quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O Pesadelo do Terceiro Milênio, como tudo começou

Em 2004 fui lecionar artes na UMEF "Vila Olímpica", em Soteco, Vila Velha. Passei no concurso da Prefeitura e me tornava professor efetivo, após tanto tempo como "DT". Iniciando meu processo de loucura contínuo-provisória, fui morar no bairro, bem ao lado da escola. Certo dia, assistindo a um filme ("Um Crime de Paixão" - Um ex-padre foragido e uma trupe de atores itinerantes se unem para desvendar um sinistro crime na Inglaterra da Idade Média, onde um garoto foi brutalmente assassinado. Ao ajudar a solucionar o mistério, o religioso encontrará a redenção e o perdão que tanto procura. - de 2002) e lendo Drácula de Bram Storker... porque naquela época não existia o facebook para perverter minha mente, na verdade em minha casa eu não tinha nem computador e internet só na casa dos meus pais... resolvi começar minha primeira dramaturgia. Queria escrever o espetáculo "Drácula". Comecei então a pesquisar sobre o tema. Li livros sobre vampiros, conheci um vampirólogo, aprendi a jogar RPG. Estudei os clãs cainitas, conheci a literatura de Anne Rice, Edgar Allan Poe, Alexandre Dumas, John Polidori, Lord Byron, Quiller-Couch, Alexei Tolstoi e alguns outros que descreviam contos e histórias fabulosas sobre vampiros. O filme em si não era sobre vampiro, nem sobre Drácula, mas a mistura da leitura me fez querer escrever algo que saísse da ficção e tivesse uma trama justificável no mundo natural. Escreveria um espetáculo sobre um ser mitológico sem mitologia. O roteiro seria sobre um clérigo esquizofrênico psicopata que mataria e culparia um monstro pelos crimes. Mas o lúdico e a literatura me corromperam. Resolvi dar uma justificativa para Drácula. Um ser humano normal que viveu e morreu, mas que magicamente ressuscita após conhecer descendentes dos clãs cainitas (em outro momento conto essa parte da história... que também daria um excelente espetáculo se eu concluísse essa linha... na verdade já tenho escrito [Lydia ou Elisabeta, grande amor do Conde Vlad Dracul era na verdade uma feiticeira milenar iniciada  no clã tremere, que resolve tomar o poder e dominar o mundo, mas se entrega ao amor], mas precisa de um grupo grande de atores e eu não estou preparado para esse tipo de montagem).


Então escrevi o primeiro manuscrito do projeto. Fiz uma oficina de carpintaria dramática, outra de direção cênica e outra de dramaturgia. Comecei minha busca por um bom roteiro... Pesquisei roteiros e escaletas para entender como funcionava o ápice e a conclusão de um texto. Distribui personagens, criei falas e características para cada um deles... Mas não saía da primeira página da peça. Resolvi então montar o espetáculo, mesmo sem tê-lo escrito. Fiz teste de elenco, esperando que a pressão me estimulasse a escrever. Já havia pensado em toda a história e já sabia a frase final... Então, em uma noite (de 2005 já) com papel e caneta na mão eu simplesmente me contei o que seria o primeiro rascunho do texto. Registrei tudo enquanto tomava uma garrafa de "MARTINI"... Aqui eu tenho Drácula, Lydia, As três esposas de Drácula, Um padre, Louis (namorado de Lydia), 3 homens lagartos, ou seja... 10 personagens... E ainda escrevi cenas que precisavam da magia do vídeo para serem realizadas... Doce tentativa.


Reduzi, não lembro bem porque, a peça para uma esquete de quatro atores (2006) e aglutinei as falas, mexi um pouco na história... Ensaiei, mas nunca apresentei, porque os efeitos especiais ainda estavam me fazendo acreditar que eu faria cinema no teatro. Voltei então para o modelo original e tentei outro teste de elenco (2008). Foi perfeito. Tinha a quantidade de elenco que eu precisava. Todos apaixonados pelo lúdico e pelo tema. mas mesmo depois de muitas leituras eu não conseguia ver meus personagens aparecendo... Acredito que o defeito estava mais em mim do que nos atores... Acho que as loucuras dos personagens que me inspiraram ainda estavam nas minhas memórias. Então desisti... em 2011 o espetáculo foi contemplado com Lei de incentivo cultural... e finalmente eu poderia fazer o que queria, o que havia sonhado... construir os palcos elevados, com roldanas e camas elásticas, cabos de aço... figurinos estilo Broadway. Mas dos 90 mil orçados, tive apenas 25 mil... valor que pagaria apenas o palco... Mesmo assim, fiz teste de elenco, comecei os ensaios, reformulei o texto... Mas, os atores, apesar de todo empenho que tinham, não mostravam a loucura que eu queria. Tentei, troquei o elenco, reduzi os personagens... Não adiantava...
Então chegou 2015... o dinheiro do financiamento já havia acabado e eu acumulado tecidos, figurinos e recibos... Então Drácula surgiu dentro de mim... Um insano, maníaco depressivo que conta sobre crimes que não sabemos ao certo se foram cometidos ou se são apenas desejos ocultos... o texto é o mesmo, apenas adaptado... e parece que sempre havia sido escrito para um ator. As falas se encaixavam, a história possuía uma sequencia lógica... Dizer que é um texto claro seria mentira, pois é sobre um esquizofrênico, que muda de ideia, mas sempre volta ao seu roteiro principal... Os traumas e os motivos pelos quais comete os assassinatos, a briga com a igreja, a ideia do anticristo... A determinação de ser um novo deus.


Assim surgiu O Pesadelo, uma ideia vampiresca sobre um louco que referencia a Drácula pelo seu sanguinarismo, mas semelhante ao lunático Renfield que sonha em servir ao mestre. No caso ele quer ser superior ao próprio mestre (Deus). Com um texto de mais de 10 laudas, OPTM, é uma narrativa solitária, onde o personagem conta para si mesmo fatos de sua infância, adolescência e juventude que ele justifica ter influenciado suas atitudes assassinas, que são santificadas, segundo ele, pois foram feitas para libertação de almas pecadoras, a ponto de ele acreditar que salvou tantas almas que é possível ele se tornar o próprio Deus. Ele se justifica baseado em partes da Bíblia e até cria a ideia de que Cristo foi santificado por misticismo e que pelo mesmo misticismo ele também pode ser.
O cenário engloba a mente do personagem em um ambiente todo branco, com objetos cobertos por tecidos finos que os deixam parcialmente aparentes, com pouca iluminação, muita sombra e uma cortina de organza que fica entre a plateia e o palco, deixando  público virtualmente de fora da mente do personagem. Durante o espetáculo ele escreve seus testamentos em um novo livro, construindo o que ele diz ser uma nova Lei mística para a redenção das almas. Ele provoca autoflagelação, cortando os pulsos referenciando a crucificação, comparando-se a Cristo enquanto se confirma como filho de Deus e usa seu sangue para um novo ritual de comunhão. O texto não encontra seu fim, pois se torna cíclico quando ele termina com a previsão de seu apocalipse e loucamente o reinicia, como se, para ele, aquela história fosse recontada todos os dias...


"O Pesadelo do Terceiro Milênio". O texto de Anderson Lima é um ensaio sobre a esquizofrenia com nuances de um terror vampiresco. Um ser "no sense" que em suas alucinações acredita que Deus o escolheu para ficar em seu lugar... Psicopata assassino e paranóico passeia por seus delírios regados de sangue e morte enquanto narra sua infância problemática e escreve um novo livro de Leis espirituais que ele chama de nova Bíblia baseada em suas teorias de certo e errado. As sombras que o perseguem e as vozes que ecoam em sua mente o direcionam em sua jornada de sublimação divina. O autor se apropria de trechos Santos e profanos em alguns momentos o que tornam a experiência da atuação mais tensa e marcante. A crença do personagem de que tudo que ele faz está autorizado por um Deus que ele "ilusiona" como material em feitiços e orações lunáticas criadas para a invocação de um "big bang" em seu interior, o faz aterrorizar enquanto clama pela atenção do público.
Serviço:
texto, atuação e direção de Anderson Lima
data: 23 e 24 de Janeiro de 2016
horário: 20 horas
Local: Rua Sete de Setembro, 529 - Centro de Artes Ulysses Cavaliéri
Produção: "JC Produções"
contato: José Celso Cavaliéri - 999 087 044

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O Pesadelo do Terceiro Milênio

O Pesadelo do Terceiro Milênio.


O texto de Anderson Lima é um ensaio sobre a esquizofrenia com nuances de um terror vampiresco. Um ser "nonsense" que em suas alucinações acredita que Deus o escolheu para ficar em seu lugar... Psicopata assassino e paranoico passeia por seus delírios regados de sangue e morte enquanto narra sua infância problemática e escreve um novo livro de Leis espirituais que ele chama de nova Bíblia baseada em suas teorias de certo e errado. As sombras que o perseguem e as vozes que ecoam em sua mente o direcionam em sua jornada de sublimação divina. O autor se apropria de trechos Santos e profanos em alguns momentos o que tornam a experiência da atuação mais tensa e marcante. A crença do personagem de que tudo que ele faz está autorizado por um Deus que ele "ilusiona" como material em feitiços e orações lunáticas criadas para a invocação de um "big bang" em seu interior, o faz aterrorizar enquanto clama pela atenção do público.
Serviço:
texto, atuação e direção de Anderson Lima
data: 23 e 24 de Janeiro de 2016
horário: 20 horas
Local: Rua Sete de Setembro, 529 - Centro de Artes Ulysses Cavaliéri
Produção: "JC Produções"
contato: José Celso Cavaliéri - 999 087


domingo, 17 de janeiro de 2016

CIA TEATRAL JC




APRESENTAÇÃO

A “Cia Teatral JC” teve início do grande desejo de fomentar as artes cênicas na Região Metropolitana da Grande Vitória. Tem uma sede fixa situada na Rua 7 de Setembro em um espaço alternativo para apresentações de teatro e música, onde grupos teatrais se encontram para realizar seus ensaios e debates sobre cultura e arte. No local também acontecem algumas oficinas de teatro e workshops para iniciantes e profissionais que tem interesse de aprimorar seu conhecimento artístico.
FUNDADORES:

José Celso Cavaliéri

Formado em Educação Artística pela UFES, ator, diretor e produtor teatral. Começou a carreira desde a adolescência quando percebeu que o teatro já estava em suas veias nos trabalhos realizados nas escolas. Atuou como professor de artes por um tempo considerável nas redes públicas e particulares, sempre levando seus alunos a construção do conhecimento artístico com muita criatividade. No início dos anos 2000 conheceu o teatro profissional e desde então assumiu uma vida voltada exclusivamente ao teatro, com produções, direções, dramaturgia. Responsável por incluir no mercado cênico capixaba e de outros estados diversos agentes artísticos e novos atores.

Anderson Lima

Formado em Educação Artística pela UFES e estudante de Artes Cênicas pela UVV, ator, diretor e produtor teatral. Durante a adolescência conheceu o meio artístico participando de movimentos culturais em prol do fomento artístico na Capital no final dos anos 1980. Participou dos primeiros movimentos de tomada cultural na FAFI. Começou a lecionar como professor substituto e desde o início dos anos 2000 divide seu tempo entre a carreira de professor e agente cultural. Atuou, dirigiu e escreveu diversos espetáculos e em 2005 começou um projeto de formação artística no Município de Vila Velha. Hoje é responsável pela coordenação de eventos no Teatro Municipal e realiza uma oficina de iniciação em Teatro de Rua, sendo funcionário do quadro efetivo do Município.



ESPETÁCULOS EM CARTAZ



ALADDIN
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri

Um menino de rua, órfão, se apaixona pela princesa Jasmine, que está prometida em casamento para um príncipe. Jafar, o vizir real o sequestra e o obriga a entrar em uma caverna em busca de um tesouro perdido. Lá conhece o Gênio, um grande bobalhão com poderes mágicos que lhe concede três desejos e um deles é conquistar o coração do amor de sua vida. Grandes confusões, aventuras e muita diversão em um espetáculo que envolve tanto as crianças quanto aos adultos

O PATINHO FEIO
Texto: José Celso Cavaliéri

Direção: José Celso Cavaliéri – 2010 / Anderson Lima – 2015 / JC e AL – 2016.
A trágica história de Hans Christian Andersen de uma Pata que choca por engana um ovo de cisne. Agora, durante a adolescência o pobre coitado tem que enfrentar os irmãos que praticam bullying pela sua diferença. Durante a história, os irmãos brincam e brigam, mas quando descobrem que a mãe, D. Pata está prestes a arrumar um novo namorado, se unem para tirar satisfação e se intrometerem em suas decisões. Um espetáculo com nuances de comédia e lições de vida, que aborda temas atuais que agrada a crianças, pais e educadores.

A BELA QUASE ADORMECIDA
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri
Assistência de Direção: Anderson Lima

O romance de príncipes e princesas ganha uma nova versão quando diversos personagens de outras histórias atravessam o destino da princesa Aurora, que devido a confusão não está conseguindo dormir. A Fada Fauna e a Bruxa Malévola tentam auxiliá-la na continuação da história e um príncipe muito atrapalhado tem que tentar salvá-la de seu cruel destino, mas para isso precisará do auxílio das crianças da plateia. Muita diversão e interação fazem parte deste espetáculo feito especialmente para o público infantil, mas que agrada a todos que o assistem, devido à proximidade das brincadeiras com o dia-a-dia do público.

O PESADELO DO TERCEIRO MILÊNIO
Texto, Direção e Atuação: Anderson Lima

Um ensaio sobre a esquizofrenia com nuances de um terror vampiresco. Um ser "no sense" que em suas alucinações acredita que Deus o escolheu para ficar em seu lugar... Psicopata assassino e paranóico passeia por seus delírios regados de sangue e morte enquanto narra sua infância problemática e escreve um novo livro de Leis espirituais que ele chama de nova Bíblia baseada em suas teorias de certo e errado. As sombras que o perseguem e as vozes que ecoam em sua mente o direcionam em sua jornada de sublimação divina. O autor se apropria de trechos Santos e profanos em alguns momentos o que tornam a experiência da atuação mais tensa e marcante. A crença do personagem de que tudo que ele faz está autorizado por um Deus que ele "ilusiona" como material em feitiços e orações lunáticas criadas para a invocação de um "big bang" em seu interior, o faz aterrorizar enquanto clama pela atenção do público.

OS SETE PECADOS
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri

Texto criado a partir dos conhecimentos Cristãos da Igreja Católica, os personagens desse espetáculo são os Sete Pecados abominados pela religião que tomam forma humana e exemplificam suas vidas. A partir dos problemas que a sociedade enfrenta diante de suas necessidades e de sua vida cotidiana o que os leva a pecar, a atingir um nível considerado pecaminoso de cada um dos temas discutidos nas aulas de catequese. Antagônico as virtudes do homem, os personagens não instigam, mas faz o público refletir sobre suas ações diárias que estão levando o Mundo como o conhecemos a seu fim apocalíptico.

E SE FOSSE VOCÊ?
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri

Uma coletânea de esquetes sobre o cotidiano de pessoas comuns, que enfrentam seus medos, desejos, e convivência com seu “eu” e o do “outro”. Diálogos que vão do cômico ao trágico revelando histórias que aproximam o público de seu dia-a-dia, instigando uma reflexões sobre atitudes e relacionamentos. O espetáculo se encerra com um debate, onde os personagens questionam o público sobre suas reações sobre as cenas, se as mesmas fossem com eles. Criando uma participação muito interativo, onde o expectador pode refletir sobre seu cotidiano enquanto se diverte e pode levar para casa um outro pensamento e reflexões sobre suas ações.

REPÚBLICA, EM BUSCA DE UM SONHO
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri

Jovens do interior resolvem vir para a Capital para participar de um teste para teatro. Resolvem então morar em uma república onde praticamente todos os moradores tem o mesmo propósito: Ser Ator. O texto se desenvolve enquanto cada um dos personagens revela seus dons e um antigo “morador da república” ensaia com eles uma coreografia. O suspense toma conta do texto quando após os ensaios os personagens tem mal estar, acreditando que alguém os está sabotando. A empregada contratada para os afazeres domésticos do grupo, muito atrapalhada, causa verdadeiros tumultos que fazem a peça tomar seu rumo cômico. Regado de piadas e coreografias, o texto tende a arrancar muitas risadas da plateia.

PRISIONEIROS DO ACASO
Texto: Théo Simon
Direção: José Celso Cavaliéri

Um ensaio sobre a vida carcerária. Conflitos e problemas sofridos dentro de uma instituição que deveria reabilitar pessoas que cometeram crimes contra a sociedade, mas que passam por dificuldades e humilhações que envolvem o abuso de poder, conspiração e aflições que nos fazem refletir sobre a forma que o sistema age. O cenário é uma casa de passagem para menores infratores onde a lei do mais forte prevalece. Cenas de demonstração de força, onde alguns mandam e outros são obrigados a obedecer em uma pirâmide que envolve a formação de grupos e facções relacionados principalmente a periculosidade e engenhosidade dos crimes praticados enquanto ainda estavam em liberdade.

POR QUE EU?
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri

O preconceito e as formas de racismo são discutidos nesse espetáculo enquanto acusador e acusado são a mesma pessoa. A humilhação é tão frequente que os personagens justificam suas ações baseados nos traumas adquiridos nos bullyings sofridos pelos mesmos. Pequenos monólogos onde as histórias de suas vidas e de seus problemas são contados intercalados por diálogos onde cada um, a sua maneira, discrimina o outro. Negro, lésbica, idosa, usuário de drogas, morador de rua, alcoólatra, deficiente físico e político debatem sobre as suas ações na sociedade e o reflexo que elas causam. Seu cotidiano, seu passado e seu pensamento sobre futuro leva o público a refletir sobre o tratamento que cada um dedica ao próximo, seja ele íntimo ou um total desconhecido que possa atravessar seu caminho.

SOCIEDADE SECRETA DAS BIXXXAS
Texto e Direção: Anderson Lima

Na sociedade atual, em meio a tantos manifestos, passeatas, paradas e congressos, o preconceito à orientação sexual está cada vez menor. Uma sociedade que há séculos determinava os parâmetros da vida homossexual pode ser afetada e talvez até desaparecer. Sua diretoria atual, formada por 5 pessoas de orientação homoafetiva, decide modificar o estatuto da sociedade, criando novas normas para a iniciação de novos membros. De vida social comum, suas profissões diurnas não sustentam seus luxos e caprichos, obrigando a todos assumirem dois empregos, sendo o noturno resultando na sua maior fonte de renda. Divididos entre as tarefas de lecionar, tratar de idosos, vender churrasquinho na praia e fazer shows de DragQueen, eles ainda precisam organizar os documentos e constituir novas leis que irão nortear o futuro da humanidade homossexual em um apartamento onde reina o excesso de cor e objetos decorativos. As cenas são divididas entre diálogos, maquiagens e reprodução de shows de animação

REPERTÓRIO DE PRODUÇÕES ANTERIORES

SEXO, DROGAS E ROCK’N ROLL
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri e Anderson Lima

Uma comédia musical que fala sobre amores, desejos e conflitos de adolescentes nos anos de 1950 que estão concluindo o ensino médio. As paixões secretas e os ídolos inspiram os personagens em suas ações neste espetáculo onde as canções e as coreografias emocionam o público saudoso e prendem o público jovem que está ansioso pelo desfecho surpreendente da história. Os estereótipos da gordinha engraçada, do palhação repetente, a patricinha burra e outros que formam um grupo de amigos inseparável na escola, mas que após tantas confusões seguem seu caminho realizando seus sonhos ou continuando sua vida conforme a sociedade permite. Os atores cantam, dançam e interpretam um espetáculo cheio de signos da “juventude transviada” dos anos dourados.

SENTIMENTOS
Texto: Théo Simon
Direção: José Celso Cavaliéri

A vida, da infância ao amadurecimento de uma criança com tendência homossexual que sofre as discriminações e as dificuldades comuns a essas pessoas. Seus fracassos e conquistas em uma sociedade predatória onde a ingenuidade e o medo definem seu trajeto de vida. O personagem participa da sociedade escondendo sua resignação sexual, o que o priva de uma vida plena tanto social quanto sentimental. A presença de imagens místicas e seres mitológicos interferem nas ações do personagem, que usa do lúdico para disfarçar os problemas adquiridos em sua convivência. O abuso sexual, o bullying, os amores proibidos e os amores pervertidos provocam o público a refletir sobre as necessidades de atenção que determinados grupos tendem a buscar.

CARLOTA JOAQUINA... UMA VÍRGULA
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri

A chegada da Família Real ao Brasil foi tema de vários autores. Nesta versão nossa imperatriz possui o deboche e a libido da conquistadora de nossa nação, porém um incidente leva o espetáculo a caminhos cheios de suspense. O Rei é envenenado e morre sem que descubram o assassino. A coroa envia peritos para desvendar a trama, mas outros assassinatos acontecem enquanto a Rainha mãe realiza seus desejos sexuais que envolvem desde os altos cargos da corte até seus escravos. Um filho cheio de manias e uma filha viciada em comida conduzem o texto à uma comédia hilariante, principalmente quando o fantasma do Rei retorna para auxiliar nas investigações. Mesmo sem ser visto por nenhum dos outros personagens, mas sentido pelo escravo preferido da rainha que se apropria de rituais para tentar expulsá-lo, sem resultados, o rei tece suas opiniões sobre os acontecimentos. Com vários finais alternativos que provocam o público a assistirem o espetáculo mais de uma vez e sempre tentarem decifrar a trama, que revela motivos para todos os personagens terem tirado a vida de seu soberano.

ABRACADABRA
Adaptação e Direção: José Celso Cavaliéri

Baseado no cult homônimo, a trama feita para pessoas de todas as idades conta a história de três irmãs, bruxas, que após serem ressuscitadas por descuido, tentam sugar a vida das crianças da cidade para possuírem vida eterna. Música, dança, diversão e muita magia envolvem a fábula onde um grupo de crianças tenta livrar o mundo do mal que as bruxas podem fazer, auxiliados por um gato falante, fruto de uma maldição realizada pela irmã bruxa mais velha em um jovem. Para fazer a poção que suga a vida das crianças as bruxas precisam de um livro que foi levado pelas crianças e elas só tem uma noite antes que o feitiço que as trouxe de volta à vida acabe.

DA RUA PARA O PALCO
Texto: Franchesco Rangel
Direção: José Celso Cavaliéri
Coreografias: Franchesco Rangel e Lalau Martins

A narrativa da história do Hip Hop é feita quando um grupo de jovens realiza coreografias que mostram sua evolução. Um conto cheio de movimentos artísticos, ritmos animados, muita música e dança animam a plateia em um show de luz e imagens vivas. A presença da luz e das sombras de uma iluminação provocante ampliam os gestos dos dançarinos que com graça e sequência cronológica, fazem da evolução de um estilo musical um grande espetáculo.

REPÚBLICA DE GAROTOS
Texto e Direção: José Celso Cavaliéri

Cinco rapazes, com estilos diferentes, vontades, sonhos e caminhos que apenas se cruzaram porque, vindo do interior decidiram morar juntos em uma república. As intimidades e as ações de cada um, compartilhadas com o público que vai se divertir muito assistindo a uma comédia onde a linguagem masculina predomina. Quem arruma, quem cozinha, quem lava são determinadas por quem tem mais tempo livre ou mais dinheiro. E depois cada um segue seu rumo, seja profissional ou pessoal deixando para trás apenas as lembranças de uma amizade que ficará em suas memórias para sempre.



FICHA TÉCNICA

DIRETORES:
José Celso Cavaliéri e Anderson Lima

ELENCO:
Piter Mota, Jhonny Zimmer, Heliomar Copertino, Mariana Rodrigues, Lailla Tacla, Frannkis Sachro, Sávio Cezana, Thalia Ávila, Josélia Andrade, Tomaz Grawieski, Joyce Ferreira, Junior Silva, Ângelo Jantorno, Thiago Lourenço, Patrick Loxe, Vitor Albuquerque, Henrique Hofacker, Wesley, Jhonatan Rodrigues, Jairo Aylex, Joey Valério, Cynthia Pagoto.

TÉCNICOS DE SOM E LUZ:

Kiko Pellegrini, Walter Filho