segunda-feira, 14 de setembro de 2020

VÍDEO: AULA 03 – GRÉCIA 01 - SEMED - VV



Uma das mais ricas formas de arte da Antiguidade

teatro grego teve origem na Grécia Antiga, por volta do século V. a.C, onde havia o costume dos cultos e oferendas aos deuses gregos. Com função social e cívica, o teatro e suas representações estavam associados às festividades religiosas, sobretudo, às celebrações que saudavam o deus Dionísio.

Com celebrações que duravam seis dias, nas festas dionisíacas havia procissões e ditirambos. Os ditirambos eram cantos líricos entoados com o auxílio de fantasias e máscaras. Pouco depois essas manifestações evoluíram para a forma de representação inteiramente cênica, dando origem ao teatro.

Fazia parte do teatro grego espetáculos de mímica, dança, música, e recitação de poesias. O teatro foi muito importante para a cultura grega. Especialmente cultivado em Atenas, essa arte se espalhou por toda a área de influência grega, desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África.

O teatro grego marcou a História Antiga, influenciando, inclusive, os povos romanos, que levaram essa arte para suas províncias, tornando-a uma referência para a cultura ocidental até hoje.

Com o passar do tempo, as procissões dionisíacas foram ficando mais elaboradas, e surgiram os "diretores de coro", os organizadores das procissões, já que elas podiam reunir nas cidades até vinte mil pessoas. O primeiro diretor de coro e dramaturgo foi Téspis, convidado pelo tirano Pisístrato para dirigir a procissão de Atenas e vencedor do primeiro concurso dramático registrado. Téspis parece ter sido um elo importante na evolução final do ditirambo cantado em direção ao texto recitado e dialogado, criando a figura do "respondedor ao coro" (hypócrites) e a do personagem individualizado, escreveu poemas com esta característica, e os rapsodos que recitavam Homero também faziam uso da prosa dialogada.[1] Também parece ter introduzido um segundo personagem, além do protagonista, representando dois papéis na mesma peça através do uso de uma máscara com uma face na frente e outra na nuca. As máscaras tinham uma outra função, eminentemente prática, por possibilitarem às pessoas acompanhar a ação cénica pelas expressões que mostravam, quando a voz do ator não conseguia alcançar toda a plateia.

Outros autores que se destacaram nesta época são Quérilo, Pratinas e Frínico, cada qual introduzindo mudanças no estilo da representação. Destes, Frínico é o mais conhecido, vencedor de competições e autor de tragédias com temas explorados mais tarde na era dourada do teatro grego, como As DanaidesAs Mulheres da Fenícia e Alceste, sendo o primeiro a introduzir personagens femininos. Foi ainda o primeiro a abordar um tema contemporâneo com a peça A Queda de Mileto, produzida em 493 a.C. e que arrancou lágrimas da plateia pelo choque que a conquista da cidade pelos persas provocara na sociedade ateniense. Mas ao contrário do que se poderia esperar, Heródoto conta que em vez de ser considerada um sucesso por sua eficiência dramática, a peça acarretou ao autor uma multa de mil dracmas por ter trazido à memória dos cidadãos uma calamidade tão infausta, que os havia abalado tão profundamente, e a peça foi proscrita para sempre.[2]

O coro era composto pelos narradores da história que, através de representação, canções e danças, relatavam as façanhas do personagem. Era o intermediário entre o ator e a plateia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de pronunciar também a conclusão da peça. Também podia haver o corifeu, que era um representante do coro que se comunicava com a plateia.

Os atores do teatro grego eram todos homens, e interpretavam vários papéis durante o mesmo espetáculo. Na tragédia existiam três atores e na comédia quatro. Os atores utilizavam máscaras e fatos que poderiam ser pesados. Na tragédia os atores utilizavam uma túnica até aos pés, chamado quíton, e o coturno; na comédia usavam-se roupas próximas às utilizadas pelos cidadãos e calçavam-se sandálias

A definição aristotélica da tragédia é de que trata-se de uma imitação “dos caracteres, das paixões e das ações humanas” sobretudo “de ações, da felicidade e da infelicidade” (sd: 300) de seres humanos em meio a atividades humanas.

Segundo este pensador, para suscitar o terror e a compaixão é necessário que o público se identifique com as situações apresentadas no palco, considerando que é também suscetível de sofrer de um mal idêntico àquele representado. Essa assimilação do público aos fatos narrados no palco é chamada por Aristóteles de mímesis, a qual, por sua vez, provocaria a kátharsis, purgação dos sentimentos de terror e compaixão por parte dos espectadores. Aristóteles supõe, portanto, que a tragédia, pela imitação dos caracteres e das paixões, valendo-se da música, da dança, do espetáculo e, sobretudo, do princípio de verossimilhança, provoca um prazer que lhe é próprio, instigando no ânimo do espectador o terror e a compaixão. Esse prazer é alcançado com o fim terrível ao qual se destina o personagem trágico, punido por sua desmedida. É um prazer que vem da vivência da dor através da mediação da arte e que se compõe de vários elementos, consistindo no real ensinamento a que se propõe a tragédia para a qual, segundo o filósofo, “o fim que se pretende alcançar [é] o resultado de uma certa maneira de agir e não de uma maneira de ser” (Idem). Neste sentido, para alguns estudiosos, este prazer-doloroso “consiste num desafogo, num repouso, num modo de ocupar os lazeres – num gozo intelectual – numa vantagem que não é inútil aos bons costumes; enfim, opera a catarse, palavra que uns traduzem por purificação e outros por purgação” (TELLES JÚNIOR, 1985: 234).

 

AUTORES GREGOS:

•Ésquilo: primeiro dramaturgo reconhecido, ele conferiu grandeza e esplendor ao gênero tragédia. Ésquilo deu prioridade aos diálogos, aumentando de um para dois o número de atores e reduziu a importância do coro. Suas obras reconhecidas são: a trilogia Oréstia (composta por Agamenon, Coéforas e Eumênides), Os persas, Os sete contra Tebas, As suplicantes e Prometeu acorrentado.

 

•Sófocles: ele elevou a tragédia à perfeição artística, operando mudanças no gênero. Além de aumentar de dois para três o número de personagens, ele acrescentou mais ação às tramas e potencializou a decoração e o figurino dos atores. As obras integralmente reconhecidas de Sófocles são: Ajax, Antígona (ver Obras-primas), Édipo Rei, As traquiníanas, Electra, Filoctetes e Édipo em Colono.


•Eurípides: apesar de ser o mais popular da era helenística, ele foi o menos valorizado. Além de criar personagens mais humanos, ele inseriu temas novos e mais modernos. Entre as suas peças reconhecidas estão: Alceste, Medeia, Andrômaca, As troianas, Ifigênia em Táuride, Electra, Orestes e As tocantes. Também se conservou um drama satírico: O ciclope.


•Aristófanes: foi o dramaturgo grego considerado o maior representante da comédia grega clássica.

 

Links para pesquisa:

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/teatro-grego

https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_na_Gr%C3%A9cia_Antiga

http://www.portalabrace.org/vcongresso/textos/dramaturgia/Claudia%20M%20Braga%20-%20MELODRAMA%20As%20estrategias%20tragicas%20da%20emocao%20na%20modernidade.pdf

 

PESQUISA SOBRE ÉDIPO, REI

https://www.todamateria.com.br/edipo-rei/

 

ÉDIPO, REI – peça completa: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000024.pdf

 

Fiquem ligadinhos e vai ficar uma atividade aqui. Depois de assistir ao vídeo, ler o texto acima e pesquisar nos sites relacionados, escreva suas percepções.

1 – Lendo o texto e vendo o vídeo como se chama o primeiro dramaturgo do teatro grego?

2 – Com base no vídeo, o que é um FAUNO?

3 – Descreva com suas palavras como é uma construção de teatro Grego a partir das imagens que aparecem no vídeo?



1 – Lendo o texto e vendo o vídeo como se chama o primeiro dramaturgo do teatro grego?

 


 

2 – Com base no vídeo, o que é um FAUNO?

 

 

3 – Descreva com suas palavras como é uma construção de teatro Grego a partir das imagens que aparecem no vídeo?

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seu Comentário