamos atraindo atenção; estamos simplesmente fazendo um ajuste psicológico por medo de receber qualquer tipo de agressão inesperada

Gesto de passos repetidos no chão em pé: sugere nervosismo, impaciência, inquietação. A tensão está aumentando e é possível que ela exploda a qualquer momento.

Gesto de fixar o cabelo com a mão: É um gesto muito feminino; sugere provocação discreta, flertando.

Gesto para ajustar o nó da gravata com a mão: É um gesto equivalente ao anterior. A mesma mensagem que eu gosto pode se manifestar com o gesto de fixar a dobra das calças, as lapelas da jaqueta, o lenço no bolso da jaqueta, etc.

Gesto de morder os lábios com a ponta da língua: é um gesto de mensagem abertamente sexual, de provocação sutil.

Gesto de morder um lábio com o outro: A mesma mensagem acima, sugere uma atitude nervosa certa timidez.

Gesto de acariciar um objeto em particular inconscientemente: é um gesto que denota sensualidade, é um gesto típico de indivíduos de sexualidade desenvolvida.

Gesto de sorriso com um olhar direto e prolongado (10 segundos ou mais): Sugere discreta provocação e paquera.

Gesto do clássico olhar de cima, abaixo: É característico da pessoa que é muito sensual.

Gesto da palma da mão aberta em todos os momentos: É um gesto característico de pessoas sinceras.

 

Gesto do punho fechado: revela tensão nervosa, com esse gesto a verdade está oculta.

Gesto dos ombros caídos: Sugere incapacidade de depressão, para enfrentar determinadas situações na vida.

Gesto de sentar com duas pernas unidas em paralelo: Denota uma personalidade cuidadosa.

Gesto de cruzar a perna a um ângulo de 90º em relação ao nível do joelho: é ambicioso, competitivo, é um gesto incomum nas mulheres.

Gesto de sentar em uma perna: sugere uma personalidade muito conformista que não é fácil de tomar decisões.

Gesto da mulher que se senta com as pernas abertas: revela independência, um conceito bem definido de sua imagem.

A pessoa que anda muito depressa: sugere uma personalidade dinâmica, inquieta, ansiosa por atingir os objetivos traçados num determinado momento.

Se o indivíduo caminha com passos hesitantes, e não mantém um relacionamento direto ao caminhar: denota uma personalidade hesitante, errática, insegura, tímida e cansada devido aos ataques recebidos na vida.

Gesto de jogar para trás em uma poltrona: sugere confiança em si mesmo.

Gesto de colocar os pés sobre a mesa: denota relaxamento total, controle absoluto. Também arrogância.

Quando a atenção é atraída para o vestuário e o modo como se veste: não apenas uma personalidade exibicionista é projetada, mas um caráter rebelde independente é demonstrado.

Um tom de voz muito alto: sugere uma personalidade agressiva capaz de agir com violência em um determinado momento.

Fonte: Centros de pesquisa Instituto Albert Einstein.

ROTEIRO DE CENA – Cena da videoaula

Cena 1

Interna, cozinha de uma casa qualquer, hora do chá

Abrir armário

Pegar de dentro uma xícara com píres e colocar em cima de uma mesa

Pegar um bule no armário e colocar no fogão, ligar o fogão

Pegar o canecão no armário

Ligar a torneira, encher o canecão de água

Colocar a água no bule que já está no fogão

Guardar o bule

Pegar um pote de biscoitos no armário

Destampar o pote de biscoitos (desenroscar)

Pegar um biscoito de dentro do pote e comer

Tampar o pote de biscoitos, deixar do lado

Pegar uma caixa de chá de dentro do armário

Tirar um saquinho de chá de dentro da caixinha

Colocar o saquinho de chá na xícara

Pegar o bule com água fervente no fogão, colocar água na xícara (não esqueça de desligar o fogão)

Pegar uma colherinha, (de preferência abra uma gaveta e pegue dentro)

Pegar um pote de açúcar no armário

Colocar açúcar na xícara, mexer, apertar o saquinho de chá na colher para tirar o excesso

Pegar a xícara pela alça, tomar o chá

Pegar o pote de biscoitos, destampar, pegar mais um biscoito do pote

Comer o biscoito, tomar mais um gole de chá.

Tampar o pote de biscoito, guardar no armário

Guardar o pires no armário, guardar o açúcar no armário

Colocar a xícara e a colher para lavar (se quiser já pode lavar)

Fim da primeira cena

 

PESQUISA:

https://saojoaquimonline.com.br/variedades/2019/10/03/linguagem-corporal-os-gestos-e-os-significados-que-todos-deveriam-conhecer/

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo, escreva suas percepções.

 

1 – Com base no que você viu na videoaula e no texto, para que serve o gesto?

2 – Escolha cinco gestos descritos no texto e faça um vídeo curto demonstrando maneiras divertidas e criativas de fazê-los

3 – E mãos-a-obra! Agora você vai gravar um vídeo a partir da videoaula e do roteiro de cena descrito no texto. Decore a sequência da ação e faça você seu vídeo fazendo os gestos sem nenhuma fala. - @andersonlimaator (instagram). Se precisar peça ajuda a alguém que more com você!

Aula 10 Vídeo Book

AULA 10 – VIDEOBOOK

OBJETO DE CONHECIMENTO: criar um vídeo monólogo

Para você que sonha com a ideia de se tornar um ator ou uma atriz e trabalhar em filmes e novelas, saiba que a melhor coisa a se fazer é um vídeo book. Ele tem como principal objetivo divulgar seu trabalho e mostrar suas qualidades com relação à atuação.

O vídeo book é como um book fotográfico de atores, mas ao invés de ser criado a partir de fotos, ele é criado através de vídeos onde são demostradas algumas encenações dos atores. Os vídeo-books são currículos de atores. Eles são mandados às agências de atores onde têm como principal objetivo mostrar seu trabalho a quem procure por um ator.

É importante lembrar que um vídeo book pode definir a carreira de um ator, pois através dele é que grandes oportunidades aparecerão, então se pretende criar um, saiba que a qualidade e a boa atuação são essenciais para que desenvolva um bom trabalho.

Muitos bons atores acabam se queimando com grandes produtoras cinematográficas pelo fato de optarem por criar um vídeo book de baixa qualidade. Então, se pretende criar um vídeo book, antes de tudo você deve planejar a forma que irá desenvolvê-lo.

O vídeo book tradicional é feito com fundo verde, azul, ou branco. Mas se deseja fazer algo que se destaque entre os outros trabalhos de seus concorrentes, é importante lembrar-se de usar cenários reais, pois eles trarão maior qualidade a seu vídeo book.

Algumas agências de atores ou até mesmo escolas de atores podem te ajudar a conseguir um bom cenário para seu vídeo book. Mesmo sendo muito importante o cenário é apenas mais uma peça que se encaixa nesse quebra cabeça, pois não adianta investir na produção de seu vídeo book e se esquecer de que a encenação é o mais importante.

O principal objetivo de um vídeo book é demonstrar o talento de um ator e ajudá-lo a divulgar seu trabalho, por isso se torna uma peça essencial para que possa se desenvolver profissionalmente e conseguir grandes trabalhos.

Aprenda a criar seu vídeo book sem gastar nada!

 

Vídeo no YouTube de como fazer um videobook:

https://www.youtube.com/watch?v=HfiY1CAEpuk&feature=emb_logo

 

 

 

PESQUISA:

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo, escreva suas percepções.

 

1 – Faça um vídeo se apresentando, fale seu nome, sua idade e fale sobre o que você quer para seu futuro.

2 – Escolha um texto qualquer, pode ser uma música, um poema, um parágrafo literário ou um parágrafo de monólogo. Copie e leia bastante, até que você já tenha aprendido todas as palavras e o sentido dele. Dê preferência a um texto que você goste e que te traga alguma lembrança ou sentimento.

3 – E mãos-a-obra! Agora você vai gravar um vídeo com o texto que você escolheu... Cuidado com as músicas e poemas para que você não os cante e o sentido tenha sentimento. Publique e marque a gente... @andersonlimaator (instagram). Se precisar peça ajuda a alguém que more com você!

https://www.teatronaescola.com/index.php/planeje-sua-aula/jogos-e-exercicios-teatrais