quarta-feira, 11 de março de 2015

Libras - aulas até 11 de março

AULAS

09 de Março
A aula é deliciosa, a professora Simone é fantástica e uma gracinha... Mas realmente três tempos é muito cansativo. É praticamente um novo idioma... E por mais atenciosa que ela seja, a mente cansa...
Fomos um pouco prejudicados pelos feriados e greve de onibus. Mas mesmo assim estamos colocando as aulas em dia. Hoje aprendemos, meses, algumas expressões, frases curtas, sinal de animais, nomes...
Trabalhamos com exercícios individuais e em dupla...

Estágio Supervisionado II Encontros 2015 até 11 de março

ENCONTROS 2015 - Estágio Supervisionado II

04 DE FEVEREIRO
Hoje recebemos de nossa professora orientadora o novo regulamento dos estágios. Conversamos sobre os projetos de extensão, os grupos de teatro, e as escolas que possuem mais educação e mais cultura. Agendei com alguns alunos a visita as escolas municipais que já estão de acordo em realizar o projeto em teatro na instituição.
Dei um prazo até Terça feira para adequar UMEF's e UMEI's ao projeto e inserir pelo menos um estagiário com remuneração par cada uma delas.
11 DE FEVEREIRO
"Ser e Ter" (Être et avoir) de Nicolas Philibert
Hoje durante a aula assistimos um filme francês estilo documentário que mostra um professor com duas turmas. Uma de crianças com média de 5 anos, em fase de alfabetização e outra de pré adolescentes de mais ou menos 10 anos. O tratamento com os alunos e momentos de diversão, aprendizado e castigo.
11 de MARÇO
Assistimos ao filme "O Mínimo das Coisas" de Nicolas Philibert.
https://youtu.be/tuMRGH5YH64 (link de convite digital para a Mostra Nicolas Philibert 2015)
https://youtu.be/LDLvQyNjmyc Trailler de "Les Moindre des choses" - O mínimo das coisas. com legendas em inglês
https://youtu.be/CKJp9JLqTkY filme completo com legendas em inglês
O debate na sala vai além do filme, passado para que possamos perceber que qualquer pessoa pode e deve se apropriar do teatro e que devemos ter como objetivos apresentar para alguém. Defeitos físicos ou mentais não devem ser impecilhos para o trabalho, nem tampouco a idade, o gênero sexual ou orientação, e mesmo a orientação religiosa.
Percebo quando cito isso que o importante é se despir dos preconceitos. Se devemos nos limitar a algumas temáticas, devido a idades ou religiões, temos ao menos a liberdade de criar um trabalho que deve ser visto, deve ser apresentado.
O filme mostra um trabalho em teatro feito dentro de uma casa para deficientes mentais. No filme os orientadores usam o recurso da musicalização, que é um recurso muito útil para prender a atenção.
Bem lembrado pela Rejane, é que na oficina nós trabalhamos um grupo de teatro como um todo, e se nem todos quiserem fazer parte do elenco, ainda temos iluminação, figurino, contra-regra, divulgadores, etc... "O trabalho de teatro é um trabalho em equipe." (Eugenio Kusnet, 1898-1975).
Devemos nos apropriar dos jogos da Viola Spolin para nosso trabalho de estágio. e Para o próximo encontro devemos trazer um plano de curso, com nosso objetivo e estratégias que iremos usar para atingí-los.
Meu trabalho será fragmentado, e na primeira escola irei fazer um trabalho de intervenção para realização do espetáculo "A Paixão de Cristo" na UMEF Mikeil Chequer". Faremos um planejamento juntos eu, Iasmim e Lázaro. Em sequencia eu vou para a UMEF Vila Olímpica a pedido da área pedagógica da escola para trabalhar literatura. A diretora se dispor a montar um espetáculo com textos shakespareanos, pois ela tem acesso à material e figurinos. Em uma conversa informal listamos alguns textos que envolvem o romantismo de Shakespeare e alguns casais românticos de suas histórias. Nomeamos de "Os amores de Shakespeare" ainda em fase de esperimento. Outra sugestão da diretora foi montar um musical com a temática de CATS, pois ela tem acesso a material para montagem.
Na UMEF Ofélia Escobar, iremos retornar o trabalho eu e Ismael para a montagem do espetáculo "O Patinho Feio" incluindo o teatro no projeto de prevenção ao bullying desenvolvido pela escola.
Na UMEF Maria Eleonora iremos começar um trablaho para vídeo com temas jornalísticos. Não tenho muita experiência no assunto ainda, mas na escola tem uma oficina de jornal, onde os alunos com o oficineiro estão fazendo pesquisa sobre apresentadores de telejornais. Então será provável que em um primeiro momento façamos uma apropriação de alguns personagens jornalísticos marcantes.
Nas três escolas os trabalhos começarão em abril, junto com o projeto de atendimento à comunidade.

Preparação

20 de Fevereiro
Reunião com Cacilda da UMEF "Mikeil Chequer". Estabelecemos a sexta feira no horário vespertino para encontros com os alunos do 4º e 5º anos para montagem do espetáculo "A Paixão de Cristo" que será apresentado no dia 1º de Abril. Os ensaio acontecerão na sala de dança da escola. Após apresentação do espetáculo, os alunos poderão continuar os encontros com outros estagiários.
Reunião com a coordenação do mais educação da UMEF "Vila Olímpica". Decidimos incluir dois estagiários no projeto, para acompanhamento pedagógico e encontros de teatro que deverão acontecer de segunda a quinta feira matutino e vespertino. Agendamos Reunião com Marcela e Lika para terça feira dia 24 de Fevereiro as 9:00h para acertarmos conteúdo dos projetos. A sugestão de trabalho foi que se montasse uma turma de contação de histórias com os alunos para representar a escola em atividades da rede e um grupo de teatro que estará preparado para leituras e pequenos eventos da rede. Além dos trabalhos de leitura e construção de textos. Eu ficarei encarregado de montar o espetáculo "Os Amores De Shakespeare" e iniciaremos os ensaios no mês de Abril após apresentação da "Paixão de Cristo" da UMEF "Mikeil Chequer".

Tópicos I aulas de fevereiro até 11 de março

TÓPICOS I


registro das aulas de fevereiro até 11 de março

Registro das Aulas

10 de Fevereiro de 2015
Blade Runner (no Brasil, Blade Runner, o Caçador de Andróide)
Ano: 1982 dirigido por Ridley Scott
ATIVIDADE: Descrição do Corpo
O Homem sendo interrogado: corpo tensionado, demonstrando apreensão. Mostra no olhar a tensão imposta na cena. O movimento do tiro é cortado e mostra já o homem na posição do disparo... As suas dúvidas, enquanto personagem, aparecem na intensidade da fala e na rápidez das resportar. Durante o filme seus olhos permanecem muito arregalados, mostrando sempre apreensão, os músculos da face quase não se movem... o desvio do olhar é rápido... está sempre vigiando para saber se não está sendo vigiado, olhando de um lado para o outro.
Os olhares nos personagem representam uma interpretação exagerada da fala interna que fica quase audível (estou dirigindo uma nave espacial, quero te matar, eu sei quem você é, etc...). Poucos movimentos corporais, muita rigidez... Diferenciação dos andróides que conforme vão adquirindo sentimentos ao longo do filme, os representa pela movimentação do corpo, mais rígido ou mais relaxado.
O desvio rápido do olhar é muito usado para criar a sensação de interpretaçao das mudanças de sentimento... a postura mais ereta do corpo também (tristeza ou frieza imóvel)
O corpo não reage coerentemente à cena. Só se percebe pelo olhar.
 Aula de 03 de Março
O Garoto da Bicicleta
Vimos o filme "O Garoto da Bicicleta" dos irmãos Dardenne.  Uma grande parte dos sentimentos do filme é mostrada no trablaho de Thomas Doret, que interpreta Cyril, que somente com o olhar é capaz de transmitir boa parte do tormento interior de seu personagem,  num momento crucial de contato com a sua fragilidade no mundo. 
Utilizando técnicas  para cinema de contenção  (limpo), neutralidade  (sem expressar o que está pensanso) e intensidade  (super objetivo) o filme nos leva a refletir sobre a condição humana.  
Nas cenas em que o personagem recebe as notícias que podem abalar toda sua estrutura, o ator mantém a neutralidade e apenas com a intensidade do olhar nos faz entender suas intenções. 
Quando Cyril agarra-se a Samantha dentro do hospital e a mesma cai no chão sendo apertada por ele, suas expressões continuam neutras,acompanhando suas falas, mas contrapondo com a intensidade da cena.
http://youtu.be/TbSKYcXUMhQ - trailler do filme "O Garoto da Bicicleta"
http://youtu.be/ED1fpkEzPq8 - crítica da "Veja"... Ela até que fala bonitinho, mas tá mais para um release da história do filme com alguns comentários.

10 de Março de 2015

Entre os Muros da Escola / Entre les Murs

De Laurent Cantet, França, 2008
Com François Bégaudeau, Agame Malembro-Emene, Angélica Sancio, Arthur Fogel, Boubacar Tore, Burak Özyilmaz, Cherif Bounaïdja Rachedi, Esmeralda Ouertani
Roteiro François Bégaudeau, Laurent Cantet, Robin Campillo
Baseado no livro de François Bégaudeau
Produção Haut et Court, Canal +, Centre National de la Cinématographie, France 2 Cinéma. Estreou em SP 13/3/2009.
Cor, 128 min
Filmado com três câmeras.
Um filme que deveria ser visto por todos aqueles que querem seguir a carreira de professor. De estilo altamente naturalista, o roteiro de ficção quase se confunde com um documentário. Entre os Muros da Escola ganhou a Palma de Ouro em Cannes (foi o primeiro filme francês a levar o prêmio máximo do festival em mais de 20 anos), teve indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro; colecionou no total sete prêmios e sete indicações. Os segundos cadernos dos grandes jornais brasileiros dedicaram páginas e páginas a ele.
Com tons de documentário utilizando os efeitos de real, de bastidores, com naturalidade extrema, usando câmera na mão, recurso que dá mais naturalidade as filmagens. Acontecem movimentos que parecem involuntários na imagem com o "balançar da câmera". Os atores, tanto o professor quanto os adolescente usam divisão de foco com objetos e "sombras" do personagem, mexendo nos cabelos, coçando o nariz, comendo a tampa da caneta, entre outros.
utiliza muito detalhes dos outros atores passando em frente a câmera, dando um pequeno ar de sujeira o que torna o filme mais natural e realista. Um "quê" de exagero nos movimentos de mãos e expressões nos rostos dos alunos também completam o ar de realismo da obra, que tem um roteiro construído a partir das situações que muitas vezes percebemos em sala de aula real. Usa o efeito de texto vivo, com sobreposição de falas, os atores falam juntos, numa sequência que não atrapalha a continuação e o entendimento do roteiro.
Muitas vezes percebemos um flash de indicação da cena seguinte como no momento em que dois meninos estão conversando, mesmo sendo o professor insistente em ser o centro das atenções na aula, e logo na sequência o assunto da conversa entra no roteiro. A câmera parece por muitas vezes estar acompanhando o movimento do ator com pequenos balanços ou do objeto que está em foco, acompanhando o seu percurso (como quando o professor chuta a cadeira e ela cai no chão), como já citado.
O texto no total parece ter sido escrito em "escaleta", ou esqueleto da cena, onde o roteirista coloca a sua idéia, o que ele quer que o público sinta ou entenda da obra e daí pode-se criar quantos capítulos se interessar de acordo com o desenvolvimento do trabalho ou o desenrolar das ações. Se dá com o uso de falas improvisadas referentes à ação, no contexto da cena. É um trabalho estrutural que deve ser feito de forma muito criteriosa onde se coloca todos os fragmentos e possibilidades dramáticas que devem fazer parte da ação, mas deixando os complementos da cena a cargo dos atores.
O filme traz a tona diversas questões sociais, de etnia, classe social e de autoridade. O filme foca uma classe do oitavo ano de uma escola pública da periferia de Paris, nos dias de hoje, e portanto com uma forte presença de imigrantes e/ou filhos de imigrantes africanos, muçulmanos, orientais, antilhanos. Acompanhamos o trabalho do professor de Francês, François Marin (François Bégaudeau), também supervisor dessa turma de alunos; vemos as relações entre os diversos professores, vemos as relações entre os alunos. Cerca de 80% das seqüências são dentro da sala de aula; toda a ação se passa dentro da escola.
A presença dos preconceitos aparentes nos próprios alunos e a pertinência no assunto mostra o lado esquerdista do filme, que tenta mostrar que por mais evoluído que seja o Pais (pois a França é um país de primeiro mundo), possue questões de aceitação social como qualquer outro país, desde os menos desenvolvidos, aos mais desenvolvidos.
Um dos fatores que facilitou a sensação de realismo, de filme-verdade, é que o Ator François Bégaudeau, que interpreta o professor, foi o roteirista do filme baseado em um livro de sua autoria. E para completar, ele também foi professor, ou seja, conhecedor profundo da realidade retratada no filme. Teve um laboratório real.
"Se o que vai dizer não é mais importante que o silêncio, cale-se" (tradução da tatuagem do personagem "Souleymane", interpretado pelo ator Franck Kelta)
Filme completo - Legendado
Uma crítica aos fatores políticos tratados no filme, de menor importância para as questões de interpretação mas como base referencial para as intenções de algumas cenas:

Interpretação II aulas até 11 de março

INTERPRETAÇÃO II


REGISTRO DAS AULAS DE FEVEREIRO ATÉ 11 DE MARÇO
05 DE FEVEREIRO DE 2015
Construção de cena a partir do Jogo Teatral - hoje tive uma experiência exemplar... Nossa professora - Lara Couto - me surpreendeu ao aplicar exercícios que eu já conhecia, mas fez com tanta garra que me empolguei para fazer. Começamos com aquecimento e alongamento... Preparamos o corpo e a voz para reconhecermos nosso espaço cênico caminhando pelo palco. Marcamos 4 pontos aleatórios e os usamos como marcos de cena. Num jogo que parecia simples no começo, mas que no final se mostrou de suma importância para construção da ação cênica.
A partir de uma partitura simples, andamos no palco e atuamos conosco e com os outros atores de cena durante a caminhada e depois em nossos pontos de "marco". Em seguida recebemos um tema para a cena - PROFECIA. Tratamos logo de usar o apocalipse que é uma prefecia que todos reconhecemos. Criamos a confusão, a chegada de Cristo e a salvação de alguns em detrimento de seu arrebatamento enquanto outros ficaram na danação. Após apresentação recebemos uma direção e descobrimos que nossa profecia se referia à história Grega "Édipo, Rei". A partir de nossas ações (que criamos pensando em uma profecia) a professora incluiu o texto e o resultao ficou bem mais agradável e natural.
Conclusão: a construção da ação a partir do jogo fica mais emocionante e a criação da cena a partir da ação de torna mais natural e bonita.

Aula de 05 de Março de 2015
Leitura do texto "Édipo, Rei" de Sófocles
Uma primeira leitura tende a não necessitar comentários, mas a aula junto com Lara torna a leitura bem mais dinâmica... Revisamos em certos pontos os fatos lidos e nos pronunciamos dando interpretação ao texto lido, o que foi entendido da história contada e marcando qual ponto se torna marcante no texto. Crianmos uma 'storyline' do texto. De fato percebo que é difícil fazer uma leitura de texto com palavras e termos deconhecidos, falando de deuses que tem significado para os gregos da época. Mas conseguimos interpretar as intenções do roteiro. Algumas vezes demos dois sentidos, coerentes, mas percebo que há muito mais...
RELEASE: Edipo, rei de Tebas recebe os sacerdótes e os decanos do povo que voltam das oferendas do templo de PalasAtena, onde foram pedir misericóridas pelas pragas e maselas que estão sofrendo e esperam que o seu Rei os dê uma solução. O mesmo pede a seu cunhado Creonte (que aparece como rei de Tebas em "Medéia") que vá ao Oráculo de Delfos consultar Tirésias sobre uma profecia que sane os problemas. Em seu retorno, Creonte diz que apenas vingando a morte do Rei Lion, antecessor de Édipo, os problemas serão sanados.
Édipo então se coloca como um Rei justo que dará exílio ao assassino de Lion, se este se proclamar e louros àquele que porventura entregue ao julgamento o culpado, mas Tirésias fala por meio de enigma quem é o culpado pelo crime, então o povo pede a Édipo que traga-o ao reino para elucidar o caso. Várias situações são reveladas e diversos conflitos acontecem... Acusações de traição e descobertas fabulosas que se tornaram fundamentos de estudos da psicologia e psicanálise, criando os tão famosos complexos de Édipo e de Jocasta, onde crianças criam um laço afetivo intenso com suas mães e vice versa.
CÁDMO: Fundador da Cidade de Tebas
TEBAS: Cidade-estado da Antiga Grécia
RAMOS SÚPLICES: Ramos enfeitados de lã usados para pedir súplica por algum fato ou praga no período dos antigos deuses gregos
DECANOS: os mais antigos membros de um corpo diplomático
ZEUS: deus grego filho de Cronos e Reia, regente supremo do Olimpo - morada dos deuses
PALAS: ou Palas-Atena, foi a deusa grega mais representada nas artes antigas. Representava a sabedoria e a estratégia de guerra. Era padroeira de várias regiões da Grécia antiga citada em diversas obras como Iliada e Os Luziadas
AUGÚRIO: adivinhação
HADES: irmão de Zeus, regente do mundo dos mortos que levva o seu nome.
SÓTER: General macedônico de Alexandre, fundou a dinastia ptolomaica no egito. Conhecido como o Rei-Salvador
HIPNOS: deus grego filho de Nix (noite) responsável pelo sono, como reposição do dia de trabalho e não da fadiga. É um daemon grego (interfere diretamente no espírito dos mortais.
TÂNATOS: irmão gêmeo de Hipnos que personifica a morte, ou responsável pelos mortos.
DELFOS: Cidade grega que era considerada o centro do universo (omphalos) onde se situava o Oráculo de Apolo
APOLO: deus grego da juventude e da luz (as vezes chamado de Febos - brilhante) Era símbolo de beleza grega, representava a purificação dos mortais e inspirava as profecias.
VATICÍNIO: previsão
TYKHE - acaso
...CONTINUA...
 Aula dia 06 de Março - reposição
concluímos a leitura do texto de "Édipo, Rei". Lara, a professora, pediu que nos uníssimos para montar a primeira cena em "Story'nPictures".
O drama de "ÉDIPO" circula a razão humana, o acaso do destino e o Oráculo. Édipo, prepotente se torna frágil enquanto o destino faz cumprir as profecias do oráculo. Dois são os principais argumentos - a família e o destino predito. Édipo se sente superior à desisão dos deuses, mentiras contadas são reveladas para dar cabo à trama. Jocasta, mãe-esposa, se auto condena após julgamento próprio, talvez por remorso de ter entregue o próprio filho à morte, ou por descobrir que um estranho foi mais piedoso deixando-lhe vivo, talvez por descobrir que foi progenitora de crias de sua própria criação, ou ainda por ter desacreditado das profecias e então ter percebido que a razão é dos deuses. Édipo faz seu julgamento valer antes da decisão dos deuses e se automutila como punição maior, Mesmo não esperando a decisão do oráculo, faz valer sua palavra de exílio ao culpado, sendo agora cego e equivalente a Tirésias que antes já o havia criticado por não querer ver. Como o verdadeiro pai, Édipo tenta burlar o destino previsto pelo oráculo, fugindo de tudo que o provocaria a agir conforme predito, foge de perto dos pais que ele achava que eram verdadeiros. Por fim Jocasta se enforca no leito nupcial e Édipo fura os olhos e se condena ao exílio, deixando seu reino e sua prole como herança ao cunhado Creonte.
A cena vai ate a chegada de Creonte.
Em sala começamos pensando em iniciar a cena com o Sacerdote fazendo a leitura dos augúrios, jogando na pira as entrenhas de sacrifícios, na boca de cena.
Sai o sacerdote e entra Édipo, do centro da alta do palco: "Descedentes de Cadmo! Por que trazeis ramos súplices? Tens a primazia da palavra. O meu intuito é dar total auxílio".
O povo que entrou pela plateia se junta ao sacerdote que desceu do palco e ficou no meio da platéia.
SACERDOTE: "Naufraga a Pólis. Morre no solo - calices de frutas; morre no gado, morre na agonia do aborto. Recém chegado a Tebas nos poupaste do ônus que impôs a Esfinge, ajuda agora Édipo, pois todos clamam, todos te suplicam uma saída. Melhor entre os melhores, reergue a pólis.

Atuação para Cinema - aulas até 11 de março

ATUAÇÃO PARA CINEMA

REGISTROS DE 11 DE FEVEREIRO A 11 DE MARÇO DE 2015

11 de Fevereiro
Fala interna e fala externa
Fizemos um pequeno vídeo para treino da fala interna em locação externa nas áreas da UVV. Meu vídeo foi feito na vidraça da biblioteca.
Fala interna: "a lua cheia nos torna insanos"
Fala externa: em 2007 fizemos um desfile no Centro de Vitória em homenagem aos antigos carnavais. Eu fui vestido de Pierrot e desde então sempre me vesti de pierrot. Mas em 2010, não sei porque, acho que tinha verba prá cachê, contrataram um outro artista prá ser o pierrot... Fui de Mezentino... Eu mesmo fiz a roupa... Com cola quente! Fiz mais sucesso que o Pierrot!"

24 de Fevereiro
Assistimos aos vídeos da aula anterior... Muito bom!!! Depois fizemos um jogo com a câmera. Alguém fazia uma pergunta que te remetia a pensar na resposta, enquanto a professora (linda, maravilhosa, fantástica e hiper profissional) capturava as reações e emoções expressadas. as perguntas foram as mais variadas. A melhor parte do exercício foi o depoimento do Lázaro que emocionou a todos em sala.

04 de Março
Assistimos ao vídeo da aula anterior... Reflexão para falar... fala interior! refletimos sobre as reações naturais do ator quando questionado sobre um fato real de sua vivência... o tempo que leva para recordar, criar a imagem e transformar em texto... Os olhares, movimentos macros e micros, relação com objeto externo. Sorteamos textos entre os alunos que criaram situações para que o colega ator represente, tentando colocar as mesmas reações naturais de sua vivência. Dica da Rejane: Pesquisar e "roubar" ações dos colegas para criar seu personagem.
Meu texto foi escrito pensando em Julia, mas foi para Lazaro:
"Eu me lembro como se fosse ontem, minha mãe chegou em casa com aquele embrulho enorme. Eu tinha 5 anos, eu acho, e fiquei olhando para aquele pacote do lado do sofá. Era um dia comum, nem natal, nem meu aniversário... Então fiquei sem saber o que era aquele pacote com papel de presente, e do meu tamanho.
Quando minha mãe disse que era prá mim eu fiquei sem saber o que fazer... não sabia se ria ou chorava e quando abri era a mesma boneca que eu tinha visto na televisão. Foi o melhor presente que eu já tinha ganhado. Fiquei sem ação, eu nem sabia como brincar com ela. Lembrei dela hoje e fico curiosa em saber onde ela está! Nem sei quando eu parei de brincar com ela, acho que foi quando eu ganhei minha primeira bicicleta..."
 E a Naiara escreveu para mim:
Eu comecei a beber quando eu larguei minha mulher. Ela já tinha me traído uma vez, mas depois ela engravidou de um traficante, isso me matou por dentro. Depois disso eu sai de casa, deixei lá meus seis filhos e o filho dela. Vagabunda! Foi ai que eu perdi tudo, perdi minha casa, minha mãe, minha família. Eu não tinha essa vida de rua não, eu trabalhava de garçom há dezoito anos, mas laguei tudo, ai eu vim prá rua e encontrei companhia da minha cachacinha. A cachaça me faz bem, se eu fico um dia sem ela, eu fico doido. Eu fico feliz em pensar que quando eu acordar vou ter minha cachacinha do meu lado. Se alguém tirar ela de mim eu mato, é pau no gato sem massagem. Não, não... não vou largar ela por nada, ela me traz alegria, eu tô fudido mesmo, muito, mas to feliz assim, e é assim que eu quero ficar. Eu sei que eu to morrendo por dentro, mas eu prefiro morrer devagarzinho. Voltar prá casa, não mesmo, senão eu vou ter um problema com a vagabunda, problema com o traficante, problema com minha mãe... Tá bom assim mesmo, eu e minha cachacinha, de problema já basta a vida!
Decidimos dar sugestões de filmes para assistirmos. Preparar o texto para a próxima aula. Sugestão de Rejane: "trabalho pela escrita" e "criação de subtexto"

Aula 11 de março 
fizemos filmagens na casa da Iasmin. .. minha cena foi com a Julia.
Relações Rompidas 
O homem está desgastado da relação. .. Eles namoram desde criança. .. ela foi a primeira namorada dele. Ele é egoísta e egocêntrico.  Quer terminar o relacionamento por que ela resolveu fazer faculdade. A possessão sobre a vida dela o impõe a determinar que ela escolha entre ele e a faculdade.
Rejane pediu para que registrassemos  as ideias de lembranças que o personagem poderia ter."Para o cinema tudo se torna uma imensa natureza-morta, até os sentimentos dos outros são qualquer coisa de que se pode dispor." (Federico Fellini - cineasta - 1920-1993). Pensei então na Júlia, tímida e temerosa da cena, mas com um grande potencial para interpretação. Nos conhecemos um pouco e sabemos que temos bases bem fortalecidas em teatro então conversamos um pouco sobre como não interpretar tanto (como se fosse teatro). Escrevi então coisas que um marido diria para a esposa, se ele fosse totalmente machista e possessivo. Aproveitei a situação do curso superior. Usei como pensamento do "marido" que a vida dos dois deveria ser um mundo próprio e particular, sem intromissões. Então a faculdade seria um impecílho para a vida conjugal. Ele ama a esposa, mas mais que amar ele a quer como objeto. Em um certo momento, como ela insistiu em querer saber quando o relacionamento deles havia começado a se desgastar, ele liberou um pouco da prepotencia, alterando a voz e a chamando de louca, por ficar feliz qundo vai prá faculdade e com poucas reações positivas quando está em casa. A conversa começa com ela relembrando a ele da lua de mel, até um pouco sentimental, e ele sentado, sem lhar para ela, distraído em limpar os óculos e assistindo a um programa de tv. Tentei passa a ideia de que não há mais diálogo entre eles.
No momento em que ele relembrou de quando a conheceu e se apaixonou por ela, os olhos lacrimejaram... Não tenho lembrança da memória do momento. Foi uma reação muito espontÂnea e natural. Sei ue na hora tudo se apagou das minhas lembranças. Antes da cena fiz um exercício sensorial ou de memória emotiva, recordando de quando descobri que a mãe de meu filho estava grávida e que conversamos sobre não termos muito haver um com o outro. Fiquei imaginando se tivéssemos tido uma vida juntos, de como teria sido, se realmente a gente se adequaria a vida a dois e se continuaríamos por muito tempo. Depois imaginei que a Júlia que terminaria a relação, ela que pediria tempo, ou pediria para separar, então pensei em todas as justificativas para que continuássemos, como que sou apaixonado, que desisti de tudo na vida por ela, mas já no início da conversa ela começou como que tentando resgatar o relacionamento, então pus em ação o machismo extremo do Esposo.