sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Confraternização... UMEF "Senador João de Medeiros Calmon" uma escola de amigos

Vinte e oito de Outubro... Dia do Funcionário Público! Até aí tudo bem... feriado, uma folga!!! Mas uma quarta feira... Putz... Então foi decretado que o feriado seria na sexta... ops!!! E segunda é feriado de finados? É felicidade demais!!! E não acaba aí... Ainda teremos uma festa para comemorarmos na escola em que estou trabalhando.
Ufa!!! Alguma notícia boa. Depois de tantas desilusões com o pessoal desta administração, finalmente encontro um lugar onde me sinto melhor. Já fiz amizade logo na primeira semana... E me sinto bem no meio dos novos amigos e colegas de trabalho. Foi muito bom rever alguns conhecidos e conhecer pessoas que eu vá querer sempre rever... (sem citar nomes)
A direção da escola não poderia estar em melhores mãos... Símbolo de vontade para o trabalho, mente aberta para projetos e investimento no conhecimento do aluno e sempre valorizando o profissional. Poderia estar trabalhando em um lugar melhor? Claro que sim... Ainda acredito que meu lugar é na cultura, com projetos que auxiliem na educação, mas estou me sentindo em casa. Descobri que uma das minhas qualidades é ser coordenador... kkk.. SQN... Não sei brigar com aluno, prá mim todos eles são uns anjos... E professor na sala? Aluno no corredor... Parece comédia... Mas estou me empenhando... Tentando assumir a função.
Voltando ao assunto da postagem... A FESTA! Putz... Comi muito, dancei e até cantei... E fui elogiado pelo cantor...
A Fabíola faz questão de fazer com que todos se sintam bem, e gostem de onde estão... 


A gente chega na festa e encontra um portal colorido... Parece festa de aniversário... E não deixa de ser, afinal de contas estamos comemorando nosso dia... "Dia do Funcionário Público", valorizado pelo menos na escola... Depois de greves e paralisações que não ajudaram muito, pois todos sabem como funciona a cabeça das lideranças políticas... KKK ... SQN!
Voltando a festa... Um pátio agradável, com diversão para as crianças que foram acompanhando os pais, com iluminação especial, uma dupla sertaneja, um tanque de espumante, churrasco e comida... Afinal de contas, não temos tiket alimentação (apesar de ser obrigatório), Então comida ainda é um fator importante e que faz com que gostemos de ir à festas... E comida boa! O churrasco estava maravilhoso. Obstáculos e dificuldades fazem parte da vida, e professores possuem a arte de superá-los. Parecia mesmo que não existiam problemas... Todos se divertindo... Começaram a chegar cedo, e tinha coisas boas esperando. Uma distribuidora de cosméticos fazia limpeza de pele e maquiagem... É claro, havia um mostruário para venda, mas faz parte. Afinal de contas tínhamos acabado de receber o pagamento... Putz... De novo, o dinheiro entra na conta as seis da manhã e antes do meio dia já acabou... Tanta conta, empréstimos, e um salário não tão compensador... Mas estamos aí prá isso... Educar. Afinal de contas o bom educador se dedica com amor... E aqui é mesmo por amor... E por falta de novas oportunidades... Mas, voltando a FESTA...






Logo na entrada uma mesa de frutas e uma deliciosa mesa de doces... DOCES!!! Mas a classe nos permitia passar e olhar de lado, como se não estivesse ali aquele monte de doces deliciosos... Alguém passava e pegava uma uva, um morango, uma fatia de melancia... Mas a intenção estava no Pavê, nos bolos e tortas doces, nos mousses... Entrando no salão o aroma do churrasco invadia nossos instintos olfativos... Até esquecíamos um pouco dos doces... E o cheirinho de temperos? Estava bem presente, "PRESENTE", pois ainda ganhamos de presente uma muda de tempero...


É... Fabíola (diretora) organizou para agradar mesmo... O comentário durante a festa era geral... Todos estavam gostando! E a dupla cantando... "Quem canta seus males espanta!" E espantamos mesmo... Em certo momento eu até esqueci que estava entre funcionários públicos - PROFESSORES - que ainda reivindicam melhores salários, abonos, insalubridade/periculosidade, tiket refeição/alimentação, valorização profissional, humanidade no atendimento administrativo... Ops!
Existem mais burocracias na administração pública que qualquer vã filosofia possa explicar!!! Mas, voltando a FESTA...



Cantamos... até eu cantei... recebi elogios, dancei, me diverti... Minha mesa era "Elemental" (piada interna) Assumi o papel de terceiro elemento do vespertino... Essencial ao bom funcionamento do turno... Pelo menos estou me sentindo útil... Tenho atividade, tenho função... Tenho valor... Se eu percebesse isso já estaria na escola há muito tempo... SQN! Esse caso é muito particular... A gente percebe quando olha no meio da festa e todo mundo ri para você, todo mundo se abraça e todos cantam em oníssono a mesma melodia... A melodia do amor pelo que faz! Talvez sejam as ervas que lavaram os maus olhados logo na entrada da festa... Talvez eles sejam todos realmente assim... 
Só sei que fico feliz de estar em um ambiente com pessoas tão agradáveis e dispostas a estarem sempre presentes...
E que venham mais FESTAS!!!












EM CONSTRUÇÃO

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Web Vídeos para jovens e Adolescentes do Ensino Fundamental

Felipe Neto, Whinderson Nunes, Christian Figueiredo – Eu Fico Loko, Parafernalha, Porta dos Fundos... Nomes conhecidos por internautas no Brasil e no mundo... Porque falam sobre atualidades ou notícias que os internautas se identificam. Fazem sátiras ou críticas. Transformam tudo em comédia e tiram risos de tudo...
Adolescente, jovens, crianças, adultos... Não existe idade para gostar desses canais que transformaram essas pessoas em celebridades em tão pouco tempo. E quem descobre a fórmula consegue atingir o público bem no "alvo do sabor", do saber ou da futilidade cômica. Não dizendo que o cômico seja fútil, nem que a informação seja inútil, pois cada canal é direcionado a um tema ou interesse diferente.
Ao questionar os alunos de uma escola da rede pública municipal sobre as preferências de temas, a variedade foi surpreendentemente enorme... Orientação para joguinhos de x-box, capítulos de novelas, críticas de filmes e livros, dicas de maquiagem entre muitos outros temas.
Lancei então a proposta da criação de um canal onde postaríamos um vídeo de cada aluno, orientando a todos sobre postura de câmera, interpretação para vídeo, edição simples em programas gratuitos, além do auxílio na escolha do tema, da realização do roteiro, iluminação, arte e sonorização. Enquadramento e os vários tipos de efeitos e planos de filmagem.
 “O homem não é uma ilha. É comunicação” (FREIRE, 1979, p. 28), mas como comunicar, como dizer o que se quer dizer se não se é artista, ou crítico, ou jornalista... Ou ainda se não se tem os equipamentos necessários para uma produção de vídeo, ou uma produção de um filme.
A ilusão da fama ainda é um "mal que assola" a mente da juventude. Esses blogs, vlogs, "Frozen's" de famosinhos, que foram picados pela febre do Stand Up, são bons pela criatividade e pela improvisação, e até pelo incentivo que dão aos outros de terem suas redes sociais... Mas daí esbarramos no grande problema que são os temas escolhidos para serem discutidos. Há momentos em que eu assisto a um vídeo e só assisto de novo para ter certeza do que vi. Acho inacreditável que "tanta gente" tenham visualizado algumas coisas e tenham curtido... 
Então resolvi fazer uma pesquisa junto aos alunos sobre temas pertinentes a eles. Tipo, surgiram temas referentes a jogos, novelas, maquiagem, namorados... então pensamos em começar fazendo uma enquete... A primeira filmagem, agendada para a primeira semana de novembro será sobre as preferências dos alunos, sobre o que eles gostariam de falar e de ouvir em vídeos na web... Será uma conversa descontraída com todos os alunos interessados em publicar vídeos na escola.

EM CONSTRUÇÃO

sábado, 10 de outubro de 2015

ATIVIDADE PERFORMÁTICA - Esperando Godot

ESPERANDO GODOT



Esperando Godot
Uma performance Art realizada pelos alunos do curso de Licenciatura em Artes Cênicas da UVV para a disciplina de Direção I ministrada pelas professoras Rejane Arruda e Lara Couto.
A atriz performer Rafaela Conceição ficava sentada em uma mesa de jantar esperando por companhia, no meio de um ponto de ônibus... Olhares curiosos, comentários diversos... Tempo restrito... Difícil acreditar em um jantar oferecido de graça, tão fácil, acessível,... Perturbador comer com um estranho? Em um ponto de ônibus? No meio da Rua?

A performance trouxe aprendizados além do esperado de um trabalho artístico. Começamos com o atraso do transporte e durante a espera começamos a perceber pequenas "coisinhas" faltando. Ao chegar o transporte nos dirigimos para o Terminal de Vila Velha, fato que nos trouxe decepção... Não poderíamos realizar o trabalho no recinto sem prévia autorização. Foi uma comoção geral... então eu sugeri que nós fôssemos para a Praça Duque de Caxias, perto dali.

Conversando com a Rejane, falamos sobre imprevistos que acontecem e improvisos aos quais estamos suscetíveis. Nos encontramos no paradoxo da performance, Deixar que o primeiro problema nos atrapalhasse seria oposto ao que construímos enquanto "sugestamos" estar procurando soluções rápidas. A performance não tem um fim definido, mesmo que tenhamos um objetivo, 'tudo depende de tudo'. Fomos todos para a Praça!

Deparamos com um deserto em plena atividade. Solidão total, fazendo o Centro da Cidade ter jus ao título de "Cidade Dormitório". Sem comércio, sem transeuntes, sem movimentos... A única luz vinha de uma barraquinha de sanduíches, ou dos postes no meio da praça. Decepcionante, e com evidente frustração todos queriam voltar sem fazer nada. Segundo o performer curitibano Fernando Ribeiro os elementos básicos da performance são o corpo, a ação, o público, o tempo e o espaço. 


Tínhamos quase tudo, menos o público. E mesmo o nosso tempo estava ficando escasso. Depois de um impasse rápido decidimos montar a mesa no ponto de ônibus, no asfalto, E o público apareceu, como em um passe de mágica. É como se a terceira cajadada de Molière trouxesse a tona o público. Não eram muitos, mas já dava para iniciar o trabalho. Comecei a montar os pratos... A performance consistia em a atriz Rafaela sentar à mesa com dois pratos servidos esperando que alguém se juntasse a ela para uma refeição e um bate papo. O cardápio era tentador, eu mesmo realizei o menu composto de um fricasse de frango com batatas sauté, arroz e salada de cenoura com aspargos em uma das refeições e outra feita com arroz e um rosti de palmito com bacalhau desfiado, salada colorida e purê de batatas com cream cheese. O aroma invadiu o ponto de ônibus e logo tivemos uma voluntária... Estava no horário de saída de uma escola estadual (Vasco Coutinho) e uma das alunas se propôs em fazer companhia a atriz. Foi satisfatório ver as duas em uma conversa como se o mundo delas fosse aquele, como se o que estava acontecendo ao redor não pudesse afetar em nada o diálogo, nem mesmo os coletivos parando e abrindo as portas, pessoas passando ao lado e comentando. O público foi dos que esperavam o seu ônibus aos que passavam dentro dos carros na pista. Quando as colegas de sala da nossa voluntária saíram, passaram por ela zombando por ter saído mais cedo e ainda estar por ali e ela respondeu que elas estavam atrapalhando a conversa.



A equipe de apoio foi extremamente necessária, porém percebemos que algumas ações e atribuições devem ser definidas previamente, para não haver conflitos e falhas. Enquanto acontecia o diálogo com a primeira voluntária do público, comecei a montar o segundo prato, e para minha frustração, houveram alguns problemas... A turma é bem íntima e se concentra no momento da ação, mas ainda há dispersões nos casos de pausa. Os pratos estavam incompletos, o primeiro planejamento teve que ser modificado, pois a equipe não resistiu ao aroma da refeição e desfez o quantitativo da montagem... Talvez a modificação dos pratos não alterassem na intenção da proposta, mas interferiria na sensação do paladar e na expressão do "sentimento gustativo".

Sentou então a segunda voluntária do público, que elogiou o trabalho e disse que deveria acontecer "coisas assim" mais vezes. Notei que ela se sentiu atriz ao se sentar com a performer Rafaela, fazendo pose, usando gestos coordenados e um diálogo mais cênico do que natural, e isso reflete uma real necessidade de mais eventos culturais acontecendo. Ao final ela, "Monia", fez um breve depoimento sobre as sensações que ela imprimiu da performance. Registrar o depoimento de participantes ou até mesmo de ouvintes ou espectadores nos remete ao resultado que queremos ou tivemos. Mas o registro da fala sobre o sentimento não exprime o sentimento em si. Acredito que durante o processo, a "Monia" registrou muito mais sensações do que ela exprimiu em seu relato e apenas se fosse feito um registro com uma câmera fixa alguma coisa poderia ser capturada. Mas qual a função da performance senão o ato em si, sem necessariamente ter importância esse ato. Sentar à mesa se torna tão importante quanto olhar de longe. Porque fica a reflexão sobre a performer que está no lugar de esperar alguém, que ela não conhece e que provavelmente vai lhe trazer algum novo conhecimento, informação ou apenas um simples diálogo. Assim como em "Esperando Godot", onde pessoas, provavelmente insanas, esperam alguém em algum lugar, sem saber necessariamente o motivo.

Desta vez o jantar foi o gatilho de convite, mas muitos outros artifícios podem ser usados para uma aproximação de seres desconhecidos que passam a ter reflexões em comum sobre algo que elas talvez nem supunham conhecer. Esperamos Godot's, José's, João's, Maria's, esperamos contato. Por afeição ou por estranhamento, cada um se aproxima por um motivo, convidado ou não. Um rapaz que estava no ponto e filmou uma parte da ação pelo celular mostrou interesse em se sentar, mas quando convidado disse que teria vergonha. Outra senhora disse que era para deixar para os mais jovens. Muitos jogavam o convite de um para o outro, mas ficava perceptível que todos tinham interesse.

Exaltando Anton Tchekhov na expressão em que diz que há dois tipos de arte, as que gosto e as que não gosto, digo que este trabalho me foi prazeroso desde sua concepção. Escolhi o cardápio e o "empratamento". Realizar um trabalho que vai instigar o público a participar ativamente da obra. O público tem que se dispor a cooperar, e estar propenso ao prazer ou ao desagrado. Não ter a certeza da aceitação perante o estranhamento, o que deveria afastar está na posição de aproximar. Perceber o medo ou a timidez perante uma ação em que o público se transporta para o centro das atenções, pois a atitude é dele, ele tem que chegar e participar de uma atividade que pode ser cotidiana mas em um local totalmente avesso à condição de natural. Sentar-se à uma mesa para um jantar à La Carte num ponto de ônibus pode provocar desejo de experimentação em alguns, ou medo de participação em outros. Gostaria de realizar novamente este trabalho em locais distintos, com públicos diversos e registrar não só a participação daqueles que escolhem se aproximar e participar, mas também daqueles que se mantém distantes. Entender os por quês, os para que e os prazeres e desprazeres de todos envolvidos, público e artistas (performances, equipe de apoio e voluntários)

Sinto uma necessidade latente de uma maior organização antes de promovermos outra ação. Uma distribuição de tarefas com antecedência e um maior empenho de todos na participação. Lembrar que quando há a necessidade de uma equipe de apoio, esta é tão importante quanto o artista performe que estará atuando. Todos somos ramificações do trabalho. Tiro por exemplo a ação da Ana Paula que teve que negociar com uma moradora de rua que havia se apossado indevidamente das sandálias da Rafaela enquanto todos estavam distraídos.

(EM CONSTRUÇÃO)

domingo, 4 de outubro de 2015

ATIVIDADES PERFORMÁTICAS - TIRÉSIAS - HAPPENING

Turma AC4N

Título: "Tirésias"

Tirésias, profeta grego do oráculo de Apolo na Cidade de Delphos... Cego. Famoso pelos escritos de Sófocles nos livros que contam as histórias de Édipo e na Odisseia de Homero. Em Édipo, Tirésias é o cego que tudo vê contrapondo a Édipo que vê mas permanece cego aos fatos que o cercam.
O Happening é uma ação, inicialmente das artes visuais, onde o público participa da obra. Atores e plateia se misturam no trabalham e todos acabam participando de certa forma da construção do espetáculo ou do experimento. 
Para nossa ação tivemos como convidados os alunos de uma turma do curso de fotografia que se tornaram parceiros artísticos na performance. Preparamos o estúdio de filmagens com objetos e motivadores sensoriais. Tinham "coisas" espalhadas pelo chão (tecido, barbante, pipoca...), obstáculos distribuídos aleatoriamente pela sala e bastante gente em um ambiente totalmente escuro. Andar sem saber onde ou em que está pisando é uma sensação não frequente a quem tem visão perfeita. Ocorriam um misto de sensações e sentimentos que não se exprimiam em palavras, mas que causaram uma grande necessidade de se liberarem... Conforme andávamos nos trombávamos e trombávamos nos obstáculos. Cadeiras, cubos, paredes... Pessoas. E trombar em pessoas era uma das sensações mais estranhas. Buscamos descobrir quem estava em nossa frente nos tocando ou sendo tocados por nós. Sentimos a necessidade de ver de alguma maneira quem estava ali, conhecido ou não.
Quando encontramos alguém conhecido no meio da escuridão, assumimos certas liberdades que não aconteciam no contato com os "estranhos", até que todos começaram a se tornar um misto de amigos que estavam ligados pela mesma dificuldade. Nos tocávamos, nos percebíamos e interagíamos uns com os outros. Cada um no seu limite. Toques no rosto para reconhecimento, nos cabelos para saber se podíamos descobrir quem era. O som da voz por vezes era reconfortante, mas em momentos vinham acompanhados de uma terceira pessoa que estava perto, ou de algum objeto que tropeçávamos.
Andar no escuro, sem ter prática era uma tarefa difícil. Pisar em tecidos espalhados, pessoas deitadas no chão, cadeiras espalhadas, fios de barbante atravessados pela sala, perfume se espalhando pelo ar e sons... gritos... músicas... Cada um liberava de alguma forma o pequeno estresse que estava passando por não enxergar. Em certo momento um grupo deitou no chão e começou a se arrastar. Foi uma sensação instigante, eu sabia que assim não tropeçaria mais, porém, quem estava em pé andando poderia pisar em mim. Então tentei fazer meu trajeto apalpando os pés de quem estava perto para que eles soubessem que alguém estava passando por baixo deles.
Voltei a andar de pé, e agora eu comecei a tocar nos braços de todos que passavam por mim. As reações eram muito diferente. Alguns retribuíam ao toque, outros perguntavam quem eu era. Um tanto se afastava, pelo susto ao toque, ou pelo medo de estar no escuro com pessoas que não tinham intimidade. Um grupo que estava sentado começou a conversar e me estimulou a aproximar mais deles. Quando toquei no braço de uma das meninas tentei passar sua mão pelo meu rosto a reação dela foi de medo... Ela começou a falar que não era para eu mordê-la, e mesmo eu falando que não ia fazer isso ela puxou a mão e não permitiu o toque.
Começamos todos a cantar, assobiar, rolar no chão, massagear uns aos outros, conversar... Cada um tentou encontrou uma alternativa que diminuísse o medo do escuro. Mas o tempo passava de maneira muito lenta e eu comecei a me sentir incomodado com o tempo dentro da sala. Minha visão começou a se acostumar e o escuro já não era mais um fardo. Eu já conseguia distinguir as pessoas, e perceber os objetos na sala. Sentei em uma das cadeiras e comecei a ficar aflito pelo tempo que não acabava. Queria terminar logo, mas os outros estavam empolgados, cantando, rindo, interagindo. Se eu pudesse apressaria o relógio. E depois do que me pareceu uma grande noite os celulares começaram a despertar, concluindo nossa performance... A felicidade pelo trabalho concluído contagiou a todos, e chegou a hora de falarmos o que sentimos. Muitas sensações, emoções... Todas diferentes. Medos superados, amizades iniciadas, desejo de realizar novamente a performance. Cada um tinha um motivo para permanecer na sala, alguns queriam quietude e silencio no escuro... outros queriam barulho e agitação para suprir a falta da visão, outros queriam o toque amigo para simular uma segurança aparente que em momento algum foi ameaçada. Mas em unânime todos declararam ter emoções diferentes do seu cotidiano.


ATIVIDADES PERFORMÁTICAS - MEDUSA

Turma AC4N

Título: Medusa

Uma das Górgonas, filha de Fórcis e Ceto, a Medusa era uma bela sacerdotisa do templo de Atena, que foi estuprada por Poseidon. A Deusa não se compadeceu e castigou a górgona transformando-a em um ser abominável que ao simples olhar transformaria qualquer homem em pedra. A performance começou com a ideia de brincar nas faixas de trânsito, mas não brincadeiras comuns, era praticamente um jogo com o semáforo, uma disputa entre pedestres e carros onde o tempo de corrida é definido pelas cores verde e vermelho. Assim como a Medusa, um simples olhar, ou o som de um carro acelerando pode te fazer correr de medo ou paralisar.
A performance consistia em na hora que o semáforo fechasse para os carros, ao alunos/atores performáticos fariam a corrida do saco. A primeira corrida foi uma investida ceia de nervosismo, apreensão e medo. Ainda não tínhamos a noção do tempo que levaríamos para atravessar a pista, e se os carros esperariam nossa travessia. Tornou-se um misto de emoções para todos tanto participantes da corrida, quanto aqueles que estavam só olhando e até mesmo para os motoristas que estavam parados na faixa, que não sabiam se aquilo aconteceria apenas durante a luz vermelha ou se continuaríamos atrapalhando o trânsito mesmo na luz verde.
Assim a primeira parte da performance foi para experiência, um teste de tempo. Sentimos mais segurança a cada travessia e mesmo alguns motoristas ameaçando avançar o sinal com suas falsas aceleradas, continuamos confiantes e seguindo com o jogo no tempo do sinal, começamos a enfrentar o monstro que nos paralisa todas as vezes que temos que atravessar na faixa de pedestre de uma via muito movimentada. Então o grupo de atores resolveu mudar a brincadeira, tornando-a mais intensa. Vários jogos iam se intercalando no período da luz vermelha: morto/vivo, estátua, cabra-cega... E até uma parte de coreografia foi feito sob o símbolo representativo deste monstro que aterroriza a vida dos homens de um mundo arcaico nas histórias de Ésquilo, Píndaro, Ovídio, etc...
Se podemos tratar performance como um trabalho artístico didático, esta apresentação em questão nos trouxe algumas lições de respeito ao próximo, solidariedade e educação para o trânsito. Carros param em cima do espaço que é destinado a travessia do pedestre, outros que em um ato de impaciência aceleram, ou buzinam para pedestres que usam todo o tempo do farol pra fazer sua travessia, e ainda os ciclistas que não respeitam o momento de travessia do pedestre.
Realizamos mais de dez travessias divertidas com jogos, corridas, coreografias e brincadeiras que divertiram muitos, irritaram outros e em cada mudança na cor do farol uma nova emoção e mais uma lição. Aprendemos, compartilhamos, ensinamos e performamos.
Muitos trabalhos performáticos de cunho didático pedagógico são realizados para que pedestres e motoristas tenham uma melhor consciência de solidariedade no trânsito, muitos mostrando a necessidade de se atravessar na faixa, outros mostrando a responsabilidade de aguardar o sinal para a travessia, mas em nosso caso era apenas um jogo. Uma performance sem um motivo específico, sem uma lição previamente definida. Queríamos apenas jogar e brincar no tempo que nos era oferecido pela cor do sinal. Vermelho para os carros, início do nosso tempo de atuar, performar. E mesmo sem intensão, tiramos conclusões sobre a importância de uma boa educação e de ações voltadas para a educação no trânsito. E assim terminamos ali, mas não concluímos o trabalho... Surgiu a hipótese de irmos para outro lugar, e decidimos jogar morto/vivo no ponto de ônibus... Só para distrair.
Tinham poucas pessoas, mas foi o suficiente para notarmos algumas reações. Uma senhora se afastou do grupo assim que começou o jogo e comentou que ficou assustada, pois aquilo não era uma coisa comum de se ver. Alguns riam, outros simplesmente faziam de conta que nada estava acontecendo. E nossa proposta foi realizada... Queríamos jogar e jogamos. Não trouxemos aqui nenhuma lição de moral ou orientação para qualquer ação ou atitude humana. Apenas brincamos um pouco e terminamos saindo cada um para seu destino. Se não há necessidade de intensão prévia na performance, então nossos objetivos foram atingidos. Improvisamos e mostramos arte. E a cada trabalho realizado, mais nos aproximamos de um conceito mais aberto e amplo que não se define em palavras. Construímos conceitos imagéticos sobre um tema de discussão ampla entre muitos que tentam de uma forma ou outra definir esta arte que está em expansão no meio cultural.

Vídeo do trabalho: https://www.youtube.com/watch?v=SmDJ-m6vNEo









sábado, 3 de outubro de 2015

ATIVIDADES PERFORMÁTICAS - SANSÃO

Turma AC4N


Título: Sansão



Sansão é um personagem bíblico encontrado no livro de Juízes nos capítulos 13, 14, 15 e 16. Um nazireu de Deus que possuía muita força física atribuída ao comprimento de seu cabelo. Traído pela esposa Dalila, que contou a seus inimigos a fonte de seu poder, ele teve os cabelos cortados e os olhos furados. Acreditou que havia perdido suas forças, porém sua fé foi renovada e ele recuperou o seu poder.

filme dublado: Sansão e Dalila - https://www.youtube.com/watch?v=z_bcX88KF5U
A performance se resume em um cartaz "Corte Meu Cabelo", uma tesoura e uma pessoa sentada, a espera de alguém que voluntariamente se ofereça para cortar-lhe os cabelos. Parece uma ação simples, que em qualquer salão de beleza se tornaria banal. Mas é um trabalho artístico, uma ação, que mesmo sem intensão previamente definida, tem um cunho de instigação moral. Ter a liberdade de domínio sobre o outro, poder de tornar alguém submisso de alguma maneira. Eu ficava sentado esperando que qualquer um, profissional ou não, cortasse de qualquer maneira meus cabelos. No primeiro momento me senti nervoso e acuado devido a vários fatores que envolviam o ambiente. Estávamos em uma praça pouco movimentada, o que acarretaria em uma dificuldade na realização da ação performática. Após ter o cenário montado fiquei sozinho em cena, o que me causou uma aflição... Não estava preocupado com a forma que cortariam meu cabelo, estava preocupado se teria algum resultado. Comecei a perceber olhares curiosos para a faixa, mas vinham apenas dos comerciantes locais. Então a primeira mecha foi tirada, e nesse momento me transportei para o lado oposto ao palco... Me tornei espectador. Senti a vibração, quase me inteirei do sentimento que transbordava de quem vinha cortar meus cabelos.
Era uma proposta simples, cortar os cabelos, mas que trouxe diversos temas a tona. Questionaram se era uma ação social para portadores de algum tipo de enfermidade. Está na moda doar os cabelos ou cortá-los como forma de caridade moral aos portadores de cancer. Poderia até ser uma questão discutível, mas não fez parte das proposições da performance. A ideia principal era se tornar submisso de alguma forma. Deixar que fizessem o que quisessem. Dar o poder a outro de cortar, extravasar algum sentimento enquanto cortava os cabelos de outra pessoa que não iria reclamar do resultado.
Um rapaz que passava questionou porque eu deixaria que estragassem meus cabelos, então pegou a tesoura e com muito cuidado começou a tirar as pontas, o tempo todo conversando e me tranquilizando que não iria estragar, pelo contrário, faria um corte muito "maneiro". Mas teve que passar a tesoura para outro que veio e tirou uma boa parte, fazendo um corte que seria muito difícil de ser consertado. A reação do rapaz foi de surpresa e incredulidade. Outros que passavam diziam que nunca fariam aquilo. Deixar que qualquer um, desconhecido, sem formação, cuide, ou melhor corte seu cabelo. Como Sansão, algumas pessoas, principalmente as mulheres, ainda guardam sua força na aparência e o cabelo faz parte disso.
Na psicanálise existem diversas teorias simbólicas para a presença dos cabelos: São considerados fonte de poder mágico e por isso, o ato de cortar os cabelos e sacrificá-los significa frequentemente um renunciar e um renascer. O corte do cabelo ou da barba é frequentemente associado a um escalpo do ser humano, o que equivale a mudança de pele da serpente, um símbolo de transformação e desde a antiguidade o corte de cabelo (tonsura) estava ligado à consagração nos ritos de iniciação onde o sacrifício dos cabelos nos templos das deusas da lua, correspondia a uma evolução da prostituição sagrada, o seu simbolismo era de que entregando os cabelos, a mulher entregava o feminino à deusa. Anéis de cacho de cabelo guardados como lembrança, são tidos como amuletos que ligam uma pessoa a outra. Pela teoria da magia contagiosa, quem tiver de posse tanto de cabelos como de unhas humanas, pode exercer influência sobre a pessoa da qual os mesmos foram cortados. O cabelo é com freqüência associado à fôrça vital e ao próprio destino podendo ser considerado como uma imagem da relva, o cabelo da Terra. Na Rússia, somente às mulheres virgens era permitido que usassem uma trança grossa posto que após o casamento só poderiam usar duas tranças. A cabeleira encontra-se ainda relacionada à sensualidade e à provocação sexual.
Uma mulher questiona a atitude de alguém ter a coragem de estragar a aparência de outro. Ela diz não ter coragem de fazê-lo, que iria preferir estar no meu lugar ao ter que estar no lugar de quem estava cortando o meu cabelo. Disse também que mesmo sendo um ato que causava-lhe angustia, por ser um homem sentado ali ainda era menos perturbador que se fosse uma mulher. Comentou ser uma humilhação que uma mulher se sujeitasse a isso. Em tempos antigos mulheres tinham os cabelos cortados para distingui-las como prostitutas.
Ainda hoje, ao ver o vídeo do trabalho, reflito sobre quem era o performer e quem era o público, pois mesmo estando sentado na cadeira, me senti como um espectador daqueles que estavam participando, seja cortando meus cabelos, seja presenciando a ação. Dominador e dominado, o indivíduo se compadece de um ou de outro por diversos motivos. Tiro por lição que mesmo os dominadores detém o sentimento de "pena" de outros, pois para esses, dominadores nada mais querem que humilhar ao próximo para que sejam inferiores de alguma maneira.
Senti a aflição de alguns, o prazer de outros, o descaso de mais um tanto... Me senti livre de um peso, de um trabalho cumprido. Me propus a realizar uma performance e consegui ir até o fim... Passei por um misto de emoções que variaram da aflição do início do trabalho ao vislumbre dos sentimentos alheios. Visualizar as expressões faciais enquanto eles se achavam público, mas para mim eles eram os performer's. Me transportar do local que seria palco para um misto de platéia participativa. Me realizei deixando que todos se sentissem dominadores enquanto eu os analisava. E deixo a questão que fica para discussões: qual seria a motivação para um ato performático? Quando o performer sai do papel de ator e se torna público de sua ação? Em termos gerais, como ainda não temos uma definição de performance art, criaremos conceitos sobre as reações e as relações que o ato exerce sobre todos os participantes da ação.
vídeo da performance "Sansão": https://www.youtube.com/watch?v=-xOr1x_Y81g






ATIVIDADES PERFORMÁTICAS - MORFEU

Turma  AC4N

TÍTULO: "Morfeu"

Deus Grego dos "sonhos", filho de Hipnos, Morfeu aparece durante os sonhos na forma da pessoa amada... Sonhos bons ou ruins podem ser lembranças de registros condicionados nos lóbulos da memória que vem a tona durante o sonho. Essas lembranças podem vir de forma desorganizada, causando distúrbios, mostrando imagens distorcidas do nosso dia. Se as imagens são criadas a partir de referências do nosso cotidiano então os sonhos são partes de nós e nós somos parte dos sonhos.  “Somos feitos da matéria dos sonhos”, uma frase de Shakespeare, escrita em 1611 para sua última peça – A tempestade.
Na performance "Morfeu", distribuímos alunos/atores performáticos em períodos de sono e vigília de diferentes formas, atuando com ações distintas a cada um. Cada performer (aluno do curso de Licenciatura em Artes Cênicas) criou seu mundo particular, em colchonetes distribuídos aleatoriamente pelos corredores do prédio de direito da UVV (Universidade Vila Velha). Os pesadelos sofridos pelos alunos refletiram de forma cênica sua indignação por assuntos que ficaram mal resolvidos junto a alunos de outros cursos. Uma forma de denúncia e resposta a seus desejos de mostrar os resultados dos estudos de seu curso.
Enquanto Ana Paula contava histórias para seu filho dormir, Anacarolina convidava as pessoas que passavam para se juntar a ela em seu mundo de ilusão, criando uma dimensão paralela e se distanciando do que acontecia a sua volta. Enquanto Ismael sofria com seus pesadelos, Yule sofria acordada sendo perseguida por Jeferson que não a deixava dormir. Vinicius se masturbava, Naiara enlouquecida se sujava de tinta vermelha em um misto de insanidades que podem ser traduzidos pelas dores das cólicas menstruais noturnas. Lázaro em seu momento de insonia brincava ininterruptamente com uma bolinha enquanto Rafaela procurava a melhor posição para um bom sono, sem sucesso e Marcela ficava escondida nas esquinas, assustando quem passava tentando simular sua falta de sono. Todas essas cenas aconteciam simultaneamente trazendo reações diversas do público que passava.
Se há algum objetivo a ser atingido com uma performance, essa apresentação chegou a diferentes estágios. O público se mostrou em alguns momentos apático ao trabalho, mas a interação foi percebida quando vimos que muitos saiam comentando sobre o que acontecia. Se simplesmente assustados pela Marcela e desviavam de seu caminho, ou quando sentavam no quarto ilusório da Anacarolina e imergiam em seu mundo particular, conseguimos notar que de certa forma nós interferimos no cotidiano de todos aqueles que estavam acostumados a simplesmente descer a rampa e seguir sua rotina. Ir embora naquele dia não foi tão simples. Quando você é interrompido, aquele fator introduz na sua mente mais uma recordação e se os sonhos são feitos de memórias do seu dia, provavelmente, segundo a psicanálise, alguns se assustarão no meio da noite sonhando com o grito de alguém que interrompe sua jornada escondido atrás de uma parede, ou vagará no mundo de histórias contadas por uma mãe que pode ou não ser a sua. Não poderemos saber qual o resultado, pois os sonhos serão particulares de cada um do público e não serão revelados, mesmo que questionados, talvez pela ausência de sua lembrança, ou pela criatividade de cada um em aumentar criativamente as lacunas de memórias que se formarão.
 "Não há olho de homem que tenha visto, nem orelha de homem que tenha ouvido, nem mãos de homem que tenham tocado, nem língua que haja concebido, nem coração que haja relatado o que foi o meu sonho." (SHAKESPEARE, Willian. "Sonho de Uma Noite de Verão". Ato IV - Cena I).
Mesmo os atores performáticos tiveram motivos próprios para suas ações. Representando ou vivenciando, cada um deles colocou em prática ações relacionadas ao momento que interliga a vigília e o sono. Atitudes que fazem parte do cotidiano de todos, cada um em sua dimensão particular, mas, da mesma forma que não podemos listar os motivos que impulsionaram cada ator, também não conseguiremos medir o impacto que causamos no público.
Este foi o primeiro trabalho, propenso a alterações e críticas. Nossas rotinas seguirão, com ou sem pijamas e colchonetes... Mas teremos sempre o registro da atividade em nossas memórias e talvez até uma parte dele nos retorne em um próximo sonho.








FRAGMENTOS DE "O PESADELO DO TERCEIRO MILÊNIO"

Hoje sonhei com meus pais... Eles estavam vestidos de branco em um círculo com outras pessoas vestidas de branco. Eu era apenas um bebê no colo da minha mãe, e aquele homem eu acho que era meu pai. Tenho poucas lembranças deles... Lembro o dia em que sacrificávamos um cordeiro, mas eu não via os seus rostos. Sempre que sonho com eles estão de máscaras... Eu só me lembro das máscaras. Eram como animais. A última vez que eu o vi, ele tentou me violentar, mais uma vez. Cortei o braço dele com meu punhal. Ele saiu de cima de mim e disse que ia me vender como prostituta para o primeiro comerciante que passasse. Prefiro ser prostituta de um estranho do que servir aos agrados daquele porco. Por isso coloquei fogo na palha enquanto ele dormia... Tinha medo dele me colocar no caldeirão enquanto eu dormia. Minha mãe ficou fraca, sofrendo de uma febre que não tinha fim... Não foi por piedade, eu queria ver como é a vida saindo do corpo de uma pessoa. Todos os dias os homens da vila vinha em minha casa, era sempre um grupo diferente e eu me deitei com todos os homens da vila. Era a única forma de ter comida no fogo. Pendurei-a pelas pernas e cortei seus pulsos. Deixei o sangue escorrer e a vida sair de seu corpo junto com o sangue enquanto dois jovens descarregavam a tensão do trabalho em mim... Concentrei-me em ver minha mãe morrendo, mas tinha vontade de matar os dois rapazes. Eles falavam que aquele era o verdadeiro fim de uma prostituta... Chamaram minha mãe de prostituta. Apesar de nossa vida, foi ela que me ensinou muito do que sei e ninguém tem o direito de chama-la de prostituta. Bebi o sangue dos dois. Enquanto a prostituta da minha mãe morria eu matava. Senti-me como um animal... Que estava saciando sua fome. Vivi no mato comendo raízes e folhas. Aprendi com os animais selvagens a andar, voar e me rastejar. Por isso estou aqui... Estou aqui para dividir meu poder e multiplica-lo. Eu entrego meu espírito à chama e recebo dela a imortalidade.
A espera me paralisa. Estou sedenta e não posso mais controlar a besta que há dentro de mim. Sinto cheiro de vida vindo em minha direção e desejo toma-la para mim. Sou pior a cada dia, meu tempo não tem fim. O medo não está com minha vítima. Sinto que ele se parece comigo, que seu passado, apesar de curto em relação a minha idade, foi tão duro quanto o meu. Posso ser a destruição de sua vida miserável, mas serei o marco de sua história de eternidade. Não matarei desta vez, o farei senhor das sombras. Com o beijo da morte trarei para meus braços meu fiel amante. Seremos carne e sangue. O que quero vem a meu encontro, caminha pela escuridão da noite a procura da estase surreal que apenas eu posso dar. Sua gratidão pelo presente que darei será a servidão e sua recompensa será a eternidade aos meus pés. De seu sangue sinto o cheiro do ópio desses dias que aterroriza sua mente. Vejo que minha vítima sofreu as desgraças da vida, passou pela tortura do mundo e continua puro de alma. Isso alimenta cada vez mais a minha fome. Ele me provoca a trazê-lo para o mundo da escuridão eterna. Está com medo e mesmo assim tem coragem de entrar nos becos a procura de satisfação para a carne. Serei o seu prazer hoje, enquanto ele me alimenta, inundarei sua mente com os mais belos devaneios. Devorarei sua alma e o tornarei meu eterno servidor. Meu escravo.

Eu morava com meu pai em um sítio. Minha mãe morreu quando eu tinha quatro anos. Nunca tivemos muito contato com o pessoal da cidade e na escola eu era considerado o estranho... Nunca fiz amizades, não tinha namoradas, mas sempre me apaixonei pelas meninas mais bonitas. Nunca teria uma chance com elas. O caseiro tinha uma filha. Ele vivia doente e ela quase nunca estava em casa, mas quando aparecia, meu mundo se transformava. Ela me fazia sentir poderoso. Era como se eu entrasse em transe durante o tempo que ficava com ela. No dia que ele descobriu... O pai dela... Ele correu atrás de mim com uma espingarda na mão... Queria me matar. Meu pai o matou primeiro... O que é a justiça, o que é a vida senão um grande jogo onde nós ganhamos e perdemos e nem sempre sabemos quem dá as cartas... Minha mãe morta, meu pai preso. Nunca mais vi a filha do caseiro e o grande amor da minha vida me deixou... LÍDIA!!! EU TE AMO!!! 
Então vá... Quer sentir a queda? A pressão do ar? Seu corpo se contorcendo com a velocidade da decida?... Você vai sentir seus ossos se partindo ao entrarem em contato com o chão, quebrando-se... Todos. A dor pode ser insuportável e levar à morte, mas, por outro lado, pode apenas te fazer agonizar... Um suicida não tem o perdão dos céus. Imagine a dor de todos os seus ossos quebrados e você, vivo... Uma dor insuportável... Uma eternidade de tempo passando a cada segundo de sua vida, sentindo e vendo a agonia dos que o cercam...

O desespero assim como o medo adocicam a alma... Procuro companhia, mas irei só, se preciso for. Me fortifiquei e me batizei com seu sangue, não por ser sagrado ou profano, mas por trazer fragmentos de sua essência, mas almejo ter o mundo aos meus pés, pois não quero carniceiros em meu encalço. A ganância não me cega, quero dividi-lo com você, pois me liga àqueles que a possuem... Você é eterna como a piedade que sempre está presente no coração humano e enquanto houver faíscas de um ser vivente, lá estaremos. Me apego sem me iludir, pois é a afeição por esses pecados que me fez presente na história. Seu sorriso esboçado me ilumina para a grande obra prima. Surpreendentes façanhas inúteis, que ameaçam sem coagir, provocam sem atacar e matam sem levantar o punhal. Sou como o abutre, não caço e nem aniquilo, espero paciente. Esse é o fim do homem, mas não da humanidade que se renova a cada era para nossa supremacia.
Sou corpo sem carne e espírito sem alma. Sou o condenado e o carrasco, o chicote e o perdão. Me alimento da dor e do sofrimento que inflijo e do pecado que proporciono. Sabedoria não é andar atrás de meu desejo, mas ficar nas sombras esperando que ele passe. Um dia tudo se acaba e como um belo ciclo, se renova e reinicia. Lá eu estarei, aguardando um novo começo. Pronta para, como a fênix, sair em meio as cinzas em busca de um novo ninho.

Morte Súbita!

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Julia Uliana
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Vídeo da Esquete "As Solteironas" dos alunos de 2009 que participou do Festival Nacional de Esquetes
Salão do Imóvel - representação de personagens
Clowns - Inauguração do Palácio dos Brinquedos
Hércules - história narrada, narração representada
arquivo de fotos de 2011
Dia do Abraço de 2008
Fábrica GETA - letra e música de Tamires Braga
"Uma Mesa Para Quatro Cadeiras"
Apresentação no COMUNICATUR em 01 de Junho de 2011 no Anfiteatro da UVV.
Apresentação
Texto e Direção de Anderson Lima
Atores:
Lucineia Alves
Raquel Camatta
Renan Oaks
Rafaela Brites

O Teatro em Vila Velha

O Teatro em Vila Velha

O teatro de Vila Velha vem de tempos bem remotos. Algum tempo depois de iniciada a nossa colonização, os jesuítas escreviam peças de fundo religioso, como o auto "Na visitação de Santa Izabel", escrita em 1597, pelo Padre José de Anchieta e que foi representado em frente da Igreja de Vila Velha.

Os primeiros teatrinhos tinham o nome de "entremez" (curta apresentação jocosa e burlesca). Eram realizados em palcos armados na rua e a assistência sentava-se em esteiras ou bancos.

O teatro vilavelhense se tornou famoso não só pela boa direção do ensaiador, mas também pelo perfeito desempenho dos artistas, rapazes e moças das famílias locais, entre outros: Elpídio Quitiba, João Carneiro, Henrique Caldeira, Nenem e Augusto Aguiar, Manoel Duarte de Freitas, Alcides Rodrigues, Antônio e Adolfo Barcelos, Cleto Rodrigues que, sempre representando o "cínico" da peça, se revelava um ótimo ator, pois fora do palco eram bem o inverso do que representava. Era um homem probo, honesto e de conduta irrepreensível. O Sr. João Ramires, era especializado em papéis cômicos. Recordamos da sua austera figura de homem íntegro e respeitável, muito ao contrário dos personagens que, na sua mocidade, tão bem representava nos teatrinhos. Os pobres encontravam nele um protetor solícito. Era o médico "homeopata" daqueles tempos, distribuindo o remédio para o corpo, acompanhado de um lenitivo para o espírito, sob a forma de uma palavra amiga e confortadora para aqueles que dela precisavam.

Além destes, Pedro e Nilo Nobre, Acelino Lopes, que se vestia de moça, pois naqueles tempos mais antigos as moças não tomavam parte em teatrinho.

São conhecidas várias passagens pitorescas, inclusive anedotas, dos teatrinhos de Vila Velha. Os artistas não se apertavam em cena e lançavam mão de todos os recursos para não fracassarem nos seus papéis.

Certa ocasião um protagonista de um drama devia assassinar seu inimigo (que trazia escondido no peito um papo de galinha cheio de sangue, para ser furado no momento azado). No ato de receber a punhalada, a "vítima", com medo, fez um movimento brusco e o papo rola no palco. O "assassino" não se altera: sai atrás do papo apunhalando-o enquanto exclamava: "miserável, vais morrer..."

De outra feita, o marido traído entra em cena e diz: "que cheiro de papel rasgado!" Isto porque dos bastidores ele observou que a mulher, não achando os fósforos sobre a mesa, rasgou a carta do namorado ao invés de queimá-la.

Um rapaz ensaiou durante vários meses o seu papel que constava apenas do seguinte: aos gritos de "pega-ladrão", teria de entrar em cena armado com um cacete e dizer: "para ladrão temos cacete". No dia da apresentação, entra no palco muito nervoso e sai-se com esta: "para cacete temos ladrão".

Certa vez, Acelino Lopes fazendo seu papel de "moça" desmaia em cena, sendo imediatamente socorrido pelo "médico" (Augusto Aguiar). Na afobação a cabeleira postiça da "moça" agarra no botão do paletó do "médico" e quando este saiu para apanhar água, dá-se o desastre...

Distribuíam-se programas do teatro. Aconteceu que, de certa vez, houve no mesmo dia distribuição de impressos com propaganda de cintas elásticas para homens, exibindo um homem usando somente a cinta. A empregada da família de uma jovem "artista", preta velha e analfabeta que muito a estimava, pensando ver na propaganda um dos artistas do teatro, exclamou: "só admiro Dª Yayá, que é tão cuidadosa, deixá Gorita representá com Docé (Diocécio) nu."

Mais tarde, isto é, há uns 40 anos, os teatrinhos de Vila velha contavam com figurantes bastante treinados, verdadeiros artistas como: Lúcio e Nilo Bacelar, Clementino Barcelos, Miguel Aguiar, Diociécio G. Lima, João Saliba, Elógio Barcelos Duarte de Freitas, Antônio Souza Rodrigues (Canico), Emiliano dos Anjos, Ernani e Romeu Silva e muitos outros. Os "pontos" dos teatros eram: o estimado Joaquim Junqueira, e mais tarde, o saudoso Saturnino Rangel Mauro.

Senhoritas daquele tempo, hoje vovós, adornavam os palcos de Vila Velha. As artistas mais famosas daquele tempo eram: Pepenha e Adília Barcelos, Pepenha e Glorinha B. Freitas, Marina Marcelos, Edina Paiva, Zilda Caldeira, Nilda Coelho, Nely e Maria Queiroz, Mirtes Viana, Iracema e Maria Leão, Honorina Machado, Euclídia Silva, Lotinha, Yvoninha e Dirinha Carvalho, Jacira Silva, Djanira e Maria Aldécia Cruz e muitas outras

Livro: Vila Velha de Outrora
Autora: Maria da Glória de Freitas Duarte - 1990

AULAS 2015/1 - 3

04 DE FEVEREIRO
Hoje recebemos de nossa professora orientadora o novo regulamento dos estágios. Conversamos sobre os projetos de extensão, os grupos de teatro, e as escolas que possuem mais educação e mais cultura. Agendei com alguns alunos a visita as escolas municipais que já estão de acordo em realizar o projeto em teatro na instituição.
Dei um prazo até Terça feira para adequar UMEF's e UMEI's ao projeto e inserir pelo menos um estagiário com remuneração par cada uma delas.
11 DE FEVEREIRO
"Ser e Ter" (Être et avoir) de Nicolas Philibert
Hoje durante a aula assistimos um filme francês estilo documentário que mostra um professor com duas turmas. Uma de crianças com média de 5 anos, em fase de alfabetização e outra de pré adolescentes de mais ou menos 10 anos. O tratamento com os alunos e momentos de diversão, aprendizado e castigo.
11 de MARÇO
Assistimos ao filme "O Mínimo das Coisas" de Nicolas Philibert.
https://youtu.be/tuMRGH5YH64 (link de convite digital para a Mostra Nicolas Philibert 2015)
https://youtu.be/LDLvQyNjmyc Trailler de "Les Moindre des choses" - O mínimo das coisas. com legendas em inglês
https://youtu.be/CKJp9JLqTkY filme completo com legendas em inglês
O debate na sala vai além do filme, passado para que possamos perceber que qualquer pessoa pode e deve se apropriar do teatro e que devemos ter como objetivos apresentar para alguém. Defeitos físicos ou mentais não devem ser impecilhos para o trabalho, nem tampouco a idade, o gênero sexual ou orientação, e mesmo a orientação religiosa.
Percebo quando cito isso que o importante é se despir dos preconceitos. Se devemos nos limitar a algumas temáticas, devido a idades ou religiões, temos ao menos a liberdade de criar um trabalho que deve ser visto, deve ser apresentado.
O filme mostra um trabalho em teatro feito dentro de uma casa para deficientes mentais. No filme os orientadores usam o recurso da musicalização, que é um recurso muito útil para prender a atenção.
Bem lembrado pela Rejane, é que na oficina nós trabalhamos um grupo de teatro como um todo, e se nem todos quiserem fazer parte do elenco, ainda temos iluminação, figurino, contra-regra, divulgadores, etc... "O trabalho de teatro é um trabalho em equipe." (Eugenio Kusnet, 1898-1975).
Devemos nos apropriar dos jogos da Viola Spolin para nosso trabalho de estágio. e Para o próximo encontro devemos trazer um plano de curso, com nosso objetivo e estratégias que iremos usar para atingí-los.
Meu trabalho será fragmentado, e na primeira escola irei fazer um trabalho de intervenção para realização do espetáculo "A Paixão de Cristo" na UMEF Mikeil Chequer". Faremos um planejamento juntos eu, Iasmim e Lázaro. Em sequencia eu vou para a UMEF Vila Olímpica a pedido da área pedagógica da escola para trabalhar literatura. A diretora se dispor a montar um espetáculo com textos shakespareanos, pois ela tem acesso à material e figurinos. Em uma conversa informal listamos alguns textos que envolvem o romantismo de Shakespeare e alguns casais românticos de suas histórias. Nomeamos de "Os amores de Shakespeare" ainda em fase de esperimento. Outra sugestão da diretora foi montar um musical com a temática de CATS, pois ela tem acesso a material para montagem.
Na UMEF Ofélia Escobar, iremos retornar o trabalho eu e Ismael para a montagem do espetáculo "O Patinho Feio" incluindo o teatro no projeto de prevenção ao bullying desenvolvido pela escola.
Na UMEF Maria Eleonora iremos começar um trablaho para vídeo com temas jornalísticos. Não tenho muita experiência no assunto ainda, mas na escola tem uma oficina de jornal, onde os alunos com o oficineiro estão fazendo pesquisa sobre apresentadores de telejornais. Então será provável que em um primeiro momento façamos uma apropriação de alguns personagens jornalísticos marcantes.

Nas três escolas os trabalhos começarão em abril, junto com o projeto de atendimento à comunidade.
20 de Fevereiro
Reunião com Cacilda da UMEF "Mikeil Chequer". Estabelecemos a sexta feira no horário vespertino para encontros com os alunos do 4º e 5º anos para montagem do espetáculo "A Paixão de Cristo" que será apresentado no dia 1º de Abril. Os ensaio acontecerão na sala de dança da escola. Após apresentação do espetáculo, os alunos poderão continuar os encontros com outros estagiários.
Reunião com a coordenação do mais educação da UMEF "Vila Olímpica". Decidimos incluir dois estagiários no projeto, para acompanhamento pedagógico e encontros de teatro que deverão acontecer de segunda a quinta feira matutino e vespertino. Agendamos Reunião com Marcela e Lika para terça feira dia 24 de Fevereiro as 9:00h para acertarmos conteúdo dos projetos. A sugestão de trabalho foi que se montasse uma turma de contação de histórias com os alunos para representar a escola em atividades da rede e um grupo de teatro que estará preparado para leituras e pequenos eventos da rede. Além dos trabalhos de leitura e construção de textos. Eu ficarei encarregado de montar o espetáculo "Os Amores De Shakespeare" e iniciaremos os ensaios no mês de Abril após apresentação da "Paixão de Cristo" da UMEF "Mikeil Chequer".
13 de Março
Fomos na escola eu, Iasmim, Lázaro e Ismael... Tivemos problema de comunicação, pois a direção da escola pediu para que fossemos durante a semana para confirmar (de novo) nossa presença na data agendada. Mas para a próxima semana já está tudo acertado. Faremos dois horários na escola e dividiremos as turmas. A tarde no horário da aula atenderemos os alunos do matutino do 4º ano e depois do horário da aula ficaremos com os alunos do vespertino do 5º ao 9º ano. 
Hoje a Juliana veio fazer aula e fizemos um monte de jogo de expressão facial com ela e depois fizemos contação de história. Ela estava muito tímida, então o Lázaro sugeriu que todos usassem os óculos da invisibilidade, assim ela também entrou no jogo.
ABRAÇOS GRÁTIS
no dia 22 de Maio se comemora o Dia Internacional do Abraço e Todos os anos o GETA distribui pelo centro de Vila Velha e regiões adjacentes abraços para todos aqueles que passam.
Free Hugs Campaign (Campanha dos Abraços Grátis) é um movimento social que envolve pessoas oferecendo abraços para estranhos em locais públicos. A campanha começou em 2004 por um homem australiano conhecido pelo pseudônimo "Juan Mann" em Austrália. O movimento se tornou internacionalmente famoso em 2006 por causa do videoclip no YouTube da banda australiana Sick Puppies. O vídeo atualmente é um dos mais vistos no site, tendo sido assisistido mais de 72 milhões de vezes (março de 2012). Os abraços são um exemplo de um ato de bondade e humanitário executado por alguém cujo objetivo é apenas fazer as pessoas se sentirem melhores.
Juan Mann criou a campanha cujo objetivo era abraçar pessoas em Pitt Street Mall, uma rua de Sydney, apenas para alegrá-las e incentivá-las a fazer o mesmo com outros. Depois de um tempo, guardas, a polícia e o conselho da cidade o disseram para parar, pois caso alguém se machucasse enquanto o abraçava, a prefeitura poderia ser processada. Mann e seus amigos conseguiram uma petição que juntou 10 000 assinaturas e recebeu permissão para continuar distribuindo abraços de graça.
Em 2006, eu, juntamente com o GETA decidimos “abraçar” a causa e fizemos uma edição do evento em Vila Velha. O grupo de alunos de teatro do projeto de oficinas gratuitas para a comunidade – GETA – saiu pelas ruas do centro da Cidade abraçando a todos que passavam. Entramos em ônibus, paramos taxis e fomos bem aceitos por todos que ganharam o presente gratuito.
Desde então, todos os anos juntamos alunos, ex-alunos e amantes da causa para levar um pouco de carinho as pessoas. Este ano teremos a parceria dos alunos do Curso de Artes Cênicas da UVV, do Centro Acadêmico de Artes Cênicas e do Diretório Geral dos Estudantes, bem como do setor de Projetos Especiais e Eventos da Secretaria de Educação de Vila Velha e dos alunos da Escola Municipal Vila Olímpica.
A ação vai acontecer durante o dia inteiro no campus acadêmico da UVV, no Shopping Vila Velha, na Sede da Prefeitura Municipal e nas ruas de Coqueiral de Itaparica. Queríamos poder abraçar o mundo, mas precisamos começar por algum lugar. E o abraço vai ser grátis, ou quase, porque a cada abraço que dermos pediremos um abraço em troca.
GETA – Grupo Experimental de Teatro Amador – foi um projeto de iniciativa do professor de arte Anderson Lima juntamente com o então secretário de Educação e Cultura de Vila Velha, onde oficinas de teatro são oferecidas gratuitamente a adolescentes, jovens e adultos de toda as idades. O Projeto este ano vem cheio de novidades, uma delas é que faz parte das ações em prol da cultura que serão realizadas na Administração municipal de Vila Velha, pela Secretaria de Educação. O GETA terá sua sede no Galpão do Lions Club, no bairro Divino Espírito Santo, onde acontecerão oficinas e apresentações de espetáculos e cenas curtas. O espaço fica na rua Luis Gabeira, em cima do abrigo municipal João Calvino. O GETA – Grupo Experimental de Teatro Amador foi concebido em 2004 pelo professor/ator Anderson Lima. Desde então a comunidade de Vila Velha conta com oficinas gratuitas aberta a todos que tenham interesse de saber um pouco mais de teatro, com a oportunidade de ampliar seus conhecimentos artísticos. São oficinas de interpretação, maquiagem artística, clowns e teatro de rua.
Em 2015, todos os participantes das oficinas contarão com um aprendizado extra no currículo do GETA. Os alunos de Artes Cênicas da UVV aplicarão oficinas variadas na sede do grupo que fica na Rua Luis Gabeira no Divino Espírito Santo como parte de seus estudos na disciplina de Estágio Supervisionado sob orientação da Professora Doutora Rejane Arruda e acompanhados pelo professor de Teatro da Rede Municipal Anderson Lima. O Registro das aulas e a presença dos graduandos serão efetuados através do Projeto Teatro GETA e serão assinados pelo professor/ator Anderson Lima registrado na DRT sob número 1178/ES.
Anderson Lima, professor, ator, produtor e diretor teatral é formado em Educação Artística pela UFES e leciona na rede pública desde 1997. Com pós graduação em Arte Terapia agora está completando sua segunda graduação acadêmica, cursando Artes Cênicas na UVV.