Anderson Lima

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

PROCUSTO E O PODER

 

PROCUSTO E O PODER

Por Anderson Lima

Me. Sociólogo Político

 


“O Poder sobe à Cabeça”, dizem aqueles que tem uma visão restrita do assunto, pois segundo Anderson Lima em INSANOS, O Pesadelo do Terceiro Milênio[1] “O poder sobe apenas na cabeça dos fracos...”. A competência em gerir ou liderar deve estar em constante avaliação. Nota-se pertinente o chavão de distribuir chefias ou cargos organizacionais a pessoas com incapacidade de gestão que portam incompetência organizacional ou talvez uma presença abusiva da síndrome de Procusto[2], pela fatalidade de não haver qualquer capaz que atente ou deseje a função. Há, nesse caso a necessidade de avaliação de competência pela permanência do incapaz.

Atos perniciosos e contínuos traduzem a presença do assédio explicado por vezes a necessidade do tratamento da síndrome citada ou da presença de outras síndromes notoriamente ligadas aos distúrbios estudados por Freud em seus registros sobre sexualidade e vida social. O convívio torna-se ganancioso e abusivo. A redistribuição de funções para auditores mais competentes pode ser analisada como o caminho mais inteligente a seguir por aquele que as tem posse, acolhendo o fato de que síndromes não se curam sozinhas e não se tratam em efêmeros períodos.

O prazo de readequação é imensurável, se adequando a cada quadro específico e relacionados as pendências e dependências das situações que envolvem todo o quadro social do pertinente pernicioso. O fato em si, analisado pode ser confirmado em fatos em ações praticadas pelo agente egocêntrico, principalmente quando este falseia elogios e cuidados excessivos com sua vítima.

Não se pode descuidar da atenção a esses fatores que causam feridas e provocam cicatrizes que acirram e desalentam. A competência em fazer é nato, mas a motivação para fazer, quando o competente está sob cuidados e submissão do portador de Procusto, é nociva à saúde mental e por vezes até física da vítima perseguida, cabendo, no extremo da audácia pertinente do infesto em manter sua obsessão, delação às entidades competentes.



[1] LIMA, Anderson. LITERATURA E INTERARTES, Rearranjos Possíveis: INSANOS. Vol.4 – São Paulo: Ed. Dialética, 2023. pág 95 - 115

[2] Hoje em dia, usamos o conceito da Síndrome de Procusto, em análises junguianas, para definir as pessoas que têm medo de trabalhar com pessoas melhores que elas. Pessoas que não hesitam em boicotar, humilhar ou menosprezar aqueles que eles consideram superior em talento ou habilidades. São pessoas intolerantes a tudo que seja diferente delas.

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