Uma das mais ricas formas de arte da Antiguidade
O teatro grego teve origem na Grécia Antiga, por volta
do século V. a.C, onde havia o costume dos cultos e oferendas aos deuses
gregos. Com função social e cívica, o teatro e suas representações estavam
associados às festividades religiosas, sobretudo, às celebrações que saudavam o
deus Dionísio.
Com celebrações que duravam seis dias, nas festas dionisíacas havia
procissões e ditirambos. Os ditirambos eram cantos líricos entoados
com o auxílio de fantasias e máscaras. Pouco depois essas manifestações
evoluíram para a forma de representação inteiramente cênica, dando origem ao teatro.
Fazia parte do teatro grego espetáculos de mímica, dança, música, e
recitação de poesias. O teatro foi muito importante para a cultura grega.
Especialmente cultivado em Atenas, essa arte se espalhou por toda a área de
influência grega, desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África.
O teatro grego marcou a História Antiga, influenciando, inclusive,
os povos romanos, que levaram essa arte para suas províncias, tornando-a uma
referência para a cultura ocidental até hoje.
Com o passar do tempo, as procissões dionisíacas foram ficando mais
elaboradas, e surgiram os "diretores de coro", os organizadores das
procissões, já que elas podiam reunir nas cidades até vinte mil pessoas. O
primeiro diretor de coro e dramaturgo foi Téspis, convidado pelo tirano Pisístrato para
dirigir a procissão de Atenas e vencedor do primeiro concurso
dramático registrado. Téspis parece ter sido um elo importante na evolução
final do ditirambo cantado em direção ao texto recitado e dialogado, criando a
figura do "respondedor ao coro" (hypócrites) e a do personagem
individualizado, escreveu poemas com esta característica, e
os rapsodos que recitavam Homero também faziam uso da prosa
dialogada.[1] Também parece ter
introduzido um segundo personagem, além do protagonista, representando
dois papéis na mesma peça através do uso de uma máscara com uma face
na frente e outra na nuca. As máscaras tinham uma outra função, eminentemente
prática, por possibilitarem às pessoas acompanhar a ação cénica pelas
expressões que mostravam, quando a voz do ator não conseguia alcançar toda a
plateia.
Outros autores que se destacaram nesta época
são Quérilo, Pratinas e Frínico, cada qual introduzindo
mudanças no estilo da representação. Destes, Frínico é o mais conhecido,
vencedor de competições e autor de tragédias com temas explorados mais tarde na
era dourada do teatro grego, como As Danaides, As Mulheres
da Fenícia e Alceste, sendo o primeiro a introduzir
personagens femininos. Foi ainda o primeiro a abordar um tema contemporâneo com
a peça A Queda de Mileto, produzida em 493 a.C. e que
arrancou lágrimas da plateia pelo choque que a conquista da cidade
pelos persas provocara na sociedade ateniense. Mas ao contrário do
que se poderia esperar, Heródoto conta que em vez de ser considerada
um sucesso por sua eficiência dramática, a peça acarretou ao autor uma multa de
mil dracmas por ter trazido à memória dos cidadãos uma calamidade tão
infausta, que os havia abalado tão profundamente, e a peça foi proscrita para
sempre.[2]
O coro era composto pelos narradores da história que, através de
representação, canções e danças, relatavam as façanhas do personagem. Era o
intermediário entre o ator e a plateia, e trazia os pensamentos
e sentimentos à tona, além de pronunciar também a conclusão da peça. Também
podia haver o corifeu, que era um representante do coro que se comunicava
com a plateia.
Os atores do teatro grego eram todos homens, e interpretavam vários
papéis durante o mesmo espetáculo. Na tragédia existiam três atores e na
comédia quatro. Os atores utilizavam máscaras e fatos que poderiam ser pesados.
Na tragédia os atores utilizavam uma túnica até aos pés, chamado quíton, e
o coturno; na comédia usavam-se roupas próximas às utilizadas pelos
cidadãos e calçavam-se sandálias
A definição
aristotélica da tragédia é de que trata-se de uma imitação “dos caracteres, das
paixões e das ações humanas” sobretudo “de ações, da felicidade e da
infelicidade” (sd: 300) de seres humanos em meio a atividades humanas.
Segundo este
pensador, para suscitar o terror e a compaixão é necessário que o público se
identifique com as situações apresentadas no palco, considerando que é também
suscetível de sofrer de um mal idêntico àquele representado. Essa assimilação
do público aos fatos narrados no palco é chamada por Aristóteles de mímesis, a
qual, por sua vez, provocaria a kátharsis, purgação dos sentimentos de terror e
compaixão por parte dos espectadores. Aristóteles supõe, portanto, que a
tragédia, pela imitação dos caracteres e das paixões, valendo-se da música, da
dança, do espetáculo e, sobretudo, do princípio de verossimilhança, provoca um
prazer que lhe é próprio, instigando no ânimo do espectador o terror e a
compaixão. Esse prazer é alcançado com o fim terrível ao qual se destina o
personagem trágico, punido por sua desmedida. É um prazer que vem da vivência
da dor através da mediação da arte e que se compõe de vários elementos,
consistindo no real ensinamento a que se propõe a tragédia para a qual, segundo
o filósofo, “o fim que se pretende alcançar [é] o resultado de uma certa
maneira de agir e não de uma maneira de ser” (Idem). Neste sentido, para alguns
estudiosos, este prazer-doloroso “consiste num desafogo, num repouso, num modo
de ocupar os lazeres – num gozo intelectual – numa vantagem que não é inútil
aos bons costumes; enfim, opera a catarse, palavra que uns traduzem por
purificação e outros por purgação” (TELLES JÚNIOR, 1985: 234).
AUTORES
GREGOS:
•Ésquilo: primeiro dramaturgo reconhecido, ele
conferiu grandeza e esplendor ao gênero tragédia. Ésquilo deu prioridade aos
diálogos, aumentando de um para dois o número de atores e reduziu a importância
do coro. Suas obras reconhecidas são: a trilogia Oréstia (composta por
Agamenon, Coéforas e Eumênides), Os persas, Os sete contra Tebas, As
suplicantes e Prometeu acorrentado.
•Sófocles: ele elevou a tragédia à perfeição
artística, operando mudanças no gênero. Além de aumentar de dois para três o
número de personagens, ele acrescentou mais ação às tramas e potencializou a
decoração e o figurino dos atores. As obras integralmente reconhecidas de
Sófocles são: Ajax, Antígona (ver Obras-primas), Édipo Rei, As traquiníanas,
Electra, Filoctetes e Édipo em Colono.
•Eurípides: apesar de ser o mais popular da era helenística, ele foi o
menos valorizado. Além de criar personagens mais humanos, ele inseriu temas
novos e mais modernos. Entre as suas peças reconhecidas estão: Alceste, Medeia,
Andrômaca, As troianas, Ifigênia em Táuride, Electra, Orestes e As tocantes.
Também se conservou um drama satírico: O ciclope.
•Aristófanes: foi o dramaturgo grego considerado o maior representante
da comédia grega clássica.
Links para
pesquisa:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/teatro-grego
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_na_Gr%C3%A9cia_Antiga
http://www.portalabrace.org/vcongresso/textos/dramaturgia/Claudia%20M%20Braga%20-%20MELODRAMA%20As%20estrategias%20tragicas%20da%20emocao%20na%20modernidade.pdf
PESQUISA SOBRE
ÉDIPO, REI
https://www.todamateria.com.br/edipo-rei/
ÉDIPO, REI –
peça completa: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf
Fiquem ligadinhos e vai
ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo, ler o texto acima e
pesquisar nos sites relacionados, escreva suas percepções.
1 – Lendo o texto e vendo
o vídeo como se chama o primeiro dramaturgo do teatro grego?
2 – Com base no vídeo, o
que é um FAUNO?
3 – Descreva com suas palavras como é uma construção de teatro
Grego a partir das imagens que aparecem no vídeo?
1 – Lendo o texto e vendo o vídeo como se
chama o primeiro dramaturgo do teatro grego?
2 – Com base no vídeo, o que é um FAUNO?
3 – Descreva com suas palavras como é uma
construção de teatro Grego a partir das imagens que aparecem no vídeo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu Comentário