ATUAÇÃO PARA CINEMA
REGISTROS DE 11 DE FEVEREIRO A 11 DE MARÇO DE 2015
11 de Fevereiro
Fala interna e fala externa
Fizemos um pequeno vídeo para treino da fala interna em locação externa nas áreas da UVV. Meu vídeo foi feito na vidraça da biblioteca.
Fala interna: "a lua cheia nos torna insanos"
Fala externa: em 2007 fizemos um desfile no Centro de Vitória em homenagem aos antigos carnavais. Eu fui vestido de Pierrot e desde então sempre me vesti de pierrot. Mas em 2010, não sei porque, acho que tinha verba prá cachê, contrataram um outro artista prá ser o pierrot... Fui de Mezentino... Eu mesmo fiz a roupa... Com cola quente! Fiz mais sucesso que o Pierrot!"
24 de Fevereiro
Assistimos aos vídeos da aula anterior... Muito bom!!! Depois fizemos um jogo com a câmera. Alguém fazia uma pergunta que te remetia a pensar na resposta, enquanto a professora (linda, maravilhosa, fantástica e hiper profissional) capturava as reações e emoções expressadas. as perguntas foram as mais variadas. A melhor parte do exercício foi o depoimento do Lázaro que emocionou a todos em sala.
04 de Março
Assistimos ao vídeo da aula anterior... Reflexão para falar... fala interior! refletimos sobre as reações naturais do ator quando questionado sobre um fato real de sua vivência... o tempo que leva para recordar, criar a imagem e transformar em texto... Os olhares, movimentos macros e micros, relação com objeto externo. Sorteamos textos entre os alunos que criaram situações para que o colega ator represente, tentando colocar as mesmas reações naturais de sua vivência. Dica da Rejane: Pesquisar e "roubar" ações dos colegas para criar seu personagem.
Meu texto foi escrito pensando em Julia, mas foi para Lazaro:
"Eu me lembro como se fosse ontem, minha mãe chegou em casa com aquele embrulho enorme. Eu tinha 5 anos, eu acho, e fiquei olhando para aquele pacote do lado do sofá. Era um dia comum, nem natal, nem meu aniversário... Então fiquei sem saber o que era aquele pacote com papel de presente, e do meu tamanho.
Quando minha mãe disse que era prá mim eu fiquei sem saber o que fazer... não sabia se ria ou chorava e quando abri era a mesma boneca que eu tinha visto na televisão. Foi o melhor presente que eu já tinha ganhado. Fiquei sem ação, eu nem sabia como brincar com ela. Lembrei dela hoje e fico curiosa em saber onde ela está! Nem sei quando eu parei de brincar com ela, acho que foi quando eu ganhei minha primeira bicicleta..."
E a Naiara escreveu para mim:
Eu comecei a beber quando eu larguei minha mulher. Ela já tinha me traído uma vez, mas depois ela engravidou de um traficante, isso me matou por dentro. Depois disso eu sai de casa, deixei lá meus seis filhos e o filho dela. Vagabunda! Foi ai que eu perdi tudo, perdi minha casa, minha mãe, minha família. Eu não tinha essa vida de rua não, eu trabalhava de garçom há dezoito anos, mas laguei tudo, ai eu vim prá rua e encontrei companhia da minha cachacinha. A cachaça me faz bem, se eu fico um dia sem ela, eu fico doido. Eu fico feliz em pensar que quando eu acordar vou ter minha cachacinha do meu lado. Se alguém tirar ela de mim eu mato, é pau no gato sem massagem. Não, não... não vou largar ela por nada, ela me traz alegria, eu tô fudido mesmo, muito, mas to feliz assim, e é assim que eu quero ficar. Eu sei que eu to morrendo por dentro, mas eu prefiro morrer devagarzinho. Voltar prá casa, não mesmo, senão eu vou ter um problema com a vagabunda, problema com o traficante, problema com minha mãe... Tá bom assim mesmo, eu e minha cachacinha, de problema já basta a vida!
Decidimos dar sugestões de filmes para assistirmos. Preparar o texto para a próxima aula. Sugestão de Rejane: "trabalho pela escrita" e "criação de subtexto"
Aula 11 de março
fizemos filmagens na casa da Iasmin. .. minha cena foi com a Julia.
Relações Rompidas
O homem está desgastado da relação. .. Eles namoram desde criança. .. ela foi a primeira namorada dele. Ele é egoísta e egocêntrico. Quer terminar o relacionamento por que ela resolveu fazer faculdade. A possessão sobre a vida dela o impõe a determinar que ela escolha entre ele e a faculdade.
Rejane pediu para que registrassemos as ideias de lembranças que o personagem poderia ter."Para o cinema tudo se torna uma imensa natureza-morta, até os sentimentos dos outros são qualquer coisa de que se pode dispor." (Federico Fellini - cineasta - 1920-1993). Pensei então na Júlia, tímida e temerosa da cena, mas com um grande potencial para interpretação. Nos conhecemos um pouco e sabemos que temos bases bem fortalecidas em teatro então conversamos um pouco sobre como não interpretar tanto (como se fosse teatro). Escrevi então coisas que um marido diria para a esposa, se ele fosse totalmente machista e possessivo. Aproveitei a situação do curso superior. Usei como pensamento do "marido" que a vida dos dois deveria ser um mundo próprio e particular, sem intromissões. Então a faculdade seria um impecílho para a vida conjugal. Ele ama a esposa, mas mais que amar ele a quer como objeto. Em um certo momento, como ela insistiu em querer saber quando o relacionamento deles havia começado a se desgastar, ele liberou um pouco da prepotencia, alterando a voz e a chamando de louca, por ficar feliz qundo vai prá faculdade e com poucas reações positivas quando está em casa. A conversa começa com ela relembrando a ele da lua de mel, até um pouco sentimental, e ele sentado, sem lhar para ela, distraído em limpar os óculos e assistindo a um programa de tv. Tentei passa a ideia de que não há mais diálogo entre eles.
No momento em que ele relembrou de quando a conheceu e se apaixonou por ela, os olhos lacrimejaram... Não tenho lembrança da memória do momento. Foi uma reação muito espontÂnea e natural. Sei ue na hora tudo se apagou das minhas lembranças. Antes da cena fiz um exercício sensorial ou de memória emotiva, recordando de quando descobri que a mãe de meu filho estava grávida e que conversamos sobre não termos muito haver um com o outro. Fiquei imaginando se tivéssemos tido uma vida juntos, de como teria sido, se realmente a gente se adequaria a vida a dois e se continuaríamos por muito tempo. Depois imaginei que a Júlia que terminaria a relação, ela que pediria tempo, ou pediria para separar, então pensei em todas as justificativas para que continuássemos, como que sou apaixonado, que desisti de tudo na vida por ela, mas já no início da conversa ela começou como que tentando resgatar o relacionamento, então pus em ação o machismo extremo do Esposo.
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